Sindicato denuncia corte no salário de merendeiras após orientação do Estado

Houve cortes nos salários de março e abril, não repostos até hoje segundo Sindicato (Foto: Ilustração)

A situação das merendeiras terceirizadas pelo Governo de Pernambuco segue complicada. Depois da celeuma sobre algumas demissões, agora as profissionais que atuam nas escolas estaduais de Petrolina e região estão sofrendo no bolso.

O  Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio, Limpeza, Urbana, Locação de Mão de Obra, Administração de Imóveis, Condomínios de Edifícios Residenciais e Comerciais da Região do Sertão do Estado de Pernambuco (Siemaco) relata que elas tiveram cortes nos salários e até hoje não foram pagas integralmente.

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“O governador de Pernambuco fez a suspensão do contrato das merendeiras e orientou as empresas a não pagar o salário delas. O pessoal está numa situação muito difícil, já ganham pouco e pagaram descontando”, conta o presidente do Siemaco, João Soares.

Ordem para ficar em casa

Em entrevista ao Blog, Soares relatou que a ordem para ficar em casa veio de cima, portanto, não há sentido na punição às merendeiras. E toda a situação foi criada pelo Estado não apenas aqui no Sertão, onde cerca de 600 trabalhadoras foram punidas.

Elas não têm culpa de ficar em casa, eles que mandaram ficar. Já providenciamos todas as medidas. Nosso jurídico já informa que eles não podem fazer isso, não podem descontar. É uma situação diferente do ano passado. Elas ficaram em casa, mas o Governo contribuiu com 70% e a empresa com 30%. No mês de março e abril, não tinha esse incentivo do Governo Federal. Só em maio que saiu uma nova Medida Provisória e esse pessoal está prejudicado”, relatou.

Paralisação 

Com salários de março e abril cortados, as merendeiras voltaram ao trabalho neste mês de maio. E apesar das tratativas do Siemaco, o valor integral não foi quitado. Sem respostas das empresas terceirizadas, já há indicativo de paralisação.

“Voltaram a trabalhar, mas com muita dificuldade. Cortaram a alimentação, cortaram o salário. Estamos analisando a questão de sinalização [de paralisação]. Estamos solicitando um prazo para esse pagamento. Nós cobramos da empresa, mas o Governo tem que assumir também. A empresa é contratada para fornecer merendeira e o Governo quer que eles [a empresa] paguem”, destacou.

O que diz o Governo

O Blog solicitou uma nota do Governo de Pernambuco em relação ao fato relatado pelo Siemaco. Contudo, até o momento não obtivemos respostas. O espaço segue aberto aos esclarecimentos.

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