Chacina de Campinas deixa 12 mortos

Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, responsável pela morte de 12 pessoas na virada do ano, em Campinas (SP), carregava consigo dez artefatos aparentemente explosivos. Ele invadiu uma casa no Jardim Aurélia com os artefatos, um canivete e uma pistola nove milímetros. Com a pistola, assassinou a ex-mulher, Isamara Filier, de 41 anos, o filho João Victor, de 8 anos, e outras dez pessoas, durante as comemorações de Ano Novo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, foi acionado e levou os artefatos para análise. Após o ataque, Sidnei se matou. Outras três pessoas foram feridas e estão internadas cada uma em um hospital da região. A polícia está investigando o que motivou crime, mas as primeiras informações indicam que o atirador não aceitava a separação da mulher e reivindicava a guarda do filho.

Segundo uma testemunha que estava na casa no momento do ataque, Sidnei pulou o muro, entrou na casa por perto da meia-noite e começou a disparar contra os presentes. Essa testemunha, ao ouvir os primeiros disparos, pensou tratar-se de fogos de artifício, mas viu o tio cair no chão e percebeu o que ocorria. Correu para o banheiro e telefonou para a polícia e para unidades de resgate.

O caso foi registrado no 4º Distrito Policial de Campinas como homicídio consumado e planejado, seguido de suicídio. As investigações, no entanto, serão feitas pelo 3º Distrito Policial, por ser responsável pela área onde o crime ocorreu. Além das armas de Sidnei, seu carro, um gravador e um telefone celular foram apreendidos pela polícia.

O presidente Michel Temer expressou neste domingo seu pesar sobre os assassinatos em Campinas. “Lamentamos profundamente as mortes ocorridas em Campinas. Manifestamos nosso pesar junto às famílias. Que 2017 seja um ano de mais paz!”, escreveu no Twitter.

 Agência Brasil