Vigilância Sanitária apreende carne clandestina em Petrolina

Flagrante foi feito no final de semana, após denúncia do Blog (Foto: Ascom PMP)

No último sábado (25) a Agência Municipal de Vigilância Sanitária (AMVS) de Petrolina esteve no Projeto Senador Nilo Coelho – Núcleo 01 (N1), apreendendo 50kg de carne abatida clandestinamente. Os produtos eram armazenados e expostos de forma precária, sem seguir as normas sanitárias.

“O nosso papel enquanto órgão regulamentador e fiscalizador é trabalhar para garantir aos consumidores produtos com qualidade e certificação. Assim, após a reabertura do abatedouro, temos um local apropriado, dentro das normas, com profissionais e espaços refrigerados. É inadmissível que animais sejam abatidos em locais sem as condições mínimas de higiene e saúde”, destacou o diretor-presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária, Marcelo Gama.

A Vigilância tomou conhecimento da situação após reclamações registradas na Ouvidoria Municipal, através do número 156. As queixas também podem ser apresentadas pelo site oficial da Prefeitura.

Apreensão de carne na feira da Areia Branca deixa marchantes indignados

feirantes areia branca

Os marchantes atribuem todos os problemas que estão passando ao prefeito por ter fechado o matadouro e não ter lhes apresentado alternativa legal para os abates.

Agora pela manhã os marchantes que se encontravam na feira da Areia Branca, comercializando carnes, foram surpreendidos pela Vigilância Sanitária do município, acompanhada por policiais da ROCAM e GATI, para apreender as carnes que teriam sido abatidas de modo clandestino.

Segundo o vice-presidente da Associação dos Feirantes, Eliezer Lopes de Barros, o Ministério Público teria dado um prazo 48 dias, a partir de 15/06/2016 para que os abates fossem feitos com todos os critérios estabelecidos pela Vigilância Sanitária.

A carne foi levada para o centro de controle de zoonoses de Petrolina.

Deputados repudiam fechamento de abatedouro público em Petrolina

"Petrolina nunca passou por uma questão de saúde pública tão séria como essa. O próprio produtor é quem está fazendo o abate sem as devidas condições", alertou Miguel Coelho/Foto: Roberto Soares

“Petrolina nunca passou por uma questão de saúde pública tão séria como essa. O próprio produtor é quem está fazendo o abate sem as devidas condições”, alertou Miguel Coelho/Foto: Roberto Soares

Os riscos à saúde pública dos moradores do Sertão do São Francisco por conta da desativação do matadouro público gerido pela Prefeitura de Petrolina foi tema de debate acalorado na Assembleia Legislativa desta quarta(04). O problema foi levantado pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB) e condenado também por outros parlamentares que consideraram irresponsável o processo de fechamento do abatedouro sem oferecer uma estrutura alternativa.

Para Miguel, a prefeitura de Petrolina está negligenciando a preservação da saúde da população ao não assegurar o tratamento da carne em condições de higiene ideais. “Petrolina nunca passou por uma questão de saúde pública tão séria como essa. O próprio produtor é quem está fazendo o abate sem as devidas condições. Se o matadouro de antes não era o mais adequado, então vamos ver uma nova área. Mas não vamos fechar sem dar uma solução para a cidade. A Prefeitura não pode cruzar os braços e dizer que não tem nada a ver”, criticou.

O fechamento do Matadouro foi criticado ainda pelos deputados Odacy Amorim (PT), Lucas Ramos (PSB) e Romário Dias (PSD). “Não se pode fechar uma unidade de abate sem construir outra. O abate está sendo clandestino. Era para ter sido feito um termo de ajustamento de conduta para que só se fechasse o matadouro com outro funcionando”, reforçou o petista. “Até dois anos atrás Pernambuco estava enquadrado como zona amarela em relação à febre aftosa. Só ano passado Pernambuco passou para a zona verde livre de aftosa. Mas a qualquer momento, pode haver uma infestação e o nosso gado pode voltar a ter esse problema”, alertou Lucas Ramos.

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