Com a chegada do verão, Prefeitura de Petrolina alerta para os cuidados com o Aedes aegypti

Época de chuvas pode ajudar na proliferação do mosquito.

Com a chegada do verão, é preciso redobrar os cuidados para eliminar os focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Como nessa época o clima fica mais quente e úmido, os ovos do mosquito se abrem com mais facilidade, aumentando a proliferação do inseto.

“Nesse período, com a água das chuvas, os ovos do mosquito podem eclodir em questão de horas. É por isso que a gente dá a recomendação de que a população tenha o cuidado com qualquer recipiente que possa acumular água”, destaca Aynoanne Barbosa, gerente do setor de Endemias.

Apesar de Petrolina ter registrado uma expressiva redução no número de arboviroses – cerca de 100%- e do trabalho de prevenção dos agentes de endemias ser diário, com a realização de inspeções e trabalhos preventivos, é necessário que a população também faça a sua parte.

Trabalho rotineiro

Para diminuir os números dos casos de arboviroses, a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde implanta diversas ações, a exemplo do ‘Sexta sem Aedes’, onde cada sexta-feira um bairro é escolhido através do índice de infestação, e são realizadas orientações educativas, mutirões de limpeza, vedação de caixas d’água e coleta de pneus.

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Presidente da Fiocruz diz que é praticamente impossível erradicar o Aedes

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, disse nesta terça-feira (31) que atualmente é praticamente impossível erradicar o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e também da febre amarela.

“O combate ao Aedes talvez seja o maior desafio da saúde pública, afinal, existe uma série de fatores que deveriam ser realizados para que esse combate fosse de fato eficiente e acabasse com o vetor dessas doenças. Hoje é praticamente impossível acabar com ele”, disse Nísia durante seminário sobre a febre amarela e o monitoramento de primatas em território fluminense, realizada na própria fundação, em Manguinhos, zona norte da cidade.

“Por isso estamos aqui falando de controle de endemias, políticas sistemáticas de monitoramento, etc. O verão é a ocasião perfeita para a reprodução desse inseto, mas o combate tem que ser o ano inteiro, monitorando a saúde como uma só, tanto de seres humanos como de animais, já que os macacos fazem parte do ciclo silvestre da febre amarela”, completou.

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Secretaria de Saúde de Juazeiro intensifica trabalho de combate ao Aedes Aegypti

(Foto: Arquivo)

A Secretaria de Saúde de Juazeiro intensificou as ações de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor das doenças dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.

Na última sexta-feira (20), a equipe de endemias esteve em locais que podem ter focos para a reprodução do mosquito realizando um trabalho educativo com a distribuição de panfletos, além da aplicação de larvicidas e da realização do trabalho perifocal, que utiliza inseticidas para eliminar o mosquito adulto. A ação faz parte da campanha “Toda sexta sem mosquito”.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Tatiane Malta, o trabalho segue até a última semana de julho, quando se encerra o período crítico para proliferação do mosquito. “Estamos visitando pontos estratégicos da cidade como borracharias e locais onde há sucata acumulada, pneus e carros velhos entulhados e, por isso, é provável que tenham muitos depósitos para a acumulação de água”, explica.

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Brasil poderá ter vacina contra a dengue em 2019

(Foto: Arquivo)

A vacina contra a dengue, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã, poderá ser usada em larga escala em 2019. O produto passa agora por testes. Foram instalados centros em 13 cidades de cinco regiões do país visando imunizar voluntários e avaliar a eficácia do produto. Até o momento, já foram aplicadas doses em 4 mil pessoas, das 17 mil que deverão participar dos testes.

Essa é a última fase antes da vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segundo o diretor Instituto Butantã, Jorge Kalil, é possível que a vacina chegue à população em 2019.

“Eu acho difícil que ela esteja disponível já no ano que vem. Mas nós vamos trabalhar para que esteja. Mas talvez no outro verão possa estar disponível. Agora, depende de muitas coisas”, ressaltou.

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‘Aedes’ e microcefalia faz parto cair e aborto aumentar em Pernambuco

O receio de ver os filhos nascerem com complicações provocadas pelas arboviroses (dengue, chikungunya e zika) tem provocado dois fenômenos entre casais e mulheres que vivem em Pernambuco, com destaque para o Recife e região metropolitana: a diminuição de gestações planejadas e o aumento do número de abortos, após a identificação de má-formações e doenças neurológicas em fetos.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde não há estatísticas oficiais sobre o tema, mas nos bastidores de maternidades públicas e privadas o assunto tem chamado a atenção de médicos e outros profissionais de saúde.

Para se ter uma ideia da dimensão da preocupação de mulheres e casais, de acordo com dados dos boletins de rotina da Secretaria Estadual de Saúde, em setembro de 2015 o número total de partos no Estado – na rede vinculada ao Sistema Único de Saúde – foi de 8.918. Um ano depois, em setembro deste ano, o total chegou a 6.627, o que significa uma redução de 26%.

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Casa Nova-BA: grávidas vão ter nova Caderneta da Gestante com dicas de prevenção ao Aedes

Grávidas

As grávidas do município de Casa Nova-BA, inscritas no Sistema Único de Saúde, o SUS, vão passar a receber a nova Caderneta da Gestante, lançada pelo Ministério da Saúde. O documento é utilizado para registrar consultas, exames e vacinas no período de gestação das mulheres.

A nova Caderneta da Gestante traz informações importantes sobre prevenção contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como o Zika vírus. Em todo estado da Bahia, mais de 223 mil cadernetas vão ser entregues.

No documento, vai ser possível tanto a mulher quanto o parceiro, fazer anotações como cuidados importantes durante a gestação, sinais de trabalho de parto, cuidados com recém-nascido e amamentação.

A caderneta vai estar disponível em todos os serviços de saúde do município que realizam pré-natal pelo SUS.

Em Casa Nova os bairros Vila Massu, Cohab Nova, Cohab Velha e a região do Centro estão sofrendo com infestação do Aedes. Agentes de saúde e endemias percorrem as ruas do município para combater o mosquito. Mas, é preciso que a população coopere e abra as portas das casas para a visita dos agentes.

Cerca de três milhões e duzentas mil novas Cadernetas da Gestante estão sendo impressas e distribuídas em todo o país. De acordo com o Ministério da Saúde, o investimento é de três milhões e 700 mil Reais.

Países com surto de Zika devem autorizar aborto, defende ONU

Aedes

O alto-comissário de Direitos Humanos daOrganização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, defendeu nesta sexta-feira (5) que países com surto do vírus Zika autorizem o direito ao aborto em casos de infecção em gestantes, uma vez que o quadro pode estar relacionado ao aumento de bebês diagnosticados com microcefalia.

Segundo Hussein, garantir os direitos humanos de mulheres nesse contexto é essencial para que a resposta à emergência em saúde pública relacionada ao Zika seja efetiva. “Isso requer que os governos garantam às mulheres, homens e adolescentes o acesso a informações e serviços de saúde reprodutiva e sexual abrangentes e de qualidade, sem discriminação”, disse, durante coletiva de imprensa em Genebra.

Ainda de acordo com o porta-voz da ONU, os serviços em questão envolvem a contracepção (incluindo a oferta de pílula do dia seguinte), a saúde materna e o aborto seguro e legal. “Claramente, conter a epidemia de Zika é um grande desafio para os governos na América Latina”, disse. “Entretanto, a orientação de alguns governos para que mulheres adiem a gravidez ignora a realidade de que muitas delas simplesmente não podem exercer controle sobre quando e em que circunstâncias ficar grávida.”

Por meio de nota, a própria ONU reforçou que, em meio à contínua propagação do vírus Zika pelo mundo, autoridades devem garantir que as respostas em saúde pública estejam em conformidade com suas obrigações no campo de direitos humanos. A entidade destacou ainda que uma relação causal entre os casos de infecção pelo vírus, a microcefalia e casos de Síndrome de Guillain-Barré ainda estão sendo investigados.

Com informações do jconline.

Combate ao Aedes, ministério da saúde envia larvicida para tratar águas

O Ministério da Saúde enviou, nesta semana, larvicida aos estados do Nordeste e Sudeste suficiente para tratar um volume de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. São mais 17.9 toneladas do produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, Zika e chickungunya. O quantitativo é suficiente para proteger 8.9 bilhões de litros de água. Cada quilograma do produto é capaz de tratar 500 mil litros de água. O larvicida é utilizado quando não é possível eliminar o foco de água parada, local de reprodução do mosquito.

O objetivo é manter as secretarias estaduais de Saúde abastecidas com um dos principais instrumentos para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. Neste ano, foram enviadas 114.4 toneladas de larvicida para todo o país. Esse quantitativo garantiu o tratamento de 57,2 bilhões de litros de água.  Para o próximo ano, o Ministério da Saúde já adquiriu mais 100 toneladas do produto, que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016. Entre outubro deste ano e junho do próximo ano, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 10 milhões.

Todos os insumos utilizados pelo Ministério da Saúde são de uso preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) podendo, inclusive ser utilizado em água para consumo humano. A quantidade enviada pelo Ministério da Saúde corresponde à demanda apresentada pelas próprias Secretarias Estaduais de Saúde, levando em consideração a situação epidemiológica local e o histórico de consumo.

A mobilização com agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, e a compra de insumos e a disponibilidade de equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas integram uma das três frentes (Mobilização e combate ao mosquito) do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado este mês pela presidenta da República Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

A orientação é que as secretarias estaduais e municipais de saúde verifiquem se a utilização do insumo está de acordo com as normas do Programa Nacional de Controle da Dengue. Além disso, a secretarias devem realizar uma avaliação de risco, utilizando as informações do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento permite direcionar as ações de forma mais apropriada, de acordo com o tipo de depósito predominante em cada área.

A população também tem papel fundamental no processo de prevenção e controle da dengue, com a adoção de medidas simples, como a  eliminação de recipientes que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.