Universidade inicia produção de álcool gel em Petrolina

Um dos principais itens de combate ao novo coronavírus (Covid-19), o álcool gel, começa a ser produzido pela Faculdade UNINASSAU Petrolina. A iniciativa visa atender a uma parcela vulnerável da população, as pessoas em situação de rua, colaborando com o controle do vírus na cidade.

Professores e estudantes do curso de Farmácia irão produzir o álcool no Laboratório de Farmacotécnica da Instituição. Os docentes David Silva e Pedro Guilherme testaram os insumos e conseguiram desenvolver uma fórmula que garante maior rendimento do produto.

A coordenadora do curso de Farmácia da UNINASSAU Petrolina, Victória Regina, pontua que “a ideia é atender a todos da melhor forma e, assim, formar uma grande teia de esforços em combate à pandemia da Covid-19. As pessoas em situação de rua precisam de um olhar especial e, também, do item que é eficaz na higienização das mãos e prevenção da doença”, disse. Apesar disso, ela destaca outra medida recomendada e ainda mais eficaz: lavar as mãos com água e sabão.

A coordenadora faz um alerta em relação à produção caseira. “O Conselho Federal de Química não orienta produzir o álcool em casa, pois não passa por controle de qualidade, podendo ocasionar riscos à saúde. Há padrões a serem seguidos e etapas a serem monitoradas, então, fazer álcool gel em casa não pode”, frisa.

A doação está programada para o início de junho, com uma produção de 30L de álcool gel 70%.

MPPE notifica administração pública e comerciantes por preços excessivos de itens procurados durante pandemia do covid-19

Municípios já foram notificados sobre preços abusivos (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está atento ao comércio de álcool em gel e demais itens de proteção individual durante a pandemia do novo coronavírus. O órgão tem emitido recomendações a diversos municípios, entre eles, Trindade no Sertão, para que os comerciantes não imponham preços excessivos.

Já foram notificados os comércios e administrações públicas de Belo Jardim, Gravatá, Garanhuns, São Bento do Una, São Joaquim do Monte, Itaquitinga, Jurema, além de Trindade. A prática, alerta do MPPE, se configura como crime.

“Os aumentos arbitrários ocorrem, principalmente, sobre o álcool em gel, máscaras cirúrgicas, máscaras elásticas descartáveis e luvas. Caso os comerciantes já tenham elevado arbitrariamente os preços, o MPPE alerta para que retornem imediatamente aos valores anteriores“, salientou o órgão.

Produção de álcool gel caseiro traz riscos e confronta legislação, diz Conselho Federal de Química

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A produção caseira do álcool em gel é arriscada e contraria a legislação brasileira, avalia o Conselho Federal de Química (CFQ). Com o surto de coronavírus e a falta de álcool em gel em diversas farmácias ou supermercados do país, tem circulado pela internet receitas caseiras para produção de álcool em gel a partir do álcool líquido concentrado.

De acordo com a entidade, o uso do álcool líquido em elevadas concentrações aumenta o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. Além disso, a venda de álcool líquido em concentrações superiores a 54°GL (Gay-Lussac) é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2013, que considerou os riscos oferecidos à saúde pública decorrentes de acidentes por queimadura e ingestão. Para soluções com graduação acima de 54°GL, a norma permite a forma em gel.

Segundo o CFQ, os produtos industrializados (álcool em gel vendido em farmácias e supermercados) passam por rigoroso processo de produção. Há padrões a serem seguidos, todas as etapas são monitoradas e há um controle de qualidade para padronização e regularidade dos produtos disponibilizados ao consumidor final.

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