BTG Pactual diz que fará investigação interna sobre atuação de Esteves no banco

ANDRÉ ESTEVES

O Conselho de Administração do Banco BTG Pactual criou um Comitê Especial para supervisionar e dirigir uma investigação interna sobre a atuação do ex-presidente da instituição, André Esteves, preso na Operação Lava Jato.

Segundo o banco, o Comitê Especial será formado por maioria de membros independentes do Conselho de Administração e será presidido por Mark Maletz, membro independente do conselho. As ações do Comitê Especial serão tomadas por voto da maioria e os membros independentes sempre constituirão a maioria dos membros votantes do Comitê Especial, informou o banco.

O BTG diz que contratou o escritório internacional de advocacia Quinn Emanuel, com ampla experiência em investigações dessa natureza, para conduzir a investigação interna independente. O escritório indicará em breve uma empresa de advocacia brasileira para trabalharem em conjunto.

Investigados pela Operação Lava Jato, Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foram presos no dia 25 de novembro, acusados de tentar obstruir as investigações e tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a desistir do acordo de delação premiada. (Ebc)

STF converte prisão temporária de André Esteves em preventiva

andre esteves

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão temporária do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, em preventiva, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, não há mais data de vencimento para a detenção do executivo. Sem a decisão de Zavascki, Esteves poderia ser solto a partir desta segunda-feira (30), quando expirava o prazo de cinco dias da prisão temporária.

A mesma medida foi adotada também para o chefe de gabinete do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, o assessor Diogo Ferreira. Os dois foram presos na última quarta-feira (25), por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. No caso de Delcídio e do advogado Edson Ribeiro, as prisões já eram preventivas desde o início.

Os quatro são suspeitos de tentar barrar as investigações sobre corrupção na Petrobras e comprar o silêncio de Nestor Cerveró. Em conversas gravadas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Delcídio tenta comprar o silêncio do ex-dirigente da estatal para evitar menções a seu nome ou ao banco BTG Pactual em eventual delação premiada. As tratativas eram feitas com o advogado Edson Ribeiro, com participação do assessor do parlamentar.

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