Após declaração de Monark, ministros do STF destacam que apologia ao nazismo é crime

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes usaram seus perfis no Twitter nesta terça-feira (8) para lembrar que é crime fazer apologia ao nazismo.

As postagens ocorrem em meio à polêmica nas redes sociais iniciada pelo ex-apresentador do podcast Flow, Bruno Aiub, mais conhecido como Monark. No programa desta segunda-feira (7), Monark concordou com a existência de partido nazista no Brasil e com o direito de alguém mostrar-se “antijudeu”. A declaração culminou com seu desligamento dos Estúdios Flow.

“Qualquer apologia ao nazismo é criminosa, execrável e obscena. O discurso do ódio contraria os valores fundantes da democracia constitucional brasileira. Minha solidariedade à comunidade judaica”, afirmou Gilmar Mendes.

“A Constituição consagra o binômio: liberdade e responsabilidade. O direito fundamental à liberdade de expressão não autoriza a abominável e criminosa apologia ao nazismo”, disse Alexandre de Moraes.

Diante da declaração de Monark, os Estúdios Flow emitiram uma nota comunicando seu desligamento da companhia. Não ficou claro, porém, se o locutor deixou de integrar a sociedade da empresa que fundou.

“Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei. As pessoas não tem direito de ser idiotas? A gente tem que liberar tudo. A questão é: se o cara quiser ser um anti-judeu ele tinha que ter direito de ser”, disse Bruno, ao ser questionado pela deputada Tabata Amaral.

A fala sobre nazismo rendeu ainda perda de patrocinadores ao podcast, bem como manifestações de repúdio feitas por entidades judaicas. O coletivo Judeus pela Democracia já entrou com uma representação no Ministério Público contra o apresentador. A Embaixada da Alemanha também lamentou o ocorrido.

Presidente da CUBAPE repudia evento sobre a descriminalização da maconha que ocorreu na UNIVASF

Pedro Caldas, presidente da CUBAPE, repudia evento que ocorreu na UNIVASF

Pedro Caldas, presidente da CUBAPE, repudia evento que ocorreu na UNIVASF (Foto: Reprodução)

O Presidente da Central Única dos Bairros de Petrolina (CUBAPE), Pedro Caldas, repudiou de forma incisiva a realização do Sarau do Delom, que aconteceu ontem (17) na UNIVASF. O evento tinha como pauta principal a descriminalização do uso da maconha e chegou a ser investigado por possível apologia às drogas.

“As famílias petrolinenses não merecem essa afronta partindo de estudantes da Universidade Federal, pois nós sonhávamos ver nossos filhos formados, e não serem influenciados por alguns a cair no mundo terrível das drogas.”, disse Pedro.

Segundo o presidente da CUBAPE, a instituição tem feito palestras nos bairros de Petrolina (PE) combatendo o crack e outras drogas. No dia 08 de julho será realizada, às 9h, pela entidade uma Mesa Redonda sobre o Enfrentamento as Drogas. O local ainda não foi definido.

Evento na UNIVASF é investigado por fazer apologia às drogas

cartaz que está circulando pela internet e que convida a população para o evento. (Foto: Internet)

cartaz que está circulando pela internet e que convida a população para o evento. (Foto: Internet)

Está sendo investigado pela Polícia Civil um evento, que tem o objetivo de discutir a descriminalização da maconha, marcado para esta sexta-feira (17) na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, no Sertão pernambucano. Segundo o delegado da 214ª Delegacia, o cartaz de divulgação do evento pode ser interpretado como um encontro para fazer apologia à droga.

Os organizadores afirmam que o “Sarau do Delom” é um encontro organizado para discutir a descriminalização da maconha. “Em Brasília vem ocorrendo em vários locais. Aqui no Vale do São Francisco ainda não existe um movimento populacional em prol da luta antiproibicionista”, explicou o estudante da Univasf, Roberto Junior.

O cartaz e a descrição do convite, que circulam pela internet, usam termos “vamos estender até à noite, leve o seu” e “se a maconheirada se unir, o proibicionismo vai cair”. Para um dos organizadores do sarau, Cadmiel Oliveira, os termos não fazem apologia ao uso da maconha.

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