Suspeito de participar de ataque hacker ao Ministério da Saúde é preso na Bahia

A Polícia Federal (PF) prendeu, na quarta-feira (19), um homem suspeito de participar do ataque hacker contra o Conecte SUS, do Ministério da Saúde. O investigado foi preso em Feira de Santana e é apontado como principal alvo da PF.

O homem é natural da Paraíba e foi detido na companhia da namorada em um hotel. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa internacional chamada Lapsus Group, responsável por ataques cibernéticos contra diversos órgãos governamentais no ano passado.

Ainda ontem ele foi encaminhado à Brasília (DF). Além da invasão ao sistema do Ministério da Saúde, o grupo é investigado por invadir sistemas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, da Localiza Rent a Car, além de diversos outros na América do Sul, Estados Unidos e Europa.

Aplicativo ConecteSUS é restabelecido, diz Ministério da Saúde

Aplicativo Conecte Sus.

O Ministério da Saúde informou em nota na noite desta quinta-feira (23) que o aplicativo ConecteSUS foi restabelecido após ter ficado fora do ar desde o dia 10 deste mês em decorrência de um ataque hacker. Segundo a pasta, a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 ainda pode apresentar instabilidade, devido ao grande volume de acessos.

No dia 10 de dezembro, o site do Ministério da Saúde e a página e o aplicativo do ConecteSUS, que fornece o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, foram invadidos por hackers. O site do ministério voltou a funcionar no mesmo dia do ataque, mas o ConecteSUS estava inacessível desde então.

LEIA MAIS

Hacker de Belém do São Francisco é preso em operação da PF

Agentes da Polícia Federal (PF) estão nas ruas, nesta terça-feira (8), cumprindo mandados de prisão para desarticular uma organização criminosa voltada a ataques cibernéticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos mandados foi cumprido em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco.

Mandados em Pernambuco

No total, são cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, cumpridos também nas cidades de Itumbiara (GO), Bragança Paulista (SP), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Olinda (PE). Ainda segundo a PF, todos os presos são dos municípios pernambucanos. A investigação teve início após o ataque sofrido em 3 de maio deste ano.

Crimes

A PF identificou os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que atuaram de “forma sistemática e organizada”, segundo a polícia. Os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 154-A, §3º e 288, ambos do Código Penal, com penas que, somadas, podem chegar a cinco anos de reclusão.