STJ forma maioria pela anulação do julgamento da Boate Kiss

Entrada da boate (Wilson Dias/Agência Brasil/Arquivo)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) formou maioria nesta terça-feira (5), para rejeitar o pedido de restabelecimento da condenação de quatro pessoas condenadas pelo incêndio da boate Kiss, que em 2013 matou 242 pessoas, no Rio Grande do Sul.

Com a decisão do STJ, um novo júri será marcado. A decisão é referente a um pedido do Ministério Público de 2022, quando o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou a condenação de quatro réus do caso. Os julgados e condenados pegaram entre 18 e 22 anos de prisão, por homicídio simples com dolo eventual.

Condenados no caso da Boate Kiss se apresentam à Justiça

 

Os quatro condenados no caso da Boate Kiss se apresentaram à Justiça e serão encaminhados para unidades prisionais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Dois procuraram o Judiciário ontem (14) e outros dois na manhã de hoje (15), após o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux ter cassado o habeas corpus preventivo deferido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

 

O incêndio da Boate Kiss ocorreu em 2013, na cidade de Santa Maria (RS). No total, 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas. O incidente se deu por causa do uso de recursos pirotécnicos pela banda que se apresentava no local.

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Julgamento do Caso Boate Kiss começa nesta quarta-feira

Incêncio na Boate Kiss durante show na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 deixou mais de 240 pessoas mortas (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Arquivo)

Muito tempo se passou desde o dia 27 de janeiro de 2013, quando 242 pessoas morreram em um incêndio. O fato ganhou repercussão internacional e foi apelidado de “Caso da Boate Kiss”. E hoje (1°), quase uma década após as mortes, os envolvidos na tragédia serão julgados.

A expectativa é que o julgamento dure cerca de 15 dias. Ele ocorrerá em três turnos diários, das nove horas da manhã até as onze horas da noite e não será paralisado nos finais de semana.

Estão no banco dos réus Elissandro Spohr, sócio da boate, Mauro Hoffman, sócio-investidor, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, integrantes da banda Gurizada Fandangueira. Além dos 242 homicídios, eles também são acusados por 636 tentativas de homicídio, com dolo eventual.