Brasil já perdeu 34 milhões dos 82,6 milhões de hectares da Caatinga

(Foto: Internet)

O Brasil já perdeu 34 milhões de hectares dos 82,6 milhões de hectares da Caatinga, alertou o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, durante a participação em um seminário técnico-científico sobre o bioma.

No encontro, que teve a participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ele apresentou os desafios para que a meta de desmatamento zero se estenda à vegetação nativa predominante no Nordeste brasileiro.

Agostinho destacou as características que apontam a necessidade de uma política pública específica para o bioma, como o alto grau de espécies exclusivas que já passaram por transformações pela atividade humana.

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Prefeitura de Juazeiro realizará 2ª Semana da Caatinga entre os dias 26 e 28 de abril

A prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaurb), realizará, entre os dias 26 e 28 de abril, a 2ª edição da Semana da Caatinga, tendo como tema “Caatinga: Plural, única e nossa”. A iniciativa tem como objetivo sensibilizar a população para a temática da preservação e conservação da Caatinga em celebração ao Dia Nacional da Caatinga, comemorado em 28 de abril.

“A segunda semana da caatinga, é um evento que já faz parte do calendário da nossa secretaria, entendemos que é um momento muito importante para nossa população, nessa edição vamos mostrar a caatinga em seu sentido plural com uma visão holística. Reforçando que ela é única e nossa”, destaca o diretor de Educação Ambiental e Proteção Animal no município, Alexandre Batista de Lima.

A programação especial contará com visitas técnicas a instituições de pesquisas do Vale do São Francisco, destinadas a estudantes de Escolas Municipais de Juazeiro. No dia 28 de abril, data instituída como Dia Nacional da Caatinga, a programação terá uma exposição com base no tema do evento, na área aberta do Armazém da Caatinga, na orla 2 de Juazeiro, das 16h às 22h. O evento é aberto e tem como finalidade demonstrar, ampliar e compartilhar informações sobre o bioma caatinga, exemplificando a importância de sua preservação e expondo sua diversidade.

Durante a exposição, serão montados stands para fauna, flora, cultura e gastronomia da caatinga, além de intervenções artísticas e um Quiz catingueiro. A programação também contará com intervenções culturais, poesia, dança, música, mostra científica, degustação de pancs (plantas comestíveis), doações de mudas, artesanato, exposição fotográfica e lançamento de livro.

Texto: Gabriel Filliph – Ascom PMJ

Carro roubado em Juazeiro é encontrado escondido na caatinga

Foi encontrada, nessa segunda-feira (1º), uma camionete Toyota Hilux, cor branca, que havia sido roubada no Distrito de Maniçoba, zona rural de Juazeiro (BA). O veículo foi localizado através de um drone.

De acordo com informações, uma parte da caminhonete estava queimada. Não se sabe quem foram os autores do delito e o motivo de o carro ter sido abandonado.

Umbu da Caatinga baiana está nas gondolas de rede de supermercados do Nordeste 

Da Caatinga baiana para todo o Brasil, o umbu in natura, cultivado por agricultores familiares da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), localizada no município de Uauá, do Território Sertão do São Francisco, chegou à rede de supermercados Carrefour.

A primeira remessa de 2.300 quilos da fruta foi entregue, em janeiro, no centro de distribuição de Recife para atender nove estados da região Nordeste, onde o Carrefour possui lojas. Neste mês de fevereiro, a cooperativa se prepara para fazer uma nova entrega de três mil quilos.

De acordo com a presidente da Coopercuc, Denise Cardoso, a safra do umbu começou no início de janeiro e segue até meado de março. “A previsão de colheita para este ano é de 50 toneladas, 10 toneladas a mais que no ano passado. Com a venda do nosso produto para a rede de supermercados, a cooperativa terá um aumento de 14% na receita”.

A Coopercuc, que comercializa sua produção com a marca Gravetero para diversos municípios da Bahia, para outros estados do Brasil e até para a Alemanha, teve, em 2021, faturamento de R$1,5 milhão. Entre os produtos estão doces, geleias, compotas e cervejas.

Os produtos da Coopercuc podem ser adquiridos, em Salvador, na Rede Moinho; Quindins da Bahia; Cesol e Mercado Orgânico, do Salvador Shopping; Bolo das Meninas; Ciranda Café Cultura & Artes; Casa São Paulo; Solange Biscoitos Finos; e pelo site www.mercaf.com.br.

Por meio de projetos como o Bahia Produtiva e o Pró-Semiárido, executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), foram destinados recursos da ordem de R$6 milhões, em infraestrutura, maquinários, equipamentos e outros investimentos voltados para o beneficiamento de frutas. Com as ações, agricultores e agricultoras familiares têm garantido a sua renda com o fruto da terra.

Ascom

Bombeiros combatem incêndio na caatinga, em Pilão Arcado

Equipes tiveram trabalho intenso na terça-feira (Foto: 9º GBM)

O Corpo de Bombeiros Militar de Juazeiro (BA) foi acionado para combater um incêndio de média proporção, registrado na localidade do Alto do Gavião, zona rural de Pilão Arcado. As chamas foram registradas na segunda-feira (21), na vegetação da caatinga.

De imediato as equipes do 9º Grupamento se deslocaram ao local. Mas por conta da existência de vários focos de incêndio, o serviço deve ser finalizado apenas na manhã dessa quarta-feira (23). Segundo os Bombeiros, a ocorrência foi criminosa.

Ou seja, provocada pela ação humana. Veja a seguir o trabalho da equipe, que precisou entrar na caatinga para debelar as chamas:

Incêndio de grande proporção destrói caatinga e ameaça comunidades no interior de Dormentes

O incêndio considerado de grandes proporções está destruindo a vegetação da caatinga e ameaçando comunidades rurais do município de Dormentes, no Sertão de Pernambuco. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Petrolina, por enquanto o fogo causou apenas prejuízo a natureza.

Um equipe do Grupamento Militar de Combate a Incêndios de Petrolina e outra do Corpo de Bombeiros de Salgueiro tentam conter as chamas que avançam rapidamente. Os militares contam também com o apoio de equipes do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, que é um Centro Especializado do Ibama com atuação na educação, pesquisa, monitoramento, controle de queimadas, prevenção e combate aos incêndios florestais no Brasil.

Uma nuvem de fumaça dificulta a visibilidade e a respiração de quem mora próximo as áreas que estão sendo queimadas. Os bombeiros pedem aos moradores que se sentirem ameaçados, que procurem abrigo em locais seguros, longe do incêndio.

Prefeitura planta mais de 8 mil árvores em menos de quatro anos em Petrolina 

(Foto: Jonas Santos/PMP)

Além de embelezar, uma cidade mais arborizada promove bem-estar para a população, seja naquela parada rápida embaixo de uma árvores para se esconder do sol ou na sensação de temperaturas mais amenas. Pensando nos petrolinenses, a prefeitura tem trabalhado para deixar a cidade cada vez mais verde. Em três anos, mais de 8 mil árvores foram plantadas e doadas pela gestão.

Entre os avanços também se contabilizam a implantação de três novos corredores verdes, sendo um na Avenida da Integração, outro na Wlysses Guimarães e o terceiro na Monsenhor Ângelo Sampaio. Além do plantio significativo de mais de 800 novas árvores no Parque Josepha Coelho.

Petrolina também conta com um Viveiro Municipal que produz e distribui plantas nativas da Caatinga há dois anos. A doação de mudas está temporariamente suspensa em decorrência da pandemia, quem precisar de atendimento ou quiser tirar dúvidas pode entrar em contato, exclusivamente, por meio de mensagens de WhatsApp nos números: (87) 99190-7667 ou (87) 99148-2629.

Todas essas ações são desenvolvidas pela Prefeitura de Petrolina, através da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA).

Ararinhas-azuis em extinção estarão de volta à Caatinga no próximo mês

(Foto: Internet)

No próximo dia 3 de março, cinquenta ararinhas-azuis vindas da Alemanha desembarcarão no Aeroporto de Petrolina (PE) e seguirão para a cidade de Curaçá (BA), onde um centro de reprodução foi construído para que as aves sejam soltas na natureza.

A data, 3 de março, foi escolhida por ser o Dia Internacional da Vida Selvagem, cujo objetivo é celebrar a fauna e a flora do planeta, assim como alertar para os perigos do tráfico de espécies animais selvagens no mundo. As ararinhas-azuis são consideradas extintas na natureza desde o ano 2000, devido às ações de caçadores e traficantes de animais.

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Operação Facheiro II erradica mais de 271 mil pés de maconha no Sertão de Pernambuco

(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Policiais Federais de Salgueiro, com apoio de agentes da Civil e da Militar conseguiram erradicar 217 mil toneladas de maconha produzidas em diversos município do Sertão Pernambucano. A ação foi executada através da Operação Facheiro II, realizada entre os dias 19 e 30 de abril.

Os policiais encontraram a droga sendo cultivadas em ilhas do rio São Francisco e nas cidades de Orocó, Cabrobó, Belém do São Francisco e Santa Maria da Boa Vista. O restante do cultivo estava na área de caatinga em Salgueiro, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Betânia, Parnamirim, Ibó e Floresta.

De acordo com a PF, caso os 217 mil pés fossem colhidos e colocados no mercado poderia-se produzir 90 toneladas de maconha. A operação também teve apoio do Corpo de Bombeiros Militar.

CemaFauna da Univasf leva projeto sobre a Caatinga para escolas públicas de Petrolina

(Foto: Ascom)

Com o tema “Terras de Caatingas: Desenvolvimento Regional e Proteção da Diversidade Biológica”, o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (CemaFauna) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), por meio do Museu de Fauna da Caatinga, está desenvolvendo uma série de atividades nas escolas da Rede Estadual de Petrolina (PE). O evento é em alusão ao Dia do Planeta Terra, comemorado no dia 22 de abril, e o Dia Nacional da Caatinga, celebrado em 28 de abril. As visitas nas escolas começaram no dia 22 e vão até amanhã (30).

O projeto tem como objetivo sensibilizar a comunidade para as questões de preservação do meio ambiente, em especial o Bioma Caatinga. Sete escolas, que estão localizadas em torno do Campus de Ciências Agrárias (CCA) da Univasf, receberão palestras interativas sobre as pesquisas desenvolvidas pelo CemaFauna e uma mostra de animais empalhados, que fazem parte do acervo do Museu de Fauna da Caatinga.

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Ministério do Meio Ambiente libera mais de R$ 200 mil para projeto de recuperação da Caatinga e matas ciliares do Rio São Francisco

Projeto de recuperação da caatinga e das matas ciliares do Rio São Francisco. (Foto: ASCOM)

O aniversário dos 517 anos do Rio São Francisco será lembrado nesta quinta-feira (4), em Juazeiro (BA), com um motivo a mais para comemorar. Durante as festividades, o Ministério do Meio Ambiente, através da Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, anuncia a liberação de um aporte no valor de R$ 262.520,40 para a continuidade do projeto de recuperação de áreas degradadas do bioma Caatinga, incluindo a recuperação das matas ciliares do Rio São Francisco.

O projeto que começou em 2016, é uma parceria público-privada entre a Agrovale e o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD), da Universidade Federal do Vale do São Francisco –  Univasf. Desde então, vários trabalhos estão sendo realizados no sentido de reflorestar este que é o único ecossistema integralmente brasileiro com 4,5 mil espécies vegetais.

À frente de uma equipe multidisciplinar de biólogos e engenheiros agrônomos, o professor da Univasf (Campus de Ciências Agrárias de Petrolina), José Alves de Siqueira, acompanha também a recuperação das matas ciliares através do desenvolvimento de espécies típicas como jatobá, ingazeira e o marizeiro, a partir do manejo dos locais invadidos pelas algarobas. Estima-se que a algaroba já invadiu cerca de 1 milhão de hectares da Caatinga. Ainda durante os trabalhos, são identificados os melhores modelos para a recuperação das áreas ribeirinhas do Velho Chico.

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Em visita à Embrapa, estudantes têm a oportunidade de conhecer os potenciais da Caatinga

(Foto: ASCOM)

Com o objetivo de instigar a percepção de alunos sobre a diversidade do bioma Caatinga, a Embrapa Semiárido recebeu, nesta terça-feira (04), cerca de 65 estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio da Polícia Militar de Petrolina (PE) para uma visita guiada às instalações da Unidade. A visita faz parte do programa “Embrapa & Escola”, que busca aproximar cientistas, estudantes e professores para estimular nos jovens o interesse pela ciência.

Acompanhados pela equipe técnica da empresa, os alunos tiveram a oportunidade de compreender a importância da pesquisa científica e os potenciais da Caatinga que podem ser explorados na região. Despertar o interesse pela pesquisa científica em jovens tem sido um desafio para muitas instituições no Brasil.

Ao longo da programação, os alunos acompanharam palestras sobre o bioma e sobre os principais projetos em execução na empresa. As espécies de plantas nativas puderam ser vistas de perto no percurso de 300 metros de trilha em uma área de Caatinga preservada.

Raiany Rodrigues, de 17 anos, conta que ficou surpresa com a quantidade de cores, cheiros e formas que a Caatinga possui. “Quando o professor falou da visita, eu fiquei contando os dias pra vir. Queria muito conhecer. Meu pai trabalha com agricultura e mesmo tendo esse contato com a natureza, pra mim foi uma descoberta incrível ter visto a diversidade de plantas e animais”, comenta.

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Casa Nova é destaque no Programa Bioma Caatinga

O ciclo 3 do Bioma Caatinga terá um investimento de R$ 1.570.043,96. (Foto: Arquivo)

Com o maior rebanho de caprinos e ovinos do Brasil (468.258 caprinos, ou 4,8% do total nacional, e 408.526 ovinos, ou 2,2% do total nacional), de acordo com o levantamento do IBGE em setembro de 2017, Casa Nova, a partir do Programa Bioma Caatinga, começa a agregar valor aos produtos da caprinovinocultura, integrando e estabelecendo uma relação de parcerias entre Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e produtores rurais, envolvendo quem produz, quem disponibiliza os insumos, quem processa, quem vende e quem compra, fortalecendo-os e tornando-os mais competitivos para o mercado.

Na última semana, aconteceu a solenidade de lançamento do terceiro ciclo do Programa Bioma Caatinga, no Grande Hotel de Juazeiro, com as presenças do Superintendente do Sebrae-BA, Jorge Khoury, do Ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, o gerente regional do Sebrae/Juazeiro, Carlos Rafael Cointeiro, prefeitos e representantes dos municípios de Curaçá, Uauá, Remanso, Casa Nova e Juazeiro.

Para José Carlos Borges, Secretário de Governo da Prefeitura de Casa Nova, representando o prefeito Wilker Torres, a importância do programa “é agregar valor ao produto da caprinovinocultura, rompendo um círculo que se repete há 500 anos”. Dessa fora, “o produtor, o fornecedor de insumo e o supermercado se integram em uma cadeia produtiva, onde todos ganham. A qualidade melhora e quem ganha é o consumidor”. O secretário fez questão de lembrar que “o prefeito Wilker Torres apoia e incentiva o Programa Bioma Caatinga”.

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Estudantes de Petrolina conhecem o Bioma Caatinga em passeio ecológico

(Foto: ASCOM)

Passeando de carroça pela trilha na Caatinga, atração que se tornou uma das mais queridas da Fazendinha do Vale, na zona rural de Petrolina (PE), as duas estudantes não se diferenciam muito do grupo de alunos que participaram do ‘Passeio Ecológico’.

Mas Ana Beatriz Rodrigues, de 9 anos, e sua coleguinha, Maria Rita Pinheiro, de 10 anos, alunas de um colégio particular da cidade, não foram na incursão atrás apenas de aventura.

Elas fazem parte das turmas de 3º a 5º ano do Ensino Fundamental da escola Junior que nesta sexta-feira (23) tiveram uma aula in loco sobre a Caatinga.

Dentre outras coisas, aprendem que o bioma é único, vivo e adaptado ao Semiárido nordestino, que é possível fazer casa, cola, corda e até remédio com sua flora, e, mesmo assim, é um dos ecossistemas mais degradados do mundo, tendo 80% de seu território já alterado.

A expedição, de acordo com a coordenadora do Fundamental I, Claudia de Souza, tem como objetivo sair “um pouco da sala de aula” para promover a interação das crianças com o meio ambiente e os animais, construindo conhecimentos a partir das experiências.

“Elas estão conhecendo a favela, o xique-xique, o caroá; aprendendo a importância da Caatinga para nossa região e começando a valorizá-la ao saber das suas utilidades”, explica.

A experiência

Cada turma de estudantes teve três educadores do Plenus para dar apoio às guias turísticas da Fazendinha. Além do passeio pela trilha ecológica, os guias e professores levaram as crianças para um banho de bica, modelagem de massinha, contação de histórias, lanche saudável e as tão aguardadas alimentação dos animais e corrida na carroça.

“Tudo foi muito legal. Gostei de conhecer as plantas da Caatinga, das historinhas sobre o homem degradando o meio ambiente. E quando chegou a hora do passeio de carroça, meu Deus, foi eletrizante”, disse Maria Rita. “Ela ficou nervosa quando o cavalo fez a curva”, entregou Ana Beatriz, enquanto ria.

As duas garotas se destacaram durante a incursão. Perguntavam, interagiam e eram as primeiras da fila em todas as atividades do passeio. Mas não foram as únicas.

Antônio Eduardo Gonçalves, de 9 anos, fez questão de alimentar o cavalo Zeus e descobrir por que a flora do Semiárido precisa de pouca água em relação aos demais biomas do Brasil. “Eu nunca tinha visto a Caatinga de perto, passeado de carroça, nem mesmo dado comida aos animais. Por isso quis aproveitar tudo”, concluiu.

Agrovale reabre viveiro para produção de mudas da Caatinga

(Foto: ASCOM)

A Agrovale, localizada em Juazeiro (BA) e uma das maiores produtoras de álcool, açúcar e etanol do Nordeste, concluiu neste mês a reforma e ampliação do seu viveiro de mudas nativas da Caatinga. Instalado em uma área de 2 hectares, o espaço tem capacidade para a produção de 36 mil mudas de mais de 70 espécies de plantas e volta a ser aberto ao público no segundo semestre desse ano para visitas técnico-científicas.

De acordo com a coordenadora do Departamento de Meio Ambiente da Agrovale, Thaisi Tavares, as obras do novo viveiro começaram em agosto de 2017, com o objetivo de ampliar a capacidade de produção e otimizar a logística dos serviços oferecidos à população. Com sua conclusão, a empresa retoma a produção das plantas nativas e já começa a receber os primeiros agendamentos de solicitações para visitas acadêmicas. Segundo Thaisi, o processo de doação de mudas deve iniciar em junho, quando as novas espécies estarão mais desenvolvidas e rustificadas para transplante em campo.

As plantas produzidas no viveiro são utilizadas para recuperação de áreas degradadas, repovoamento e reflorestamento com o objetivo maior de preservação do Bioma Caatinga, explica a coordenadora. “As mudas que produzimos são destinadas à restauração do Bioma Caatinga, assim como, utilizadas em ações socioambientais tais como projetos de arborização urbana pelos órgãos públicos como as secretarias municipais e escolas, além de construtores civis, condomínios, universidades e produtores rurais”, ressalta.

No total, nove profissionais trabalham diretamente com o viveiro, que cultiva espécies como o umbuzeiro, ingazeiro, ipê, jatobá e umburana. Ainda segundo Thaisi, com a reforma e ampliação do espaço, foi possível melhorar a capacidade de produção das mudas cuja demanda é crescente. “A Agrovale está sempre recebendo muitos pedidos de doações e de visitas técnico-científicas, então foi necessário que o viveiro passasse por uma obra reestruturante. Estamos mais preparados também para sensibilizar as pessoas sobre a importância e benefícios das árvores em nossas vidas”.

Produção

Por serem plantas nativas da Caatinga (bioma exclusivamente brasileiro), a maioria das espécies cultivadas pela empresa são de porte pequeno ao médio. E, segundo o Departamento de Meio Ambiente da Agrovale, são produzidas de acordo com a sazonalidade de ocorrência das sementes dessas plantas. “Temos espécies que estarão aptas a campo por estes dias e outras que só ficarão prontas em setembro, por exemplo”, conclui Thaisi Tavares.

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