Empresas de apostas de futebol dão calote em apostadores também de Petrolina

Nesta quinta-feira (13), nossa redação recebeu algumas ligações de apostadores de Petrolina e até mesmo de Lagoa Grande, reclamando o não recebimento de prêmios de bancas ilegais de apostas esportivas, que viraram febre em vários estados da região desde o ano passado. Pelo menos duas pessoas, que não quiseram se identificar, afirmam que ganharam prêmios de R$ 26.000,00 cada, mas não receberam o montante.

Segundo os apostadores essas empresas são representadas por dois responsáveis em Petrolina e Lagoa Grande.

De acordo com informações do Blog do Valente, o que aconteceu aqui na região e no resto país foi que esses sites e bancas ilegais simplesmente “quebraram” após os resultados da Série A da última quarta-feira (12).

O site http://tudomaxfm.com.br, também informa que a 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, onde em todos os 6 jogos , os visitantes saíram vitoriosos, realmente deixou um saldo milionário porém negativo para várias bancas de apostas em todo o país . Como as cotações dos times visitantes geralmente são maiores quem apostou nas “zebras” ganharam uma boa quantia .

As reações não demoraram a aparecer, e nas redes sociais diversas bancas se pronunciaram sobre o resultado e pagamento dos prêmios.

“Informamos que nossa banca não vai ter condições de pagar a todos, estamos declarando falência. Obrigado a todos e perdão”, diz uma nota de uma banca

“Vimos por meio desse comunicado, informar a todos a todos os nossos cambistas , supervisores jogadores e colaboradores em geral que diante do grandioso volume de ganhadores, torna-se inviável o pagamento total neste primeiro momento, entretanto assumimos o compromisso de honrar todos os débitos na condição de parcelamento , iniciando com 10 % do valor do prêmio , com programação de quitar todos os valores em 10 vezes “, afirma outra nota de mais uma banca.

” Nunca ganhei nada com aposta , é tanto que apostei tudo nas zebras . Quando parece que vou ganhar , parece que não vou levar. O dono da minha banca sumiu. Joguei R$ 50,00 e o retorno é R$ 6540,00. Parece que só na banca que joguei o prejuízo é de R$ 1 milhão . Espero que ele apareça e me pague , já dei muito lucro a ele”. disse um dos ganhadores.

Apostas esportivas são consideradas ilegais no Brasil, o que impede que os sites sejam cadastrados no país. Muitas páginas, entretanto, são registradas aqui, mas em nome de laranjas. Outros empresários do setor optam por driblar a legislação por meio de cambistas que usam tablets e maquininhas de impressão em pontos físicos e de maneira ambulante, oferecendo as apostas em bares e de porta em porta.

Calote na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida chega a quase 30%

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Crédito imobiliário da faixa 1 do Minha Casa se destina às famílias que têm renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. Foto: Bruno Peres/ Min. Cidades

“Como os pedidos só foram diminuindo, quando o celular tocava de manhã, a gente já sabia que era o banco ligando para cobrar a prestação da casa”, lembra o auxiliar de cozinha Luiz Eduardo Meirelles, de 48 anos, que faz doces para festas desde que foi demitido de uma confeitaria da Grande São Paulo, em maio. Ele está no grupo de mutuários da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida – a que recebe o maior subsídio do governo – que não vem conseguindo pagar as prestações.

Com medo de perder o imóvel, ele conta que vai vender a moto da família e passará a fazer as entregas dos doces de bicicleta. “Trabalhar em casa era um sonho antigo que virou falta de opção, só que todo mundo está segurando gastos e fica difícil vender. A gente passou da fase dos pequenos cortes. Vamos abrir mão de parte do patrimônio para salvar o principal.”

A queda na renda e o aumento do desemprego têm pesado na taxa de inadimplência dos beneficiados pela faixa 1. O índice de atraso superior a três meses bateu em 28% em setembro. No mesmo mês de 2015, eram 23% com parcelas em aberto há mais de 90 dias, segundo o Ministério das Cidades. É o maior porcentual de atraso desde o agravamento da crise.

Para efeito de comparação, o índice de prestações atrasadas na carteira de crédito que inclui as faixas 2 e 3 do programa, para famílias com renda mais elevada, era de cerca de 2,03% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a Caixa.

O crédito imobiliário da faixa 1 do Minha Casa se destina às famílias que têm renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. Os preços dos imóveis variam de acordo com a localidade e, como até 90% do valor da casa é custeado com recursos públicos, os novos contratantes pagam prestações mensais a partir de R$ 80.

Até o ano passado, esses números eram mais generosos: a prestação mínima paga pelos beneficiários do programa era de R$ 25 ao mês. Além disso, para toda a faixa 1, cerca de 95% do valor do imóvel era subsidiado.

No Amapá e em Roraima, os Estados com maior porcentual de inadimplentes em setembro, os atrasos nos pagamentos chegam a 41%. Em seguida estão Pará (40%), Bahia (37%) e Mato Grosso (36%). Distrito Federal, Alagoas e Rondônia têm os menores índices, com 7%, 11% e 19%, respectivamente.