3,7 mil desempregados fizeram doações a candidatos este ano, afirma TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou cerca de R$ 25 milhões pagos a fornecedores ou doados a candidatos às eleições municipais deste ano com alguns indícios de irregularidade. São quase sete mil indicativos de problemas, tanto no pagamento a prestadores de serviços quanto no recebimento de doações.

O levantamento faz parte de uma parceria do Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais – Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral, Defensoria Pública Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania.

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Ministério Público encontra indicativo de irregularidade em arrecadação de 13% dos candidatos do país

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Desempregados contribuíram com campanhas eleitorais.

O Ministério Público Federal identificou indicativos de irregularidades na arrecadação de 13,2% (65.268) dos 493.906 candidatos a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do país. Cruzando dados dos doadores com outros órgãos públicos, o MPF identificou três tipos de irregularidades: presença de doadores cuja renda é incompatível com o valor doado; doadores beneficiados em programas sociais e que aparecem como desempregados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o que indica não ter recursos para doar; e doadores que já morreram, e que estão registrados no Sistema de Controle de Óbitos, o que, segundo o MPF, indica lavagem de dinheiro na campanha.

Por percentual, os cinco estados com maior número de candidatos suspeitos são: Santa Catarina, com quase um quarto dos candidatos nessa “lista suja” (25,22%), seguido do Rio Grande do Sul, 23,54%; Piauí, com 23,33%; Rio Grande do Norte, 23,32%; e Mato Grosso, com 18,98%.

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