Conversa de Romero Jucá aumenta urgência da aprovação da autonomia da PF, acredita delegados

presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral

Presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral

Após a Folha de São Paulo divulgar áudio da conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado, a exoneração do peemedebista do ministério do Planejamento foi publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira.Os trechos da conversa, gravados antes da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, deixam claro que Romero Jucá, nome forte do governo interino de Michel Temer, articulava com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a paralisação da operação Lava Jato.

Para os delegados de Polícia Federal, a conspiração entre o peemedebista Romero Jucá e Sérgio Machado, que também é investigado na operação, expõe a fragilidade da instituição, ou seja, ela pode sofrer com interferências políticas a qualquer momento.

A única forma de proteger a PF das interferências políticas é a autonomia da instituição passar a ser prevista na Constituição como explica o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral. ““Todos nós sabemos que muitos políticos poderosos são investigados na operação Lava Jato. E a melhor forma de proteger as investigações, em verdade, é protegendo as instituições. Polícia Federal, Ministério Público, Justiça. Então é preciso que a sociedade permaneça atenta para qualquer tipo de intervenção. E, no caso da Polícia Federal é preciso que nós avancemos e conquistemos a nossa autonomia”.

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