Deputado Odacy Amorim volta a questionar preço da gasolina no Sertão de Pernambuco

Odacy Amorim, deputado estadual. (Foto: ASCOM)

Durante reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), nesta terça-feira (15), o deputado Odacy Amorim (PT) voltou a questionar venda do litro de gasolina por até R$ 5,00 em alguns pontos do Estado, segundo o parlamentar. O deputado comentou sobre a política de preços da Petrobras e cobrou um posicionamento da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz/PE) com relação a diferença de preços entre postos de Pernambuco e da Bahia.

“Não consigo entender como a gasolina pode sair de R$ 1,72 o litro nas refinarias da Petrobras e subir para R$1,93 poucos dias depois. Para o consumidor final o valor chega perto de R$ 5 em Petrolina”, criticou o deputado.

“O cidadão consegue comprar um carro mas não consegue rodar porque não tem condição de gastar R$ 5,00 por litro de gasolina. o imposto embutido na gasolina do Brasil daria para garantir a educação no País inteiro”, afirmou Odacy.

Segundo Amorim, um protesto contra o aumento de combustíveis deve ser realizado em breve no Sertão do São Francisco.

Ao fim, o deputado também pediu esclarecimentos sobre possíveis cartéis envolvendo os postos de combustíveis, já que três funcionários do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE)  foram presos preventivamente pela Polícia Civil nesta terça-feira, em uma investigação sobre combinação de preços nos postos.

Presidente do Sindicato de Combustíveis nega existência de cartel nos postos de combustíveis em Pernambuco

(Foto: Edilson Vieira/JC)

Alfredo Pinheiro Ramos, presidente do Sindicato de Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis) negou as acusações de cartel. O sindicato foi alto da Operação Funil, deflagrada nessa terça-feira (15), no Recife. Alfredo concedeu uma entrevista coletiva, onde rebateu as afirmações contra a entidade.

A Operação foi organizada pela Polícia Civil e prendeu três funcionários do sindicato. Questionado sobre a existência de cartel nos postos de Pernambuco, o presidente negou. “O sindicato não orienta nenhum revendedor em relação a preço de combustível”.

Segundo Ramos, os preços que os revendedores compram combustíveis são públicos, disponíveis no site de Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e que a quantidade de impostos cobrados nessa compra é o responsável pelo encarecimento do produto na bomba.

Em relação aos três funcionários presos, Ramos afirmou que o trio são do “carrinho de qualidade”, um “serviço prestado à sociedade” oferecido pelo sindicato. Segundo seu relato, os três presos iam nos postos testando a qualidade do produto vendido e orientando os postos sobre a legislação e demais serviços para regularizar a venda de combustíveis em Pernambuco.

A Polícia Civil de Pernambuco relatou mais cedo que a Operação Funil foi iniciada em 2017, no mês de julho. Além dos três mandados de prisão, foram cumpridos hoje 27 de busca e apreensão, dos quais 17 executados em postos de combustíveis.

Assim como os funcionários preso, Alfredo Pinheiro Ramos está sendo investigado pela Polícia Civil, por envolvimento no cartel.

Secretaria de Defesa Social de Pernambuco realiza operação contra cartel de combustíveis na manhã desta terça-feira (15)

(Foto: Arquivo)

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco desencadeou na manhã desta terça-feira (15), através da Polícia Civil, a operação “Funil”, que combate o cartel de combustíveis no Estado.

As investigações tiveram início no mês de julho de 2017, tendo por objetivo a desarticulação de uma organização criminosa com atuação no Recife e Região Metropolitana, além de diversos municípios do Estado.

A ação tem por objetivo o cumprimento de 03 mandados de prisão preventiva, além de 27 mandados de busca e apreensão em domicílios e estabelecimentos comerciais. Na deflagração foram empregados 163 Policiais Civis, entre Delegados, Comissários, Agentes e Escrivães.

A polícia vai divulgar mais informações ao longo do dia na sede do Grupo de Operações Especiais – GOE, localizado na Rua Odete Monteiro, S/N – Cordeiro, Recife – PE.

Combustível: Odacy Amorim solicita realização de Audiência Pública para debater preço cobrado em Petrolina

(Foto: Guilherme Testa)

Depois das queixas da população petrolinense, o deputado estadual Odacy Amorim sugeriu na noite da segunda-feira (23), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a realização de uma Audiência Pública para discutir o que tem elevado o preço médio cobrado nos postos de combustíveis de Petrolina.

Ainda ontem o petista participou do programa Super Manhã, na Rádio Jornal Petrolina e falou sobre a cobrança abusiva. “Você olha no site da Agência Nacional do Petróleo, Petrolina tem um preço médio de R$ 4,60, esse posto comprou a gasolina e R$ 3,75 pelo que está registrado na ANP e está vendendo R$ 0,85 centavos a mais”, explica o deputado estadual.

Motivado pelas queixas ouvidas no programa, Odacy propôs à Comissão de Agricultura da Alepe, a realização de uma Audiência Pública. “É preciso chamar a ANP, a BR Distribuidora, a Petrobras, o sindicato dos postos de combustíveis, além de Ministério Público, Secretaria de Fazenda e consumidores, para que participem desse debate. Por que o povo do Vale do São Francisco tem que pagar a gasolina mais cara do Brasil?”, disse Odacy na Alepe.

Na opinião do petista, esse é um problema sério e precisa ser discutido, já que “em Petrolina são quase tabelados”. Odacy também solicitou a participação da comunidade caso a Audiência Pública saía do papel.

Lava Jato faz primeira denúncia por cartel de empreiteiras na Petrobras

Lava Jato

A força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato denunciou hoje (13) oito pessoas ligadas às empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás pelos crimes de cartel e fraude em licitação. É a primeira denúncia envolvendo integrantes do cartel de empresas que fraudava licitações na estatal.

Na ação, o Ministério Público Federal pede ressarcimento pelos desvios no valor de R$ 105 milhões e US$ 12 milhões para os denunciados ligados à Queiroz Galvão e de R$ 47 milhões, além de US$ 2 milhões, no caso dos envolvidos da Iesa.

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