Centrais sindicais alinham pautas da greve geral do dia 14

(Foto: Internet)

A greve geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho toma força nos bastidores, com a mobilização dos grupos contrários às reformas do presidente Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com o Jornal do Commercio, o movimento quer “derrubar” a reforma da Previdência, principal demanda de Bolsonaro.

O movimento sindicalista realizará até o dia da greve uma a agenda dos sindicalistas inclui plenárias estaduais para mobilização e também o apoio à segunda manifestação da União Nacional dos Estudantes (UNE) em resposta às medidas de contingência no Ministério da Educação, marcada para o dia 30.

Hoje (22) dirigentes dos principais sindicatos do país estão reunidos no Rio de Janeiro, para fortalecer a mobilização. Nos estados os representantes também alinham as demandas e um dos itens que ganha força na pauta de reivindicações é o viés ideológico do governo.

Centrais Sindicais dizem que vão parar o país nesta segunda-feira

As centrais sindicais de todo o país estão convocando os trabalhadores, em suas categorias, para uma greve geral nesta segunda-feira (19). O motivo da paralisação, é a realização de atos de protesto, em todas as cidades brasileiras, contra a votação da reforma da previdência, que deve ser colocada na pauta da Câmara dos Deputados esta semana.

Depois de várias tentativas frustradas, a nova proposta do governo, que prevê aumento da idade mínima de concessão da aposentadoria para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos para os homens, deve ser votada entre os dias 19, 20 ou 21 de fevereiro na Câmara dos Deputados, se a base aliada garantir os 308 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional.

“Não votaram até agora porque não têm votos. Os deputados estão com medo de aprovar essa proposta nefasta e não serem reeleitos”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, a campanha “se votar, não volta”, feita sem recursos, que contou apenas com o trabalho incansável e determinação da militância e dos dirigentes que foram a aeroportos, as bases dos deputados e em todos os espaços públicos onde eles estiveram nos últimos meses fez mais efeito do que as campanhas do governo em rádios e TVs.

“Temos de aumentar ainda mais a pressão nos deputados. Quem aprovar o fim da aposentadoria pode vestir o pijama, pois pra Brasília não volta. Nunca mais vai ser eleito”, enfatizou Freitas.

A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), os sindicatos filiados e os movimentos sociais estão convocando os trabalhadores para um ato político que está marcado para às 15h, desta segunda-feira, no Parque 13 de Maio, bairro de Santo Amaro, em Recife.

“A greve é a única resposta da classe trabalhadora contra a nova ofensiva de propaganda mentirosa do golpista e ilegítimo  Michel  Temer para acabar com o direito de se aposentar com dignidade.  Já está consolidado que não existe rombo ou déficit, através da CPI na Previdência”, explica o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.

Segundo ele,  o que existem  são dívidas milionárias de empresas que não pagam, muita sonegação, renúncia fiscal e desvio de 30% dos recursos por mês para outras áreas, através da Desvinculação das Receitas da União (DRU).

“Nos últimos 15 anos, o Governo Federal deixou de arrecadar mais de  R$ 4,7 trilhões com desvios, sonegações e dívidas. A reforma da previdência não corta privilégios, mas retira direitos e desmonta a previdência pública para favorecer os planos de previdência dos bancos, que financiaram o golpe e querem aumentar ainda mais os seus lucros e a exploração contra a classe trabalhadora”, pontuou Veras.

Reforma da Previdência deve entrar em discussão na próxima terça-feira

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun informou na manhã dessa quinta-feira (15) que o texto da Reforma da Previdência será discutido na sessão da próxima terça-feira (20), na Câmara dos Deputados. Segundo Marun, a proposta entra na pauta mesmo sem o governo ter o mínimo de votos necessários para aprovar a matéria.

“Tenho convicção de que, independentemente dos votos que tivermos na segunda-feira, a discussão se inicia na terça” afirmou o ministro. Para aprovar a Reforma da Previdência o governo de Michel Temer precisa de 308 votos e segundo Marun, um dos responsáveis pela busca de apoio entre os deputados, faltam 40 votos.

Marun se encontrou hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para discutir a proposta e afirmou estar “com a confiança redobrada” na aprovação da matéria.

Busca por votos

Passado o Carnaval, o governo de Temer intensificou a busca por apoio na Câmara para votar a Reforma. O governo já admite ter intenção de aprovar a matéria no dia 28 desse mês. O relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), apresentou no início do mês uma nova versão da matéria que propõe mudanças nas regras para se aposentar. Alguns pontos foram mantidos, como por exemplo, o estabelecimento de uma idade mínima para ter acesso ao benefício. De acordo com o texto, as mulheres se aposentariam com 62 anos de idade e os homens com 65.

Outra intenção do governo é equiparar as regras dos regimes previdenciários dos servidores públicos às mesmas dos trabalhadores da iniciativa privada. Pela proposta, o limite do valor do benefício seria o teto do INSS, que é de R$ 5.645,80. Quem ganha acima disso e quiser ter acesso à integralidade do salário na aposentadoria, terá que fazer uma contribuição complementar.

Manifestações

As principais centrais sindicais de Pernambuco agendaram uma manifestação no estado na segunda-feira (19). O ato encabeçado pela Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) faz parte do Dia Nacional de Paralisação e levanta a bandeira contra as reformas propostas pelo governo de Temer.

Professores da Bahia aderem à greve nacional e vão parar no primeiro dia de aula

O primeiro dia de aula, em 2018, nas escolas da rede estadual da Bahia está marcado para o dia 19 de fevereiro, mas os alunos não vão encontrar as escolas funcionando neste dia.

A APLB, que é o Sindicato dos professores no estado, emitiu nota comunicando que atendeu as orientações das centrais sindicais e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e vai parar as atividades no primeiro dia de aula.

O sindicato está convocando os professores e demais trabalhadores da educação, para um ato público que será realizado no dia 19, às 8 horas da manhã, em frente ao Colégio Municipal Paulo VI, que fica no bairro Maria Gorete.

A paralisação nacional está sendo convocada pelas centrais sindicais de todo o país, em protesto contra a votação da reforma da previdência, marcada para acontecer na Câmara dos Deputados dia 20 de fevereiro.

Sinpol promove reunião de balanço com centrais sindicais em Recife

(Foto: Arquivo)

Nesta quinta-feira (4) as centrais sindicais responsáveis pela recente greve geral, se reunirão na Sede do SINPOL-PE, para avaliar o impacto das manifestações. O encontro será às 9h, na Sede do SINPOL-PE.

Além de analisarem a repercussão e a adesão dos trabalhadores no estado, os sindicalistas ainda definirão os próximos passos no combate ao pacote de medidas proposto pelo o presidente Michel Temer.

Para o Presidente do Sinpol e anfitrião do encontro, Áureo Cisneiros, a reunião será fundamental para que as entidades envolvidas na organização da greve geral e do ato público possam avançar em novas ações conjuntas.

“Discutiremos todos os pontos relativos à organização das últimas manifestações. Assim, conseguiremos planejar e alcançar desafios ainda maiores. Temos nos articulado nacionalmente e já há propostas de uma greve geral com duração de dois dias, combinada a uma grande caminhada à Brasília, que já está sendo chamada da ‘Marcha dos 100 mil’. A classe trabalhadora está cada vez mais unida, não tenho dúvida que vamos impedir essa agenda de retrocessos”, avalia.

Temer aceita propostas das centrais sindicais para Previdência

A intenção das centrais é evitar que sejam adotadas medidas drásticas nas regras de concessões de aposentadorias do INSS.Foto: reprodução internet

Em Brasília, nesta segunda-feira (13), o governo concordou em incluir na reforma previdenciária algumas propostas feitas pelas centrais sindicais para aumentar a arrecadação da Previdência Social.

Entre as medidas que deverão ser aceitas, que foram discutidas na reunião, o Planalto é a favor de legalizar os bingos, vender imóveis desocupados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e adotar medidas de fiscalização e cobrança das dívidas da Previdência.

“No conjunto das propostas que foram apresentadas, o bingo tem um peso importante atribuído pelas centrais e o governo está debruçado sobre isso”, afirmou Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil.

Segundo Marcelo Siqueira, assessor especial do órgão, o deficit da Previdência para este ano é de R$ 136 bilhões. Se todas as propostas das centrais fossem adotadas, restaria um rombo de mais de R$ 50 bilhões.

A Força Sindical mudou de tom nas críticas ao governo Temer em relação à reforma da Previdência. O presidente da central, deputado Paulinho (SD-SP), elogiou “o compromisso com o diálogo” do novo governo e a disposição para debater questão. Inicialmente, ele havia considerado “estapafúrdias” as propostas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre o tema. Agora, para Paulinho, o “atual governo busca o melhor para o sistema de Previdência e, consequentemente, um futuro melhor para todos”

Com informações Agora

Sindsemp participa da organização Acampamento Democrático

Os militantes estarão acampados na Praça Dom Malan, centro, entre os dias 27 de abril e 1º de maio/Foto:divulgação

Os militantes estarão acampados na Praça Dom Malan, centro, entre os dias 27 de abril e 1º de maio/Foto:divulgação

Mobilizados em todo o país, movimentos populares, centrais sindicais, entidades estudantis, MST e coletivos de luta organizarão manifestos em defesa da Democracia. Em Petrolina, as entidades estão organizando um ‘Acampamento Democrático’ que deve reunir cerca de 500 pessoas da região.

O acampamento, de acordo com a coordenação, tem como objetivo pressionar parlamentares a votar contra no processo do impeachment que transcorre no Senado Federal. E a Petrolina foi uma das cidades escolhidas pelas entidades por  sua localização estratégica e por ser base eleitoral de um senador, Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Os militantes estarão acampados na Praça Dom Malan, centro, entre os dias 27 de abril e 1º de maio. Durante o manifesto, atividades culturais, oficinas, palestras e repasses serão realizados.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp) está engajado na organização do ato, participando efetivamente das comissões organizadoras de finanças, alimentação e divulgação. “É muito importante a participação de todos nesse movimento. Estamos lutando pela democracia e uma entidade de luta como a nossa não pode ficar de fora”, ressalta Elena Alves, diretora de Assuntos Extraordinários e membro da comissão de alimentação.

Para o diretor de Políticas Sindicais, Edson Santos, membro da comissão de divulgação, a participação do Sindsemp é por ser coerente com a luta, mas não é uma posição partidária. “Somos a favor da democracia. Não estamos tomando nenhum partido, nossa entidade é apartidária”, salienta.

Com informações da ASCOM