Variante P1 está predominando em Pernambuco, afirma Estado

(Foto: Itamar Crispim/Fiocruz)

O Governo de Pernambuco confirmou, na noite de sexta-feira (4), a presença da variante P1 da covid-19, que atualmente predomina no Estado. A mutação foi inicialmente identificada em Manaus e tornou-se responsável pelo agravamento da pandemia naquela região, em 2020.

O estudo foi solicitado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), com o objetivo de observar, também, a possível presença da variante indiana. Mas, no momento, a cepa B.1.617 não está circulando no Estado, segundo o Governo Pernambucano.

Preocupação

“A predominância da variante P.1, relatada primeiramente no Amazonas, causa preocupação, especialmente no Agreste. Ela pode apontar para uma das causas da aceleração da doença na região nas últimas semanas, associada ao comportamento da população. Por sua vez, a Secretaria Estadual de Saúde tem monitorado permanentemente, através de parcerias com instituições científicas, como o Instituto Aggeu Magalhães e o Lika, a circulação do vírus em Pernambuco”, diz a nota da SES-PE.

Após registro da cepa indiana no MA, Saúde envia 600 mil testes de covid ao estado

(Foto: Divulgação)

Após a identificação da cepa indiana no Maranhão, o Ministério da Saúde enviará 600 mil testes rápidos para detectar a presença da covid-19 no estado. O objetivo é aumentar a testagem no Estado em pontos estratégicos para realizar um bloqueio para tentar conter a variante indiana no país.

Segundo o ministro Marcelo Queiroga a prioridade, no momento, é realizar a vigilância da variante, o rastreamento e bloqueio sanitário no Maranhão para impedir uma transmissão comunitária da cepa indiana. Esse tipo de ação preventiva já estava sendo cobrada pelo secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo.

O Maranhão já registrou seis casos da cepa identificada na Índia. Todos são de passageiros que estavam em um navio ancorado no estado. Um dos tripulantes, um indiano de 54 anos, precisou ser intubado e está em estado grave.

Após registro de nova cepa no NE, secretário de Saúde de Pernambuco cobra mais fiscalização nos aeroportos e portos

Na coletiva de imprensa de quinta-feira (21), o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo, cobrou uma ação mais dura do Governo Federal sobre os portos e aeroportos. Esta não é a primeira solicitação, mas ganhou força depois do registro da cepa indiana da covid-19 no Maranhão.

A variante B.1.617 do novo coronavírus, que nasceu na Índia, é considerada um risco para todo o mundo.  “Tudo leva a crer que o Maranhão está bloqueando pacientes que precisaram de atendimento. Há toda uma vigilância montada com apoio do Ministério da Saúde. Esperamos que, pelo menos, por enquanto isso possa ser contido. Mas é preciso reforçar, do ponto de vista de país, o Brasil precisa agir. O controle de portos e aeroportos é responsabilidade do Governo Federal. Cabe a ele a adoção de medidas para conter ou, pelo menos, retardar [a entrada de variantes no país]”, disse.

Sobre Pernambuco, Longo informou que, até o momento não há nenhum caso suspeito. “Neste momento, não temos suspeita da presença aqui em Pernambuco”, afirmou.

Segundo CNN, Ministério da Saúde alertou três estados sobre cepa indiana da covid

O Ministério da Saúde do Brasil emitiu um alerta, na segunda-feira (17), aos três estados do Sul, sobre a aproximação da cepa indiana da covid-19. Ela foi detectada na Argentina, país que faz fronteira com a região. A informação é da CNN Brasil.

Secretários de saúde dos estados teriam relatado à emissora preocupação de a cepa furar os bloqueios brasileiros. Há ainda um receio de colapso no sistema de saúde, numa situação semelhante a P1, variante de Manaus que levou o estado a uma situação preocupante.

A CNN Brasil relata que a chance dessa situação se repetir com a possível chegada da variante indiana é muito grande. A cepa originada na Índia e ainda sem registro no Brasil tem capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus.