Covid: CGU afirma ter encontrado registro de vacina em nome de Bolsonaro

(Foto: Reprodução/ Twitter)

A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou na sexta-feira (17) que há um registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a Covid-19. Entretanto, o órgão investiga a possibilidade de os dados terem sido manipulados para que constasse a imunização dele contra o novo coronavírus.

Segundo as informações da CGU, Bolsonaro teria recebido o imunizante da Janssen em 19 de julho de 2021. A CGU acionou o Ministério da Saúde para verificar se a informação é verdadeira ou falsa.

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PF detalha operação em Juazeiro e afirma que esquema vinha sendo praticado desde 2013

SESAU de Juazeiro foi alvo da ação

A Polícia Federal (PF) detalhou a operação realizada na manhã dessa quarta-feira (16), em Juazeiro. “Efeitos Adversos” conta com a parceria da Controladoria Geral da União (CGU) e deu cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão, além de quatro de prisão temporária, expedidos pela Justiça Federal em Petrolina.

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Um dos alvos da operação foi a Secretaria de Saúde (SESAU). Durante a investigação a PF e CGU identificaram a existência de uma organização criminosa voltada à prática de crimes como fraude em licitação e superfaturamento de contratos para fornecimento de medicamentos médicos a prefeituras da Bahia e Pernambuco.

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Fraudes no auxílio emergencial podem chegar a R$ 4 bilhões, diz CGU

Fraudadores podem ter desviado de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões em recursos do auxílio emergencial do governo federal. O balanço foi feito pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, em live com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na noite de quinta-feira (20).

De acordo com o ministro, cerca de 680 mil servidores públicos federais, estaduais e municipais podem estar envolvido nas fraudes. Parte deles pode ser vítima de estelionatários. Outros já admitiram o erro, devolveram o dinheiro e vão assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Wagner Rosário explicou que esses trabalhadores terão a chance de se explicar em processos administrativos e quem não é servidor vai responder na Justiça.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, o auxílio emergencial já beneficiou mais de 66 milhões de pessoas. O ministro da CGU informou que o governo prepara uma campanha contra a corrupção, voltada para 15 milhões de alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Wagner Rosário disse ainda que o material foi desenvolvido em parceria com a Mauricio de Sousa Produções e pode ser incluído no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

PF volta a mirar Prefeitura do Recife em operação dupla

(Foto: Tião Siqueira/JC Imagem)

A Polícia Federal deflagrou duas operações no Recife na manhã dessa quinta-feira (23). “Apneia” e “Bal Masqué” contam com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF). As ações de hoje e miram a compra de respiradores para o tratamento de pacientes com a covid-19 e a aquisição de material médico-hospitalar na capital.

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“Bal Masqué” apura supostas ilegalidades na compra de material médico-hospitalar descartável (máscaras, toucas e aventais). A aquisição ocorreu sem licitação, com recursos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) destinado a ações de combate ao covid-19. O total gasto na compra seria de aproximadamente R$ 15 milhões.

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TCE-BA e CGU identificam mais de 7 mil servidores públicos da Bahia irregulares no auxílio emergencial

Um trabalho conjunto de cruzamento de dados realizado pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) e pela Controladoria Geral da União (CGU) identificou  7.152 servidores (ativos e inativos) e pensionistas da administração estadual incluídos irregularmente como beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600.

De acordo com a apuração dos órgãos, os recursos envolvidos nos pagamentos indevidos a esses servidores chegam ao total de R$ 4.676.400,00, correspondente apenas a uma cota do auxílio mensal, podendo-se chegar a R$ 14.029.200,00, se houver o pagamento das outras duas cotas.

Foram utilizadas as bases de dados do pagamento do auxílio e das folhas de pagamento do mês de maio de 2020 dos servidores ativos, aposentados e pensionistas do Poder Executivo do Estado da Bahia. Também foram aplicados os mesmos procedimentos na folha de pagamentos do próprio Tribunal de Contas do Estado da Bahia, mas não foi identificado nenhum pagamento do auxílio emergencial para esses servidores.

O TCE/BA e a CGU aguardam que os Poderes Judiciário e Legislativo, assim como o Ministério Público e a Defensoria Pública, também forneçam as suas folhas de pagamento para o cruzamento, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Os agentes públicos envolvidos serão informados sobre a existência de um canal disponibilizado pelo Ministério da Cidadania para a devolução de valores eventualmente recebidos de forma indevida.

CGU confirma negociações para acordo de leniência com Grupo Odebrecht

Operação Lava Jato

A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou que está em negociações com a construtora Odebrecht para assinatura de um acordo de leniência. Em uma nota de poucas linhas, a CGU lembra que não costuma divulgar a relação das empresas com as quais negocia este tipo de acordo. No entanto, como a Odebrecht tornou a informação pública, a controladoria se limitou a confirmar a negociação.

“No caso da Odebrecht, após divulgação realizada pela empresa, a CGU confirma que está em fase de negociação do acordo de leniência”. A nota divulgada ontem (24) ressalta porém que, em razão do sigilo imposto pelo artigo que trata do tema (Lei n° 12.846/2013), “a Controladoria encontra-se impedida de comentar sobre detalhes da operação que ainda está em curso”.

Na última terça-feira (22), a Odebrecht informou que todos os executivos da empreiteira concordaram em fechar com a Controladoria a delação premiada – quando pessoas investigadas concordam em colaborar com as investigações informando o que sabem e, em contrapartida, obtêm benefício da redução da pena.

“As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato. A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União”, diz a nota.

Diferentemente da delação premiada, que é uma ação individual, o acordo de leniência é firmado entre uma empresa que decide colaborar com as investigações e a Justiça. Para o acordo, é necessário que a empresa confesse participação nos atos ilícitos, pague pelos prejuízos causados e dê informações que ajudem nas investigações.

A decisão da construtora de fechar acordo de leniência com a CGU aconteceu logo após a deflagração da 26ª fase da Operação Lava Jato, quando os investigadores descobriram a existência dentro da empresa um “braço”, que atuava de forma profissional e articulada com o único objetivo de distribuir propinas a partidos e políticos. Na ocasião foi descoberta uma planilha com anotações de doações feitas ao longo dos últimos anos há cerca de 200 políticos de 24 partidos.