Deputado Adolfo Viana afirma que contribuições para campanha eleitoral foram declaradas e lícitas

Deputado estadual Adolfo Viana – PSDB/BA

Citado na delação premiada do ex-diretor de assuntos institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, entre os políticos que receberam, em 2010, doações da construtora em caixa 2, ou seja, sem declaração à justiça eleitoral, o deputado estadual do PSDB da Bahia, Adolfo Viana, nos enviou uma nota de esclarecimento informando que todas as contribuições que recebeu para campanha eleitoral foram declaradas, lícitas, feitas sem qualquer tipo de contraprestação ou condicionamento, e precedidas de todas as formalidades legais.

Confira a nota

“Após as notícias veiculadas nos últimos dias, não poderia deixar de prestar os seguintes esclarecimentos: Todas as contribuições que recebi para campanha eleitoral foram declaradas, lícitas, feitas sem qualquer tipo de contraprestação ou condicionamento, e precedidas de todas as formalidades legais.

No caso específico da campanha de 2010, conforme previsão legal, não havia indicação do doador originário, mas todas as doações que recebi foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral, inclusive aquelas realizadas pelo Diretório Nacional do PSDB.

Estou profundamente indignado com o teor das notícias veiculadas, mas tenho a certeza que o final, como sempre, a verdade prevalecerá”.

Adolfo Viana – Deputado estadual PSDB-BA

Deputado adolfo Viana é citado na delação dos políticos que receberam Caixa 2 da Odebrecht em 2010

Adolfo Viana (PSDB-BA), codinome “jovem”, é acusado de ter recebido R$ 50 mil de propina

No acordo de delação premiada, o ex-diretor de assuntos institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho relaciona nomes de políticos que receberam, em 2010, doações da construtora em caixa 2, ou seja, sem declaração à justiça eleitoral.

O delator afirma que essas doações foram feitas na expectativa de que, caso eleitos, os políticos atendessem pleitos da empresa que surgissem durante seus mandatos.

A lista inclui os nomes de:

Paes Landim (PTB-PI), codinome “decrépito”: R$ 100 mil
Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), codinome “educador”: R$ 100 mil
Artur Virgílio (PSDB-AM), codinome “kimono”: R$ 300 mil
José Carlos Aleluia (DEM-BA), codinome “missa”: R$ 300 mil
Colbert Martins (PMDB-BA), codinome “médico” R$150 mil
Adolfo Viana (PSDB-BA), codinome “jovem”: R$ 50 mil
Lídice Da Mata (PSB-BA), codinome “feia”: R$ 200 mil
Daniel Almeida (PC do B-BA), codinome “comuna”: R$ 100 mil
Paulo Magalhães (PSD-BA), codinome “goleiro”: R$ 50 mil
Hugo Napoleão (PSD-PI), codinome “diplomata”: R$ 100 mil
Jutahy Magalhães (PSDB-BA), codinome “moleza”: R$ 350 mil

O deputado estadual da Bahia, Adolfo Viana, do PSDB, disse que não Conhece Cláudio Melo Filho e que todas as doações que recebeu foram declaradas à justiça eleitoral.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, do PSDB, negou que tivesse recebido doação por caixa 2. Ele disse que todas as doações da Odebrecht foram declaradas à justiça eleitoral.

Os deputados Paulo Henrique Lustosa do PP, e Daniel Almeida, do PC do B, também negaram recebimento via caixa 2 e disseram que todas as doações para suas campanhas foram legais.

O deputado estadual da Bahia, Adolfo Viana, do PSDB, disse que não Conhece Cláudio Melo Filho e que todas as doações que recebeu foram declaradas à justiça eleitoral.

O deputado Paes Landim, do PTB, disse que todas as doações que recebeu foram declaradas oficialmente e que jamais houve troca de favores entre ele e a Odebrecht.

A produção do Jornal Nacional não conseguiu contato com o deputado estadual Colbert Martins, do PMDB, nem com os deputados federais Paulo Magalhães e Hugo Napoleão, do PSD, e Jutahy Magalhães do PSDB. Também não conseguiu contato com José Carlos Aleluia, do DEM, nem com a senadora Lídice da Mata, do PC do B.

Com informações do G1.

Delação cita R$ 88 milhões em repasses a 48 políticos

Michel Temer, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, citados múltiplas vezes em delação

A Odebrecht gastou pelo menos R$ 88 milhões em propina, caixa dois e doações legais para campanhas de 48 políticos entre 2006 e 2014. É o que mostra um levantamento feito pela Folha, com base na delação premiada não homologada do ex-executivo da construtora Cláudio Melo Filho.

De acordo com relato do ex-executivo, que era um dos principais lobistas da Odebrecht em Brasília, a empreiteira pagou R$ 28,5 milhões em propina em troca de emendas favoráveis aos negócios em medidas provisórias, liberação de recursos por parte do governo e outras ajudas no Congresso.

A maior parte desse dinheiro, R$ 27,3 milhões, saiu do caixa dois da empresa. Somente R$ 9,7 milhões do total foram, segundo o que é possível concluir da delação de Melo Filho, doados oficialmente para campanhas, com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O partido que mais dinheiro recebeu para atender os interesses da empreiteira foi o PMDB, partido do presidente Michel Temer. No total, entre propina e contribuições eleitorais, deputados e senadores da legenda receberam cerca de R$ 51 milhões da Odebrecht.

O segundo mais agraciado, segundo levantamento da Folha, foi o PT, partido dos ex-presidentes Lula e Dilma Roousseff, com aproximadamente R$ 22 milhões. Romero Jucá (PMDB-RR) e Jaques Wagner (PT-BA) foram os responsáveis por pedidos e recebimentos mais vultosos. A Odebrecht atendeu o peemedebista e o petista com mais cerca de R$ 20 milhões cada um.

Os valores, conforme a delação diz, eram muitas vezes divididos com outros parlamentares. Os dois políticos cumpriram papel de funcionários da empresa, trabalhando dedicadamente aos assuntos que a interessavam.

O DEM, partido do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também recebeu dinheiro da Odebrecht, assim como o PSDB, do chanceler José Serra. Cada uma das legendas recebeu cerca de R$ 2,8 milhões, de acordo com os dados organizados pela reportagem.

Melo Filho delatou ainda que a construtora deu um relógio luxuoso de presente para Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e dois para Jaques Wagner. A soma dos agrados ao ex-ministro é de US$ 49 mil, cerca de R$ 165 mil.

Leia levantamento completo clicando aí: Delação cita R$ 88 mi em repasses a 48 políticos

Com informações da Folha de S.Paulo – Camila Mattoso