Governo estuda suspender novas contratações do Minha Casa, Minha Vida em 2020

Redução temporária poderia economizar R$ 2 bilhões do Governo Federal (Foto: Ilustração)

O Governo Federal estuda suspender novas contratações do programa Minha Casa, Minha Vida em 2020. A decisão se baseia no atual cenário econômico do país e incluiria também o redirecionamento dos recursos do Sistema S para custear gastos orçamentários.

A Junta de Execução Orçamentária (JEO) debateu o assunto nessa semana e avaliou adotar medidas como reduzir despesas obrigatórias (salários, aposentadorias e pensões). Por outro lado, o Governo poderia aumentar os gastos discricionários (tradicionalmente contingenciados e que incluem custeio da máquina e investimentos).

A suspensão das novas contratações do Minha Casa Minha Vida renderia economia de despesas de R$ 2 bilhões. No caso do Sistema S, além do corte dos recursos anunciado no início do governo de Jair Bolsonaro, o que está em discussão é repassar uma parcela da arrecadação para bancar alguns grupos de despesas, principalmente aquelas voltadas para qualificação.

As duas propostas, porém, enfrentam resistências e não há definição. Uma das preocupações com o Sistema S é o risco de transformação de uma espécie de “orçamento paralelo”. (Com informações da Folha de São Paulo).

Governo adia anúncio de corte no orçamento

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O governo decidiu adiar para março o anúncio do corte no orçamento, que estava previsto para ocorrer nesta sexta-feira (12). A decisão foi tomada na reunião que aconteceu mais cedo, da junta orçamentária com a presidente Dilma Rousseff.

A junta é integrada pelos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento). A decisão foi tomada baseada na frustração excessiva de receita.

O temor do governo é que o anúncio agora poderia implicar em cortes de áreas essenciais. Por isso, se optou por ter cautela e fazer um estudo mais detalhado do Orçamento para que o corte seja feito de forma seletiva.

Num primeiro momento, a expectativa era de que o corte fosse de até R$ 30 bilhões. O governo tem prazo legal até 23 de março para fazer o anúncio. O governo vai anunciar outras medidas fiscais para recuperar a credibilidade junto ao mercado.

De forma reservada, integrantes do governo já reconhecem que é remota a chance de a União cumprir a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) estabelecida para 2016 de 0,5% do PIB

Governo publica corte de R$ 10 bilhões no orçamento

O governo publicou hoje (30) no Diário Oficial da União decreto com a nova programação orçamentária de 2015, com o cronograma mensal de desembolso.

Na última sexta-feira (27), o governo informou que publicaria decreto com o contingenciamento de R$ 10 bilhões.

A medida tornou-se necessária em razão da não aprovação da nova meta fiscal deste ano pelo Congresso Nacional.

No início do ano, o governo tinha estipulado meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em R$ 55 bilhões.

No entanto, as dificuldades para cortar gastos e aumentar as receitas fizeram a equipe econômica revisar a meta fiscal de 2015 para déficit primário de R$ 51,8 bilhões.

Devido ao reconhecimento dos atrasos nos repasses a bancos públicos, o valor do déficit subirá para R$ 119,9 bilhões.

Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, o contingenciamento poderá determinar a paralisia do governo, caso o Congresso demore a aprovar a alteração da meta fiscal de 2015. (EBC)