Peixes de Piracema. Aos que estão desanimados; por Roberto Malvezzi (Gogó)

Roberto Malvezzi (Gogó).(Foto: CPT/arquivo)

O Filósofo e Sociólogo Roberto Malvezzi, mais conhecido como Gogó, divulgou um novo artigo de sua autoria. Dessa vez uma mensagem para aquelas pessoas que estão desanimada, mas têm fome e sede de justiça.

Roberto Malvezzi (“Gogó”), nasceu em 1953, no município de Potirendaba, São Paulo. É graduado em Estudos Sociais e em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena, em São Paulo. Também é graduado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo.

Casado, teve com sua esposa dois filhos e duas filhas, todos baianos. Atualmente, reside em Juazeiro (BA) e atua na equipe da Comissão Pastoral dos Pescadores (CPP) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) do São Francisco.

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Live aborda conflitos no campo na região Centro-Norte da Bahia

Na próxima terça-feira (27), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Centro-Norte/BA realizará uma Live sobre Conflitos no Campo na região. A roda de conversa, que será transmitida ao vivo através do Youtube e Facebook da CPT Bahia, terá início às 19h. Pesquisadores sobre a questão agrária e trabalhadoras e trabalhadores rurais participarão do momento.

A Live tem como objetivo apresentar os dados do Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2019, com foco na região centro-norte baiana. O Caderno é uma publicação anual da CPT Nacional, que há mais de trinta anos reúne registros de conflitos no campo do país. No ano passado, a CPT registrou 1.833 conflitos no campo no Brasil, número 23% maior que em 2018 e o maior registrado pela Pastoral nos últimos 14 anos. Esse número equivale a uma média de 5 conflitos a cada dia.

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Fórum de Entidades cobra medidas mais rígidas para combate à Covid-19 em Campo Alegre de Lourdes

Na manhã desta terça-feira (14), representantes do Fórum de Entidades Populares de Campo Alegre de Lourdes (BA) se reuniram com o prefeito Enilson Marcelo Rodrigues. O encontro, que aconteceu de forma online, foi proposto pelo Fórum e teve como objetivo apresentar as preocupações das comunidades durante este momento de pandemia e propor algumas ações de combate ao coronavírus no município, que flexibilizou as medidas de restrição nos últimos dias.

Lideranças de comunidades de diversas regiões e integrantes de entidades que compõem o Fórum chamaram a atenção para o crescimento de casos da Covid-19, principalmente na zona rural. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado ontem (13), Campo Alegre de Lourdes tem 52 casos confirmados, 35 recuperados e dois óbitos registrados. Na última semana, o número na zona rural dobrou, alcançando dez casos da doença.

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Entidades emitem nota de Apoio às comunidades quilombolas de Nordestina (BA) em defesa de seus territórios e modos de vida

Nós, as entidades subscritas, vimos denunciar e cobrar solução para a grave situação das Comunidades Quilombolas de Lagoa dos Bois, Poças, Bom Sucesso, Salinas, Palha, Tanque Bonito, Lagoa da Cruz, Caldeirão do Padre, Caldeirão do Sangue, Lagoa da Fumaça, Grota e Lajes das Cabras, no Município de Nordestina (BA), em que vivem cerca de 500 famílias, submetidas aos impactos danosos da continuidade do extrativismo mineral a céu aberto em seus territórios e aos riscos de contaminação pela Covid-19.

As 12 comunidades foram certificadas, em 2016, pela Fundação Cultural Palmares – hoje ligada ao Ministério da Cidadania –, como remanescentes de quilombos. Até hoje, porém, não receberam a titulação de suas terras, o que as obriga a permanecer na insegurança e na luta pela regularização de seus territórios tradicionais, como lhes garante a Constituição Federal de 1988. Neste momento crítico de pandemia, o extrativismo mineral, mesmo não sendo atividade essencial, continua em operação, o que agrava ainda mais os riscos que já correm estas comunidades.

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Eco-nomia e Eco-logia; por Roberto Malvezzi (Gogó)

Roberto Malvezzi (Gogó).(Foto: CPT/arquivo)

O Filósofo e Sociólogo Roberto Malvezzi, mais conhecido como Gogó, divulgou um novo artigo de sua autoria. Dessa vez ele faz um paralelo entre economia e ecologia.

Roberto Malvezzi (“Gogó”), nasceu em 1953, no município de Potirendaba, São Paulo. É graduado em Estudos Sociais e em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena, em São Paulo. Também é graduado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo.

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Comissão Pastoral da Terra emite nota em defesa da vida de Trabalhadores

(Foto: Thomas Bauer – CPT Bahia)

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Juazeiro (BA), seguindo a sua missão de ser presença fraterna  junto aos povos do campo, vem a público denunciar e se solidarizar com a situação de trabalhadores e trabalhadoras do agronegócio e das linhas de transmissão de energia eólica, da região norte do estado da Bahia, que estão com suas vidas em risco diante da pandemia do novo coronavírus.

O Brasil é hoje o segundo país do mundo que tem mais casos confirmados da Covid-19, com mais de 28 mil mortes contabilizadas oficialmente. O coronavírus, que inicialmente atingiu as grandes metrópoles, já se espalha com rapidez pelo interior do país. As regiões Norte e Nordeste juntas, alcançaram, esta semana, a triste marca do maior número de diagnósticos e mortes pela Covid-19 no Brasil.

No Vale do São Francisco, o coronavírus já está presente nos pequenos municípios, de população compostas, em grande parte, por trabalhadores/as rurais, pescadores/as e povos de comunidades tradicionais de fundo de pasto e quilombolas. Percebemos que o avanço da Covid-19 no interior, se dá, principalmente, em locais em que os empreendimentos do capital continuam funcionando normalmente, na busca desenfreada pelo lucro, que passa por cima da garantia de nosso maior bem: a vida.

No município de Casa Nova (BA), o primeiro caso de coronavírus foi de um trabalhador rural do distrito de Santana do Sobrado, registrado no dia 19 de maio. Na última terça-feira (26), o número de pessoas infectadas pela Covid-19, que são trabalhadoras das fazendas do agronegócio de Santana, já havia subido para seis. Familiares desses trabalhadores/as rurais também contraíram a doença. Santana do Sobrado é um polo da fruticultura irrigada, que concentra cerca de 30 mil trabalhadores de diversos municípios do Vale do São Francisco. Os/as trabalhadores/as das fazendas estão mais expostos ao coronavírus, pois continuam presentes em locais de aglomeração, como os transportes de ida e volta ao trabalho e os refeitórios nas empresas.

Em Pilão Arcado (BA), o povoado de Nova Holanda registrou 38 casos do coronavírus e uma morte provocada pela doença. Dos casos diagnosticados, 34 deles são de funcionários do Consórcio Linhão BAPI, obra de construção de linha de transmissão da energia eólica, executada pela Equatorial Transmissão, que atravessa comunidades rurais, entre elas tradicionais de fundo de pasto, dos municípios de Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes. No último domingo (24), um operador de máquinas da empresa Andrade Gutierrez (integrante do Consórcio) que trabalhava em Nova Holanda morreu por Covid-19 em um hospital de Buritirama (BA).

O descaso da construtora com os trabalhadores foi além da exposição ao contágio do vírus. As 34 pessoas testadas positivos para Covid-19 foram levadas para um galpão do canteiro de obras no povoado de Angico, em Campo Alegre de Lourdes, e não para um hospital ou local com infraestrutura de saúde adequada para tratamento da doença. A empresa tratou de forma desumana os seus trabalhadores e colocou em risco a vida da população de todas as comunidades do entorno.

A gravidade desses fatos exige providências urgentes das prefeituras, do Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho no sentido de obrigarem as empresas a adotarem medidas de segurança e proteção de saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como evitar a disseminação do vírus nas comunidades rurais situadas no entorno das citadas fazendas e na região onde está sendo instalada a rede de transmissão.

Comissão Pastoral da Terra de Juazeiro (BA), 30 de maio de 2020.

Semana de combate ao trabalho escravo terá atividades online

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Entre hoje (11) e 15 de maio, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Regional Bahia realizará a Semana de Comunicação em Combate ao Trabalho Análogo à Escravidão. A ação, que acontece anualmente na semana em que é comemorada a abolição da escravatura no Brasil, visa alertar a população dos riscos e da existência do trabalho escravo contemporâneo.

Durante esses cinco dias, a CPT Bahia, assim como os demais regionais da Pastoral, vai intensificar a divulgação de materiais informativos e educativos sobre a temática, produzidos pela Campanha “De olho aberto para não virar escravo!”.

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Em Casa Nova famílias temem pela vida de outro camponês em área de conflito agrário

Charge: Claudio Palácio

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão da Igreja Católica, as famílias que residem em Areia Grande, área de fundo de pasto de Casa Nova, temem que outra liderança da comunidade seja assassinada como aconteceu com o camponês José Campos Braga, em 2009.

Segundo a CPT, no último domingo, por volta das 20h30, dois homens em uma moto invadiram a área à procura de Zacarias Rocha. Quando questionados sobre seus nomes, disseram apenas que estavam perdidos.

Durante o dia de domingo, Zacarias, que tem ajudado na articulação das comunidades de fundo de pasto em Casa Nova para a defesa dos seus territórios, esteve em reunião na comunidade de Mimoso o território desta comunidade faz parte da área que, com documentos fraudulentos, terceiros dizem ter vendido para uma empresa do Espírito Santo.

De acordo com dados da União das Associações de Fundo de Pasto de Casa Nova (UNASFP) e da Comissão Pastoral da Terra da Diocese de Juazeiro, este ano, no município casa-novense, foram registrados 21 conflitos agrários motivados por grilagens.

As famílias de Areia Grande perderam José de Antero pouco tempo depois de resistirem a um mandado de reintegração de posse expedido pelo juiz Eduardo Padilha solicitado pelo empresário Carlos Nizan e Alberto Martins Pires, ex-diretor do SAAE de Juazeiro.

As famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais de Areia Grande voltaram a ser alvo de ações violentas em janeiro de 2013. Diante do ocorrido neste domingo as comunidades de Areia Grande estão atentas e mobilizadas para exigir apuração das autoridades.