Urgente: Alexandre de Moraes suspende nomeação do novo chefe da PF

Ramagem tomaria posse hoje, às 15h (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu nessa quarta-feira (29) a nomeação de Alexandre Ramagem ao posto de diretor-geral da Polícia Federal (PF). Ramagem deveria tomar posse às 15h de hoje.

A decisão de Moraes tem caráter liminar e atende a um pedido protocolado pelo PDT, partido de Ciro Gomes. Ramagem substituiria Maurício Valeixo, exonerado na última sexta-feira (24). A saída de Valeixo foi o estopim para a demissão de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça.

Antes de sua saída, Moro criticou as frequentes interferências de Jair Bolsonaro (sem partido) na PF. Moro havia dito na semana passada que o presidente da República queria um chefe da PF que fosse próximo a ele. Ramagem tem carreira na própria PF, mas é próximo aos Bolsonaro e inclusive trabalhou na segurança pessoal do presidente durante a campanha de 2018.

Deputada federal critica Moro por vazar mensagens 

Deputada se disse magoada com Moro (Foto: Reprodução)

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) criticou o ex-ministro Sergio Moro por vazar mensagens de WhatsApp trocadas entre os dois. Um dia após a demissão de Moro, Zambelli afirmou que o print mostrado pelo também ex-juiz da Lava Jato foi “tirado de contexto”.

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No print é Zambelli que sugere a ida de Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas no pronunciamento feito na tarde de ontem (24), Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou ter sido o ex-ministro a cobrar sua indicação em troca da saída de Maurício Valeixo da Polícia Federal.

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Chefe da Abin é o nome mais forte para assumir PF

Ramagem deve ser o substituto de Valeixo (Foto: Carolina Antunes/PR)

Alexandre Ramagem, atual chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deve ser o substituto de Maurício Valeixo na Polícia Federal. Ele é delegado e tem 15 anos de atuação na própria PF. Ramagem conhece o presidente da República, Jair Bolsonaro desde 2018 e é alinhado politicamente com ele.

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A saída de Valeixo do posto de diretor-chefe da PF resultou também na demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Moro denunciou a constante interferência de Bolsonaro no órgão. Ramagem é o nome mais forte, por ter inclusive, atuado na segurança pessoal de Bolsonaro.

Outro nome ventilado, mas dessa vez para substituir Moro, é o atual Secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres. Até o momento o Governo Federal não bateu o martelo sobre os substitutos. (Com informações do Correio Braziliense).

Após pronunciamento de Bolsonaro, Moro divulga conversa negando ter pedido vaga no STF

Moro expôs conversa no JN (Foto: Reprodução/TV Globo)

A sexta-feira (24) foi um dia quente na política brasileira. O ex-juiz federal Sergio Moro anunciou sua saída do Governo Federal e fez graves acusações ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). No final da tarde, Bolsonaro rebateu as falas de Moro.

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À noite, Moro divulgou ao Jornal Nacional mensagens supostamente trocadas entre ele e Bolsonaro. Na conversa, o presidente indicava os motivos para a troca na Polícia Federal por apertar o cerco contra deputados bolsonaristas. O ex-ministro também desmentiu Bolsonaro em outro ponto.

Na mensagem divulgada, é a deputada federal Carla Zambelli que sugere a Moro uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro havia dito que Moro seria o autor do pedido, para que a saída de Maurício Valeixo da PF pudesse acontecer.

O Governo Federal ainda não oficializou, mas o nome de Alexandre Ramagem, atual chefe da Agência Brasileira de Informação (Abin) é o favorito para substituir Valeixo na chefia da PF. De acordo com o Correio Braziliense, ele tem alinhamento com Bolsonaro.

Ex-ministro de Bolsonaro, Gustavo Bebianno morre aos 56 anos

Ele sofreu infarto após uma queda (Foto: Internet)

Gustavo Bebianno, ex-ministro no governo Jair Bolsonaro (sem partido) morreu na manhã desse sábado (14), aos 56 anos. Ele sofreu um infarto fulminante, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Bebianno estava em seu sítio localizado em Teresópolis, região Serrana do Rio de Janeiro.

Bebianno era pré-candidato à prefeito do Rio pelo PSDB. O presidente nacional da sigla, Paulo Marinho, confirmou o óbito ao jornal UOL. Segundo Marinho, o ex-ministro estava com seu filho no sítio e teria passado mal após sofrer uma queda.

Bebianno foi líder do PSL e ocupou a Secretaria-Geral da Presidência durante um mês e 18 dias. Foi pivô da primeira crise política do governo Bolsonaro, gerada pela suspeita de que o PSL fez uso de candidatura “laranja” nas eleições de 2018. O ex-ministro sempre afirmou que sua demissão foi influenciada pelo filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro.

No Rio, Dilma diz que clima do “quanto pior melhor” não beneficia economia

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A presidenta Dilma Rousseff voltou a afirmar hoje (8) que o clima do “quanto pior melhor “ no cenário político não beneficia a retomada econômica e a estabilidade do país. Ela defendeu o diálogo e a parceria entre setores público e privado para a volta do crescimento.

“Hoje, no Brasil, tem um certo clima de quanto pior melhor. Acho que um clima de quanto pior melhor não interessa ao país. Não interessa à necessária estabilidade econômica e política do país. Se nós somos capazes de fazer uma Olimpíada, uma Paraolimpíada, somos capazes de fazer também o nosso país voltar a crescer. Para isso, um elemento é fundamental: o elemento da convergência, do diálogo e da parceria. Esse é um símbolo e um exemplo para Brasil de que é possível fazer, quando pessoas de bem se unem em prol do bem do povo brasileiro”, disse.

A presidenta deu a declaração em discurso durante a cerimônia de inauguração do Estádio Aquático Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio, construído para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, na zona oeste da cidade.

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É guerra e quem tiver artilharia mais forte ganha, diz Lula

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou-se ao general Vo Nguyen Giap, comandante do Exército do Povo do Vietnã, emblemático estrategista militar que fez tombar em batalha tropas francesas, norte-americanas e chinesas, ao declarar “guerra” aos investigadores da Operação Lava Jato – que investiga supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo o petista e sua família.

“É o seguinte meu filho eu tô com a seguinte tese: é guerra, é guerra e quem tiver artilharia mais forte ganha”, declara Lula, em conversa por telefone com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), monitorada com autorização da Justiça Federal, do Paraná.

O parlamentar responde ser aliado nessa batalha. “Presidente estamos nessa guerra também, não tenho nada a perder.”

Os dois falam da persecução criminal em andamento em Curitiba e em Brasília contra o ex-presidente Lula e pessoas ligadas a ele, incluindo seus filhos. Os grampos foram autorizados pelo juiz federal Sérgio Moro – dos processos em primeira instância da Lava Jato – na fase que antecedeu a Operação Aletheia. Deflagrada em 4 de março, o ex-presidente foi o principal alvo. Levado coercitivamente para depor, reagiu publicamente com ataques aos investigadores, a quem classificou de “um bando de loucos”.

Lula faz referência ao estrategista de guerra vietnamita: “Você pode me chamar até de general Giap. Nós já derrotamos os americanos, os chineses, os franceses e estamos para derrotar a Globo agora”.

O ex-presidente e sua defesa têm atacado meios de comunicação, em especial a Rede Globo. Além perseguição política, no grampo da Lava Jato o ex-presidente conta ao senador ter conhecido o lendário general Giap. “Foi lá no Vietnã, estava bem velhinho já, levei a Dilma (Rousseff) para conversar com ele.”

Giap ficou conhecido como Napoleão Vermelho, foi considerado herói nacional em busto histórico situado abaixo, apenas, do ex-presidente Ho Chi Minh – o pai da independência vietnamita. Os dois se conheceram no exílio no sudeste da China. No Vietnã, recrutaram guerrilheiros para a insurgência vietcongue. Giap trabalhou como jornalista, antes de entrar para o Partido Comunista Indochinês. “Vamos levar essa luta”, responde o senador petista – também alvo de investigação da Lava Jato e com o nome citado por delatores.

Com informações de Exame