Acesso à Câmara ficará restrito na semana de votação do impeachment

Câmara federal

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e a Polícia Militar organizaram um plano de segurança específico para atuação na Esplanada dos Ministérios durante os três dias em que o processo de impeachment poderá ser votado na Câmara. A Operação Esplanada reúne agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran e Corpo de Bombeiros e será durante os dias 15, 16 e 17 de abril. Antes de chegar à votação no plenário, contudo, o tema ainda deve passar por votação na comissão especial de impeachment, prevista para amanhã.

Nessas datas, as áreas do entorno do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, bem como de toda a Praça dos Três Poderes, ficarão restritas para acesso. Não haverá circulação de manifestantes nesses espaços que, tradicionalmente, foram ocupados pelas pessoas nas manifestações anteriores.

A operação formará uma área exclusiva ao longo da região central de toda a Esplanada. O grupo a favor do impeachment será concentrado do lado direito da Esplanada. O grupo contrário ao impedimento da presidente Dilma Rousseff ficará do lado esquerdo. Haverá alambrados para separar os participantes. A barreira não permite que os grupos se vejam durante os atos. Todo acesso será monitorado pela Polícia Militar. Cada manifestante que seguir para a Esplanada será abordado por um policial para ter acesso à área.

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Movimentos sociais pedem auditoria da dívida pública e criticam impeachment

Movimentos LGBTS

Movimentos sociais que participam do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, aprovaram hoje (23), na assembleia final do evento, uma carta compromisso com agendas comuns para as organizações. A primeira delas, é fazer do 1° de maio (Dia Internacional do Trabalho) um dia de luta na América Latina em defesa da democracia e de enfrentamento do conservadorismo e do “golpismo” na região.

No encerramento, as entidades também aprovaram uma campanha para cobrar a auditoria da dívida pública e se comprometeram a acelerar a construção da Frente Brasil Popular, formada por organizações e partidos de esquerda.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, disse que esta carta final do fórum é uma afirmação da luta dos segmentos que defendem a ampliação de direitos na sociedade. “Essa agenda reafirma a militância dos movimentos que aqui estão, que passa pelos direitos à moradia, à reforma agrária, o tema da saúde, da educação de qualidade, do meio ambiente, do combate a todas as discriminações”, listou.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, disse que o documento aponta para a unidade das organizações de esquerda, inclusive na posição contrária à tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“É uma carta de intenções dos movimentos que lutam contra o golpe em curso no país, tomando lado, dizendo que a democracia é o único caminho para que os direitos avancem e que a gente sabe exatamente o que está em jogo, que são todos os direitos conquistados nos últimos anos com muita luta dos movimentos sociais”, disse.

O encontro foi encerrado com um coro com palavras de ordem contrárias ao pedido de impeachment de Dilma. (Fonte: EBC)