Banco do Brasil anuncia R$ 15 bilhões em crédito para pré-custeio de safra

(Foto: Jonas Santos)

O Banco do Brasil anunciou hoje (19) o valor de R$ 15 bilhões para pré-custeio da safra agrícola 2020/2021. O valor é 47% maior do que os cerca de R$ 10 bilhões contratados na safra anterior. Os recursos estão disponíveis para todas as culturas, mas o objetivo principal é financiar de modo precoce as lavouras de soja, milho, algodão, café, arroz e cana-de-açucar.

O crédito de pré-custeio permite aos produtores rurais fazer compras antecipadas de insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos, possibilitando a negociação de preços mais baixos junto a fornecedores. “Isso permite aumentar a rentabilidade dos negócios. Permite também começar a movimentar mais a economia, principalmente a economia do campo”, disse o presidente do BB, Rubens Novaes, durante o anúncio na sede do banco, em Brasília.

Novaes frisou também a capilaridade do banco, cujo financiamento ao setor rural alcança 97% dos municípios brasileiros. É possível, por exemplo, fazer empréstimos inteiramente pela internet. Para isso, foi feita uma análise de risco prévia relativa a 750 mil clientes, cujo crédito encontra-se pré-aprovado, segundo o banco.

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Lagoa Grande: após ter medicamento negado pelo SUS, mãe realiza campanha para arrecadar recursos

Tratamento de Melinda deve custar mais de R$ 2 milhões.

Portadora da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, Melinda Gomes, de 4 meses, está internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Recife, desde quando descobriu a doença. Sem conseguir mover os músculos do corpo, a AME causa fraqueza muscular grave e a perda de neurônios motores inferiores e do núcleo do tronco cerebral.

A família – que é natural da cidade de Lagoa Grande, interior de Pernambuco – vive agora hospedada na casa de amigos na capital pernambucana. A rotina de Ângela Larissa, mãe da pequena Melinda, mudou completamente. Pela manhã, dá entrada no hospital para acompanhar a filha internada, ao anoitecer volta para casa de amigos, para descansar e voltar para intensa rotina no dia seguinte.

Spinraza é o único medicamento que pode salvar a vida de Melinda. Prometendo interromper a progressão da doença, cada caixa custa em média 300 mil reais. Para o tratamento da bebê, serão necessárias seis caixas do Spinzara, o valor total custará mais de R$ 2 milhões.

Sem condições de bancar pelo tratamento da filha, os pais de Melinda, recorreram ao Estado pelo custeamento do medicamento, mas tiveram o pedido negado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco.

Na luta para salvar a bebê, os pais agora fazem campanha nas redes sociais, para arrecadar dinheiro. O perfil no instagram já passa dos 5 mil seguidores, o número é pequeno, mas com as divulgações a família tem esperanças de conseguir o dinheiro. Além dos medicamentos, Melinda ainda batalha para conseguir do SUS o “home care”, UTI domiciliar para dar continuidade do tratamento fora do hospital.

O instagram para acompanhar e ajudar a pequena Melinda é @ame.melinda, contas bancárias também estão disponíveis para realizar doações via depósito ou transferência.

CAIXA ECONÔMICA

  • Titular: Melinda G de Sá
  • Agência: 1580
  • Operação: 013
  • Conta: 148962-2

BANCO DO BRADESCO 

  • Titular: Angela Larissa (Mãe)
  • Agência: 3908-0
  • Conta: 1000701-1
  • Via: 01 Tipo: 00

De Cuba a França, PT usa fundo partidário para pagar viagens a dirigentes

(Foto: Eliaria Andrade/Estadão)

(Foto: Eliaria Andrade/Estadão)

O PT usou ao menos R$ 115,7 mil do fundo partidário para custear passagens e hospedagens para seus dirigentes e militantes no exterior. Entre as passagens e diárias de hotel pagas pelo PT com dinheiro do fundo estão viagens para Havana, capital de Cuba, para a Conferência do Clima em Paris e para reuniões do Foro de São Paulo, que, em 2015, foi na Cidade do México. Questionado sobre as viagens, o PT disse que não iria se manifestar.

O fundo partidário, cujo nome oficial é Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, é um montante repassado todos os anos pelo poder público para os partidos formalmente registrados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Para receber o dinheiro, que serve para atividades partidárias, as siglas devem estar com suas prestações de conta em dia. Em 2015, o fundo distribuiu R$ 867 milhões aos partidos. 

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Com tratamentos de até R$ 2,5 mi, doentes dependem de decisão do STF

(Foto: Ilustração)

(Foto: Ilustração)

Famílias de pacientes com doenças raras estão na expectativa do julgamento de dois processos hoje no Supremo Tribunal Federal (STF). A Suprema Corte definirá a obrigatoriedade do poder público oferecer gratuitamente medicamentos de alto custo que não estão na lista do Sistema Único de Saúde (SUS).

Aos dois anos de idade, Luís Eduardo Garcia Próspero recebeu o equivalente a uma sentença de morte. Portador de mucopolissacaridose, doença genética rara que impede o processamento de moléculas do açúcar, soube que dificilmente chegaria à adolescência. Sua saúde iria gradualmente piorar, até que o coração parasse de vez.

Ouviu dos pais que deveria viver da melhor forma possível e priorizar a qualidade do tempo em vez da quantidade. Perdeu parte da visão e do tato, teve problemas musculares, ósseos e do coração. Até que, aos 13, seu prognóstico mudou drasticamente. Após entrar em um estudo clínico de um novo medicamento, sua doença parou de avançar e ele até melhorou os movimentos e a visão. Luís Eduardo fez faculdade, arrumou emprego e cursa a segunda graduação.

O problema é que sua sobrevida custa R$ 2,5 milhões, valor gasto por ano com o seu tratamento pela Secretaria Estadual da Saúde de SP, obrigada por decisão judicial. E, dependendo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a distribuição de medicamentos de alto custo pelo SUS, pacientes como ele poderão perder o direito ao custeio de suas terapias.

Luís Eduardo sente como se estivesse prestes a receber uma nova sentença de morte. Seu sentimento é compartilhado por outros pacientes com tratamentos caros.

“O Supremo tem que evitar um genocídio”, diz Sérgio Sampaio, presidente da Abram (Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose). A entidade reúne pacientes com fibrose cística, doença cuja terapia pode custar R$ 30 mil por mês. A doença, hereditária, provoca um acúmulo de muco no pulmão e em outros órgãos, o que dificulta a respiração e eleva a chance de infecções.

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