Após cyberbullying e repercussão na internet, blogueira escreve carta aberta

Na última terça-feira (05), Calincka Crateús escreveu um desabafo na página pessoal dela no Facebook. Após 10 anos, o bullying sofrido na escola voltou à tona através do Whats App. O aplicativo comumente utilizado para reencontros de colegas de escola através da criação de grupos, virou palco para que a ‘caixa de Pandora’ de medos e sofrimentos da estudante de jornalismo, fosse novamente aberta.

Isso, porque os antigos colegas de classe voltaram a caçoar da jovem no grupo em se encontravam os ex-alunos do ensino médio. Mesmo não estando no grupo, ela ficou sabendo dos deboches e da depredação de sua imagem. Calincka soube através de prints tirados por colega o que estava acontecendo.

calincka remoção

Ela poderia ter se calado, mas preferiu expor suas feridas e dar um basta na situação. A publicação com as conversas do grupo e juntamente com um desabafo, tornou o post viral. Com mais de 2 mil compartilhamentos até a manhã desta quinta (07), quando a publicação foi retirada do ar pelo Facebook, a blogueira recebe força de pessoas de todo país que já passaram por situação semelhante.

E ela foi além, prestou Boletim de Ocorrência na delegacia de Petrolina, Sertão de Pernambuco e irá iniciar um processo penal por injúria e difamação.

Uma das publicações expondo os agressores não pode mais ser vista. Possivelmente, após denúncias realizadas a publicação, o Facebook tirou do ar. Entretanto, a jovem mantem o blog pessoal com crônicas do cotidiano, chamado “Toda Linda de Valentino”, em que escreveu no final desta tarde um texto intitulado “Carta  aberta a Camila Crateús”, em que faz um relato pessoal sobre o que a motivou a realizar a publicação e a repercussão após a viralização.

A carta é direcionada a Camila, irmã de Calincka que faleceu quando ela ainda estava na escola.

Leia na íntegra o texto:

CARTA ABERTA A CAMILLA CRATEÚS

 Oi minha irmã, você sabe o que está acontecendo? O ensino médio voltou. Eu fui tratada no ensino médio como se eu não devesse existir. Por não estar dentro do padrão de beleza da sociedade e dos colegas que estudaram comigo. Eu não podia dividir a minha dor com mainha e com painho porque eles estavam tentando recomeçar depois da sua partida.

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