Saiba quem é Daniella Marques, assessora próxima a Guedes e nova presidente da Caixa

Daniella Marques assume a Caixa Econômica Federal para substituir Pedro Guimarães, após denúncias de assédio sexual feitas por servidoras do banco público

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, há pouco, a nomeação de Daniella Marques para o cargo de presidente da Caixa Econômica Federal. Ela assume o cargo após a demissão de Pedro Guimarães, alvo de denúncia de assédio sexual de funcionárias da instituição financeira.

Próxima do ministro da Economia, Paulo Guedes, Daniella Marques tem acesso direto ao ministro e goza de prestígio dentro do governo. Ela foi chamada para discursar, por exemplo, em um evento do dia das Mulheres, no Palácio do Planalto, em março deste ano. Marques estava ao lado das então ministras Flávia Arruda, Tereza Cristina e Damares Alves, além da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Por colegas da Esplanada dos Ministérios, é considerada boa negociadora nas tratativas com o Congresso Nacional. A nova presidente da Caixa atuou por anos no mercado financeiro, na área de gestão independente de fundos de investimentos, acompanhado o ministro Guedes. Foi sócia dele na Bozano Investimentos, onde atuou como Diretora de Compliance e Operações e Financeiras (COO e CFO).

Ela ainda tem formação de administradora de Empresas pela PUC/RJ com MBA em Finanças pelo Ibmec. Também foi diretora-executiva da Oren Investimentos; na Mercatto Investimentos, diretora de Risco e Compliance, Sócia e Gestora de Renda Variável.

Antes da nomeação, Marques estava na Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, cargo que assumiu em fevereiro deste ano.

Ela entrou no governo Bolsonaro no início, como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do ministro Paulo Guedes, em janeiro de 2019, em equipe que na época era considerada o “dream team” da economia. Grande parte já deixou o governo. De acordo com o blog da Ana Flor, pesou na escolha de Marques também a necessidade de o governo tentar melhorar sua imagem com o eleitorado feminino, especialmente após as denúncias de assédio na Caixa.