Renato Feder rejeita convite para assumir Ministério da Educação

(Foto: Divulgação)

O secretário de Educação e Esporte do Paraná, Renato Feder, anunciou neste domingo (5) que rejeitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Educação. No Facebook, ele anunciou que o convite foi feito pelo presidente na última quinta-feira (2), mas que resolveu não aceitar.

“Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, escreveu.

Secretário de Educação no Paraná, Feder já havia sido cotado desde a saída de Abraham Weintraub. No entanto, ele acabou sendo preterido, e o comando foi entregue a Carlos Alberto Decotelli.

Decotelli entrega carta de demissão, diz blogueiro

(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. É o que informa o blog do Valdo Cruz, Comentarista de política e economia da GloboNews.

Até a última atualização da reportagem, não havia a confirmação de que Bolsonaro aceitou o pedido. A expectativa do governo é encontrar um novo nome para o posto ainda nesta terça.

Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo.

Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda, o presidente já dava como insustentável a situação dele. Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações.

São três os pontos questionados no currículo de Decotelli:

  • denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
  • declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
  • e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.

Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o “Diário Oficial da União” publicou a nomeação do ministro. Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse.

Universidade nega que Decotelli tenha feito pós-doutorado na Alemanha e ministro altera de novo o currículo

(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A Universidade de Wuppertal, na Alemanha, informou em nota enviada à TV Globo nesta segunda-feira (29) que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, não obteve o título de pós-doutorado na instituição.

Além disso, ainda nesta segunda (29), o G1, site de notícias das Organizações Globo, verificou que Decotelli alterou o currículo disponível da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele excluiu a citação ao pós-doutorado.

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