Deputado preso defendia cadeia para menores e tinha fotos com Neymar

O deputado João Rodrigues (PSC-SC) ao lado do jogador de futebol Neymar Jr. (Foto: Redes Sociais)

O deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), é um dos defensores da redução da maioridade penal. Nas redes sociais, ele milita a favor da pena de morte, da liberação do porte de armas e acumula fotos com celebridades. O jogador de futebol Neymar Junior é um deles.

O deputado foi preso nesta quinta-feira (8), com autorização do STF (Supremo Tribunal Federal), no aeroporto de Guarulhos (SP). Chegava dos Estados Unidos e tentou mudar destino da passagem para o Paraguai. Ele foi condenado na 2ª Instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal) a 5 anos e 3 meses de reclusão em regime semiaberto por fraude e dispensa de licitação quando era prefeito do município de Pinhalzinho (SC), em 1999.

Rodrigues é membro das bancadas da bala e ruralista. O deputado já se envolveu em diversas polêmicas. Afirmou que os direitos humanos é uma forma de proteger os criminosos, foi flagrado vendo vídeo pornô na Câmara dos Deputados e criticou a performance de um homem nu no MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Rodrigues classificou os defensores da exposição como “pilantras”, “covardes” e “vagabundos”.

Em 2016, o congressista chegou a participar da campanha “Tchau Querida!”, que tinha como objetivo apoiar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Em sua conta no Instagram (que é aberta e estava ativa até a manhã de hoje), o deputado exibe fotos com políticos e famosos. Em 28 de dezembro de 2014, ele chegou a postar fotos com o jogador de futebol Neymar, “na casa de Caras” na cidade de Itapema, em Santa Catarina.

Deputado Federal, com mandado de prisão em aberto, é preso tentando entrar no Paraguai

Deputado João Rodrigues, PSD-SC. (Foto: Internet)

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (8), no aeroporto de Guarulhos (SP), o deputado federal João Rodrigues (SD-SC), condenado a cinco anos e três meses por dispensa irregular de licitação, um caso que se arrastava desde 2009 no Supremo Tribunal Federal (STF) e não tem ligação com a Operação Lava Jato.

A PF informou ter apurado, com apoio das suas adidâncias (representação de um órgão público em outro país) policiais nos EUA e no Paraguai, que o deputado “se encontrava no exterior e havia modificado seu bilhete de passagem, alterando o destino final do Brasil para o Paraguai”.

A PF informou ao ministro do STF Alexandre de Moraes que havia risco de a pena prescrever no próximo dia 12, e por isso o ministro autorizou a inclusão do nome do deputado na difusão vermelha da Interpol, o que permitiu a captura do parlamentar. Com a ordem do ministro, o deputado foi impedido de entrar no Paraguai e direcionado em um voo para Guarulhos, onde foi preso.

Rodrigues fora condenado em 2009 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS). No último dia 6, a Primeira Turma do STF não acolheu o último recurso do parlamentar e determinou a prisão.