PF encontra dinheiro na cueca de vice-líder do governo no Senado 

Senador não deve ser mantido no posto de vice-líder do governo (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal, em uma operação que investiga desvios de recursos públicos destinados ao combate da covid-19. Durante a ação, realizada na quarta-feira (14), os agentes encontraram dinheiro escondido na cueca do vice-líder do Governo no Senado.

Bolsonaro já chegou a dizer que tem “união estável” com Chico Rodrigues

O parlamentar é um dos investigados no esquema de que pode ter desviado R$ 20 milhões em emendas parlamentares destinados à Secretaria de Saúde de Roraima.

Em nota, a defesa de Rodrigues afirmou que ele teve “o lar invadido por apenas ter feito o seu trabalho” e que irá “provar que não teve nada a ver com qualquer ato ilícito”.

Senador deve perder posto de liderança

A ação de ontem pode resultar na saída de Rodrigues da vice-liderança no Senado. Apesar da proximidade com Jair Bolsonaro (sem partido), a cúpula do Governo Federal considera “insustentável” manter o político no posto.

Ironicamente, o senador integra a Comissão Mista do Congresso Nacional que fiscaliza a utilização dos recursos repassados exclusivamente para medidas contra o coronavírus.

MPF e Petrobras movem ação contra políticos de Pernambuco

Eduardo Campos e Fernando Bezerra são alguns dos citados

O Ministério Público Federal no Paraná e a Petrobras moveram na terça-feira (18) uma ação civil pública um pedido de responsabilização por atos de improbidade contra lideranças políticas de Pernambuco, partidos e construtoras. Entre os partidos citados na ação estão PP, MDB e PSB e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e os já falecidos Eduardo Campos (PSB) e Sérgio Guerra (PSDB).

De acordo com o Diário de Pernambuco somente em relação aos nomes do PSB o valor de reembolso exigido aos cofres públicos é cerca de R$ 1,3 bilhão. A ação identificou dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras, o primeiro diz respeito a contratos firmados por uma das diretorias da estatal com a Construtora Queiroz Galvão, individualmente ou por meio de consórcios e o outro se refere ao pagamento irregular de recursos no âmbito da CPI da Petrobras em 2009. Cabe recurso das defesas.

Os citados

Campos e FBC teriam favorecido empresas do cartel em contratos referentes à Refinaria Abreu e Lima. Já o PSB é mencionado porque o avião utilizado pelo ex-governador na campanha presidencial de 2014 teria sido “comprado com dinheiro do suborno”.

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Cunha recebeu R$ 1 mi para ‘comprar’ votos do impeachment de Dilma, diz Funaro

(Foto: Internet)

O operador financeiro Lúcio Funaro afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado Eduardo Cunha “comprar” votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Funaro disse que recebeu uma mensagem de Cunha, então presidente da Câmara, dias antes da votação no plenário, ocorrida em 17 de abril. “Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo”, disse.

A Folha teve acesso ao depoimento prestado por Funaro à PGR em agosto deste ano. Seu acordo de delação foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). No depoimento, uma procuradora questiona: “Ele (Cunha) falou expressamente comprar votos?”. Funaro respondeu: “Comprar votos”.

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PF deflagra ação na BA para investigar desvios de R$ 70 mi

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A operação, intitulada de Burla, conta também com o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União./ Foto: A Tarde

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta quinta-feira (14), com o objetivo de investigar o desvio de verbas e crimes contra a administração pública em cidades baianas. A fraude pode passar de R$ 70 milhões e foram executadas por duas organizações criminosas comandadas por empresários.

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária, oito mandados de condução coercitiva e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades baianas de Guanambi, Caetité, Iuiú, Vitória da Conquista e Salvador e também em Belo Horizonte, em Minas Gerais.

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Perfeitura de Caruaru reclama, em nota oficial, e diz que Fagner nunca havia criticado os shows realizados no São joão

(Foto: Internet)

Na oportunidade Fagner disse que “é só fazer feito a Lava Jato: é só correr atrás do dinheiro” (Foto: Internet)

Depois de Fagner afirmar a realização de esquemas nos contratos com os artistas para as apresentações no São joão de Caruaru, a Prefeitura da cidade resolveu posicionar-se e dizer que o cantor jamais “expressou críticas ou queixas sobre seus shows”.

Na oportunidade Fagner disse que “é só fazer feito a Lava Jato: é só correr atrás do dinheiro”. Ele ainda afirmou que existe a possibilidade dos atos ilícitos terem acontecido inclusive com ele.

Confira a íntegra da nota emitida pela Prefeitura:

“A Fundação de Cultura confirma o contato com o escritório do cantor Fagner, em abril deste ano, mas informa que não foi acertada a apresentação do artista no São João de 2016. Em maio, o escritório foi comunicado do encerramento dos contatos. Na ocasião, nenhuma queixa foi dirigida à Fundação. É atípica a declaração atribuída ao cantor, que foi contratado para o São João de Caruaru em outras festas e jamais expressou críticas ou queixas relativas ao seu relacionamento com a Fundação de Cultura”.

Com informações do Blog de Jamildo

Cantor Fagner afirma existir esquema no São João de Caruaru

(Foto: Lu Valiatti/FotoNews)

O cantor afirmou nunca ter recebido propostas diretamente. (Foto: Lu Valiatti/FotoNews)

Nesta terça-feira (27) 0 músico Fagner confirmou a denúncia de outros artistas sobre um esquema no qual empresários lucravam ilicitamente dos shows, principalmente em datas comemorativas como o São João. O cantor ainda afirmou nunca ter recebido propostas diretamente para que repassasse seu cachê a empresários ou produtores, contudo alertou sobre a presença de esquemas ilícitos.

“É só fazer feito a Lava Jato: é só correr atrás do dinheiro. Já devem ter feito isso comigo. O empresário diz um cachê e pega outro, pega mais caro. Esse negócio é muito comum”, disse o músico.

Uma polêmica no São João envolveu o cantor André Rio e o Governo de Pernambuco. Na oportunidade o cantor disse que o cachê tinha um valor, mas que metade desse valor deveria ser dado como “bola” para que o show pudesse acontecer.

Com informações do Blog do Jamildo

“Máfia dos shows públicos” é investigada pela Polícia Federal

(Foto: Divulgação PF)

volume de dinheiro obtido por meio de fraude na contratação, superfaturamento de cachês ou infraestrutura pode passar de R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos (Foto: Divulgação PF)

A Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público Federal estão investigando uma “máfia” dedicada a fraudar a compra e venda de shows públicos de grandes artistas.

Segundo levantamento obtido pela reportagem, o volume de dinheiro obtido por meio de fraude na contratação, superfaturamento de cachês ou infraestrutura pode passar de R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos. Somente no interior de São Paulo há R$ 15 milhões já bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal.

Por enquanto há investigações em curso em São Paulo, Rio, Pernambuco, Amazonas, Bahia, Pará, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. A investigação começou em 2010, no interior de São Paulo, e depois se espalhou pelo país.

Quem a iniciou foi Thiago Lacerda Nobre, hoje chefe da Procuradoria Geral da República em São Paulo, e procurador da República em Santos.

“Quando viajava a trabalho pelo interior de São Paulo comecei a perceber que algumas cidades minúsculas estavam fazendo eventos com artistas de renome nacional, cujos cachês eram caríssimos. Começamos a investigar porque não havia como aquelas cidades bancarem tantos shows e festas de peão. Acabamos descobrindo uma série de irregularidades, que envolviam não só as cidades, mas até o governo federal, que era fraudado por meio de convênios culturais”, afirmou o procurador.

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