Dilma Rousseff é eleita presidente do Banco do Brics

A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi eleita nesta sexta-feira (24) presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics. Ela substitui Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupava o posto desde julho de 2020.

Dilma presidirá o NDB até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando da instituição financeira, que tem sede em Xangai, na China. Está prevista uma cerimônia oficial de posse de Dilma para o fim da próxima semana, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.

Embora o banco tenha anunciado a substituição de Troyjo por Dilma no último dia 10, a eleição no Conselho de Administração do banco só ocorreu nesta sexta-feira. Cada país do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – preside o banco por mandatos rotativos de cinco anos.

LEIA MAIS

Novo governo Lula repete erros de Dilma, diz Henrique Meirelles

“É uma ilusão acreditar que pode se repetir os erros e ter resultado diferente”, afirma ele ao Radar Econômico

Ministro da Fazenda que instituiu o teto de gastos e fomentou a discussão de uma reforma da Previdência durante o governo de Michel Temer, Henrique Meirelles está preocupado com as recentes falas de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação à regra fiscal e às alterações previdenciárias.

Em entrevista ao Radar Econômico, Meirelles afirmou que as tendências expressas pela nova gestão repetem o governo de Dilma Rousseff. “As mesmas pessoas que participaram ou têm linha de pensamento similar predominando. A tendência é seguir o aumento dos gastos, o uso de estatais, o controle de preços. O resultado do governo Dilma nós conhecemos, provocando a maior recessão da história do Brasil. É uma ilusão acreditar que pode se repetir os erros e ter resultado diferente”, afirma ele.

Meirelles diz que o governo age mal ao criticar as reações negativas do mercado. “Há um entendimento equivocado sobre o que é o mercado. O mercado são os agentes econômicos. O padeiro do interior da Bahia também é mercado, que compra mais trigo se acredita que vai vender mais pão. Se ele acha que vai cair, contém despesas e demite funcionário”, afirma. “Não adianta dizer que há nervosismo do mercado e tentar ignorar as reações dos agentes produtivos às medidas anunciadas”, critica.

Em relação à fala recente do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre rever a reforma da Previdência, Meirelles afirma que, se a reforma não tivesse sido aprovada em 2019, 80% do Orçamento da União seria utilizado, hoje, para pagar aposentadorias. “O Brasil, como a maioria dos países, teve aumento de expectativa de vida — o que faz aumentar o tempo que as pessoas ficam aposentadas. Em 2017, quando apresentamos a primeira proposta da reforma da Previdência, havia um aumento insustentável. Se a reforma não tivesse sido aprovada, 80% do Orçamento seria usado para pagar aposentadorias”, diz.

Dilma diz que sua relação com Lula é ‘inabalável’ e descarta disputar eleições

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) negou neste sábado (5), que vá disputar cargo político nas eleições de outubro. Ela foi às redes sociais rebater rumores sobre sua relação com Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha mostrando sinais de desgaste, e sobre sua situação na legenda. A petista disse não se sentir isolada na sigla e classificou seu convívio com o ex-presidente como “inabalável”.

“Não me sinto isolada pelo Partido dos Trabalhadores. Não adianta quererem fazer intriga entre mim e o presidente Lula. Nossa relação de confiança já foi testada inúmeras vezes e é inabalável”, publicou Dilma.

Em entrevistas recentes, porém, Lula vem direcionando críticas veladas à sua sucessora no Planalto. Em 26 de janeiro, o líder petista afirmou que ela peca ao não ter “jogo de cintura” e “a paciência que a política exige”, sinalizando que não deve trazê-la para algum cargo no governo caso seja eleito.

“Na minha opinião, a companheira Dilma erra na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando você não gosta que a pessoa está falando”, disse o ex-presidente à rádio CBN.

O papel de Dilma na campanha petista passou a ser questionado sobretudo depois da ausência da petista no jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin, realizado em dezembro de 2021. À época, o ocorrido gerou especulações de que o PT estaria tentando “esconder” a ex-presidente para evitar desgastes à campanha presidencial deste ano. Ela foi alvo de impeachment em 2016 e a condução da política econômica em seu governo também é contestada.

JC Online

Lula rebate Ciro: ‘Perdoai, Pai, os ignorantes, eles não sabem o que fazem’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “banal” e “grosseiro” o ataque de Ciro Gomes (PDT) contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Em entrevista à Rádio Grande FM de Dourados (MS), nesta quinta-feira (14/10), o político afirmou não ser possível um presidenciável agir desta forma.
“O que ele [Ciro] fez ontem foi tão banal, tão grosseiro, que às vezes eu penso no que Jesus disse na cruz: ‘Pai, perdoai os ignorantes, eles não sabem o que fazem’. Não sei se ele [Ciro] teve covid, mas dizem que quem tem covid tem problemas de sequela, problemas no cérebro, algumas sequelas de esquecimento. Porque não é possível que um homem que pleiteia a Presidência da República possa falar o que ele falou ontem. Não sei o que ele está querendo, mas quem planta vento colhe tempestade”, disse.
LEIA MAIS

‘Vamos derrotar Bolsonaro’, diz Lula após encontro com Dilma

Lula e Dilma, ex-presidentes do Brasil.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou ontem (09) a também ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para conversar sobre “o momento que atravessa o país”.

Em publicação nas redes sociais, Lula ainda disse que eles derrotarão o “desastre” que é o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Lula já admitiu que disputará as eleições presidenciais de 2022.

LEIA MAIS

“Dilma nunca se meteu com corrupção”, diz em evento ex-presidente Michel Temer

O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse, nesta segunda-feira (12), em um evento virtual na sede da Associação Comercial de São Paulo, que acha injusto quando alguém insinua que sua antecessora, Dilma Rousseff (PT), era corrupta. Para ele, a petista cometeu erros, mas nunca se envolveu com corrupção. As informações são da coluna Radar, da revista Veja.

“Eu convivi seis anos com ela e em nenhum momento Dilma fez qualquer gesto de corrupção. Eu faço questão de dizer isso, porque no Brasil temos a mania de pensar que sempre o atual presidente quer destruir a reputação de seu antecessor”, afirmou o ex-presidente da República.

LEIA MAIS

Site do PSDB é hackeado e exibe foto de Dilma e Lula

O site do PSDB foi hackeado na noite deste domingo, 18, por um invasor que se identifica como “rflh4xo3”.

O hacker apagou todo o conteúdo da página inicial e o substituiu por uma foto dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Logo abaixo da imagem, o invasor também escreveu uma frase: “o tempo passa, os dias ficam mais chatos e algumas pessoas mais ignorantes”.

Por meio do Twitter, o partido afirmou que o invasor se trata de um “militante da extrema esquerda desocupado”.

Nosso site acabou de ser hackeado.
Pra variar, militante de extrema esquerda desocupado atrapalhando a vida das pessoas que trabalham.

O PSDB retirou todo o conteúdo do site do ar. Essa não é a primeira vez que o partido sofre um ataque virtual. Em maio do ano passado, o site do PSDB Minas Gerais teve a homepage trocada por uma montagem de protesto contra o então presidente Michel Temer. Em outubro de 2015, o PSDB Minas também foi invadido.

Marília Arraes se contradiz ao fechar acordo com deputado que votou a favor do impeachment de Dilma

Marília fechou apoio com deputado que votou contra Dilma.

A vereadora do Recife e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes (PT-PE), vem se destacando nas pesquisas eleitorais do estado com um bom percentual de intenções de votos. No último levantamento, por exemplo, a petista aparece empatada tecnicamente com o atual governador Paulo Câmara (PSB-PE) depois de ficar quase cinco pontos atrás do Chefe do Executivo Estadual.

Em grande ascensão nas pesquisas, Marília, desde o início de sua caminhada, atacou uma possível aliança do PT com o PSB no estado, já que os socialistas pernambucanos foram todos – cinco no total – a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

Contudo, aparentemente, a possível candidatura da petista tem prevalecido mais do que a coerência do seu discurso. Isso porque, nesta segunda-feira (23), o deputado federal João Fernando Coutinho (PROS), que fazia parte do PSB-PE até março deste ano, confirmou ao FolhaPE seu apoio em favor de Marília. O anúncio oficial deve acontecer ainda nesta segunda.

Com a aceitação do apoio do deputado, Marília se contradiz e faz exatamente o que tanto criticou: uma aliança com “aqueles que articularam o golpe”. Fechando essa aliança com o parlamentar, a vereadora do Recife demonstra infidelidade a um dos pilares da sua caminhada, que é o rompimento com os defensores do impeachment de Dilma.

João Coutinho foi um dos deputados que fizeram coro para a aprovação do pedido de impeachment da ex-presidente na Câmara dos Deputados e votou contra Dilma. “Meu voto é pela abertura do processo de impedimento”, disse à época, quando integrava o PSB.

Vale lembrar que ainda há a possibilidade do PT fechar uma aliança com o PSB em Pernambuco, o que rifaria a candidatura da petista. No entanto, recentemente, segundo o jornal O Globo, Lula teria acenado a favor da campanha de Marília. Com o impasse, a pré-candidata segue pelo estado com o aval do maior líder do PT e mostra que tem força.

Procuradoria Geral da República denuncia Dilma, Lula, Palocci e Gleisi Hoffmann por propina da Odebrecht

(Fotos: Arquivo | Edição Portal FolhaPE)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ex-presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Antônio Palocci, além da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar.

Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, a partir de delações premiadas de ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Segundo a denúncia, a Odebrecht prometeu a Lula doação de US$ 40 milhões em troca de decisões políticas para beneficiar a empresa.

LEIA TAMBÉM

CUT-PE prepara ato político em defesa do ex-presidente Lula neste primeiro de maio em Recife

De acordo com a PGR, além dos depoimentos de delação, foram colhidos nas investigações documentos, como planilhas e mensagens, fruto da quebra de sigilo telefônico.

Em contrapartida pela doação, a procuradoria afirma que a Odebrecht foi beneficiada com aumento da linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com Angola, país africano onde a empreiteira tinha negócios.

“Dilma traiu seu eleitorado”, diz Lula a jornal espanhol

(Foto: Arquivo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em entrevista ao jornal espanhol “El Mundo”, que a ex-presidente Dilma Rousseff “traiu seu eleitorado” ao promover o ajuste fiscal porque tinha prometido manter as despesas nas eleições de 2014.

Para Lula, Dilma cometeu dois grandes erros: maior, afirmou, foi a política de desoneração às empresas. “Começamos a perder credibilidade. O ano de 2015 foi muito semelhante ao de 1999, quando FHC teve uma popularidade de 8% e o Brasil quebrou três vezes“. O segundo erro, foi o que ele classificou como “traição ao eleitorado”, sobre o ajuste fiscal.

Sobre a possibilidade de disputa da presidência em 2018, Lula afirmou que “ninguém é imprescindível” e completou “existem milhares de Lulas.”

O ex-presidente falou ainda sobre o ex-ministro Antonio Palocci, que negocia acordo de delação premiada com a Lava Jato e afirmou, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que Lula avalizou um “pacto de sangue” com a Odebrecht por supostas propinas ao PT.

Venezuela

Lula afirmou que não dá apoio incondicional ao regime de Nicolás Maduro, mas defende “para a Venezuela o mesmo para o Brasil, que é cuidar de seus assuntos sem interferência externa.”

Dilma usa delação de Funaro para pedir anulação do impeachment

Defesa da ex-presidente argumenta que compra votos em favor do impeachment torna ilegal o processo (Foto: Arquivo)

A defesa da ex-presidente da República Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 16, que vai utilizar a delação do corretor Lúcio Funaro, divulgada na última sexta-feira, para pedir a anulação do processo que resultou em impeachment no ano passado. Em nota, o advogado da petista, José Eduardo Cardozo, afirmou que o depoimento de Funaro mostra que “o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment”. A defesa deve entrar com pedido na terça-feira (17).

“Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade”, diz a nota. Segundo depoimento prestado por Funaro – que está preso –à Procuradoria Geral da República (PGR), em agosto, Eduardo Cunha recebeu R$ 1 milhão para “comprar” votos a favor do afastamento da petista. O próprio Funaro teria providenciado os recursos, que teriam sido usados para Cunha “ir pagando os compromissos que ele tinha assumido” com os parlamentares que votaram a favor do impeachment.

“Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo que a afastou da Presidência da República é nulo”, diz José Eduardo Cardozo, que vai requerer a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF, em que pede a anulação da decisão que cassou o mandato da ex-presidente.

Leia a íntegra da nota de Cardozo

“1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a afastou da Presidência da República é nulo, em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment.

3 – A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta terça-feira, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF, em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato de uma presidenta legitimamente eleita.

4. Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade.

José Eduardo Cardozo
Advogado da Presidenta Eleita Dilma Rousseff”

Cunha recebeu R$ 1 mi para ‘comprar’ votos do impeachment de Dilma, diz Funaro

(Foto: Internet)

O operador financeiro Lúcio Funaro afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado Eduardo Cunha “comprar” votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Funaro disse que recebeu uma mensagem de Cunha, então presidente da Câmara, dias antes da votação no plenário, ocorrida em 17 de abril. “Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo”, disse.

A Folha teve acesso ao depoimento prestado por Funaro à PGR em agosto deste ano. Seu acordo de delação foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). No depoimento, uma procuradora questiona: “Ele (Cunha) falou expressamente comprar votos?”. Funaro respondeu: “Comprar votos”.

LEIA MAIS

Fachin envia denúncia contra Lula e Dilma para 1ª instância

O caso é referente a apuração do crime de obstrução de Justiça envolvendo a nomeação de Lula para a Casa Civil ainda no governo Dilma. (Foto: Cristiano Mariz)

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, enviou denúncia contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e o ex-ministro Aloizio Mercadante para a primeira instância do Distrito Federal.

O caso é referente a apuração do crime de obstrução de Justiça envolvendo a nomeação de Lula para a Casa Civil ainda no governo Dilma. Na última quarta-feira (6), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou os petistas e, na mesma peça, pediu o arquivamento das suspeitas contra o ministro Marcelo Navarro, Superior Tribunal de Justiça. Ao decidir sobre o caso, Fachin acatou o pedido de Janot sobre Navarro. Por esse motivo, o ministro entendeu que não há mais motivos para que o processo fique no STF, já que não existem outros detentores de foro na Corte neste inquérito

Com informações do Folha de São Paulo

Dilma diz que relato de Palocci é uma ‘ficção’

A ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, durante solenidade comemorativa de um milhão de inscritos no Programa Microempreendedor Individual, no Palácio do Planalto

A ex-presidente Dilma declarou nesta quinta-feira, 7, que o relato do ex-ministro Antônio Palocci (Casa Civil e Fazenda/Governos Lula e Dilma) “é uma ficção”. Em nota, a petista reagiu enfaticamente às acusações de Palocci, interrogado na quarta, 6, pelo juiz federal Sérgio Moro na ação penal em que é réu ao lado do ex-presidente Lula no episódio da compra de um terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula.

Palocci fez revelações sobre o que chamou de “pacto de sangue” por meio do qual a Odebrecht aceitou repassar R$ 300 milhões para o PT e para o próprio Lula. Em troca, a empreiteira seria favorecida nos governos Lula e Dilma.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Dilma partiu para o ataque. “O sr Antonio Palocci falta com a verdade quando aponta o envolvimento de Dilma Rousseff em supostas reuniões de governo para tratar de facilidades à empresa Odebrecht, seja durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou no primeiro governo dela. Tais encontros ou tratativas relatadas pelo ex-ministro jamais ocorreram. Relatos de repasses de propinas também são uma mentira.”

Segundo Dilma, todo o conteúdo das supostas conversas descritas por Palocci com sua participação – mesmo quando ela assumiu a Presidência – “é uma ficção”. “Esta é uma estratégia adotada pelo delator em busca de benefícios da delação premiada.”

“O episódio em que cita um inacreditável benefício à Odebrecht pelo governo Dilma Rousseff, durante o processo de concessões de aeroportos, mostra que o sr Antonio Palocci mente”, assinala a nota.

“O ex-ministro declarou perante a Justiça Federal que a decisão do governo Dilma de não permitir que um consórcio ou empresa ganhasse mais de um aeroporto foi criada pela presidenta eleita para beneficiar diretamente a Odebrecht. Isso é uma mentira!”

Dilma esclareceu que a decisão foi tomada pelo governo para “gerar concorrência entre as empresas concessionárias de aeroportos”.

“Buscou-se evitar que, caso uma empresa tivesse a concessão de dois aeroportos, priorizasse um em detrimento do outro. O governo Dilma buscava atrair mais empresas para participar do sistema aeroportuário, garantindo que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como órgão regulador, tivesse mais parâmetros para atuar. Mais concorrência, menos concentração.”

O texto divulgado pela assessoria de Dilma aponta “um fato que desmascara as mentiras de Palocci”.

A Odebrecht, que ganhou a disputa junto com o grupo Changi, pagou R$ 19,018 bilhões pela outorga do Galeão. “Sem dúvida, é a maior outorga paga por aeroportos no Brasil, o que afasta a acusação de beneficiamento indevido declarada por Palocci.”

A ex-presidente divulgou um quadro “que demonstra que a Odebrecht foi responsável pela maior outorga paga ao governo para o direito de explorar apenas um dos seis aeroportos cujas concessões foram feitas pelo governo Dilma”:

LEIA MAIS
123