Dunga é demitido e Tite é o mais cotado para assumir o comando da seleção brasileira

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Dunga, agora ex-técnico da seleção brasileira (Foto: Reprodução/internet)

Dunga não é mais o técnico da seleção brasileira. O comandante da seleção brasileira foi demitido nesta terça-feira depois de uma reunião na sede da CBF com Marco Polo del Nero. Outro que também deixou o cargo foi o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. A CBF fez o anúncio no seu site oficial.

A derrota para o Peru somado à eliminação precoce da Copa América Centenário ainda na primeira fase da competição pesaram na decisão da entidade. Tite deverá ser anunciado como substituto nas próximas horas, pois é o primeiro da lista de treinadores que podem assumir o cargo.

Confira a íntegra do comunicado oficial divulgado pela CBF

A Confederação Brasileira de Futebol comunica que decidiu, nesta terça-feira, dissolver a comissão técnica da Seleção Brasileira. Deixam os cargos o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi, o técnico Dunga e toda a sua equipe.

A decisão foi tomada em comum acordo durante reunião nesta tarde e, a partir de agora, a CBF inicia o processo de escolha da nova comissão técnica da Seleção Brasileira.

A CBF agradece a dedicação, a seriedade e o empenho da equipe durante a realização do trabalho“.

Dunga não tem receio de demissão: “Só temo a morte”

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O técnico Dunga, da seleção brasileira

A desclassificação da seleção brasileira na primeira fase da Copa América Centenário, com a derrota para o Peru, colocou imensa pressão ao técnico Dunga, que agora tem o cargo ameaçado em sua segunda passagem pela equipe nacional. Antes da competição, a CBF considerava que a meta mínima era chegar às quartas de final. Após o jogo, o treinador reclamou do toque de mão que resultou no gol definitivo da partida e disse, que mesmo com a eliminação, não teme ser demitido. “Só temo a morte. No Brasil, nós queremos que tudo se resolva em um ou dois anos. Tem de ter paciência para reformulação e persistir no trabalho”, disse Dunga.

A saída iminente do técnico prejudica o planejamento para a Olimpíada, já que no dia 29 de junho, o time olímpico que vai tentar a medalha de ouro inédita deverá ser convocado. Em seu discurso, Dunga acredita que, apesar da cobrança crescer ainda mais com a eliminação, a solução é dar continuidade a seu trabalho pelo menos até a Rio-2016, que será disputada em agosto. “A busca pela medalha vai ser uma pressão. O Brasil nunca venceu. Quando se tem uma derrota vai ter a cobrança. Tenho certeza de que o torcedor viu como foi eliminado. O Brasil não foi eliminado no futebol”, disse, referindo-se novamente ao gol ilegal marcado pelo atacante Ruidiaz. “Uma solução se encontra na continuidade. O presidente sabe do trabalho. Sabemos das cobranças. Não tendo o resultado, a tendência é que a cobrança aumente”, afirmou.

Seleção do Brasil encara Panamá neste domingo (29)

A equipe que enfrenta o Panamá deve ter poucas mudanças em relação à que fará a estreia na Copa América, no dia 4 de junho, contra o Equador/Foto:Lucas Figueiredo

A equipe que enfrenta o Panamá deve ter poucas mudanças em relação à que fará a estreia na Copa América, no dia 4 de junho, contra o Equador/Foto:Lucas Figueiredo

A seleção brasileira entra em campo neste domingo (29) para seu primeiro grande teste após a “limpeza” promovida por Dunga em relação à geração do 7 a 1. Com apenas dois jogadores entre os prováveis titulares, o jogo contra o Panamá é o que tem menos atletas que estiveram sob o comando de Luiz Felipe Scolari em um dos maiores vexames da história do futebol do país, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, diante da Alemanha.

Apenas Luiz Gustavo e Willian estão entre os que devem iniciar o amistoso em Denver, nos Estados Unidos, marcado para 22h30 (de Brasília), com transmissão da TV Globo e do Sportv. O número pode subir para três, caso Daniel Alves seja escalado no lugar de Fabinho. A escalação do atleta do Barcelona, no entanto, iria contra o que Dunga treinou durante a semana.

A “limpeza” em relação ao 7 a 1 já havia sido feita desde a convocação para a Copa América. O treinador havia deixado nomes como Oscar, David Luiz, Fernandinho e Marcelo fora dos 23 convocados. Outra ausência, mas, neste caso, sem a vontade de Dunga, foi a de Neymar. O melhor atleta do país defenderá o país apenas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

A tendência é que o comandante escale uma equipe com Jonas como referência, sendo munido por Renato Augusto, Willian e Philippe Coutinho. Lucas Lima corre por fora e tem chances de iniciar o confronto. Alisson segue como o titular, protegido por Miranda e Gil, que ainda verão Luiz Gustavo e Elias na linha à frente.

A equipe que enfrenta o Panamá deve ter poucas mudanças em relação à que fará a estreia na Copa América, no dia 4 de junho, contra o Equador. A principal delas deve ser a chegada de Filipe Luís, que ficou com o vice-campeonato da Liga dos Campeões em duelo nos pênaltis contra o Real Madrid. Neste domingo, Douglas Santos, do Atlético-MG, será o titular. Dunga, no entanto, prefere não confirmar os 11 que iniciarão o duelo.

“Vai depender do que eu ver no treinamento de sábado e temos que levar em consideração o fim de temporada, que pode deixar alguns jogadores cansados”, explicou. “O Panamá é um time muito mais experiente do que antes, com jogadores atuando fora do país deles. Vai ser muito duro”, completou.

Para o Panamá, a partida também servirá como teste para a Copa América. A seleção está no grupo D e tem a estreia marcada para o dia 6 de junho, contra a Bolívia. Chile e Argentina completam a chave.

FICHA TÉCNICA
BRASIL X PANAMÁ

Data: 29 de maio de 2016, domingo
Horário: 22h30 (de Brasília)
Local: Dick’s Sporting Goods Park, Denver, EUA

BRASIL: Alisson; Fabinho (Daniel Alves), Miranda, Gil e Douglas Santos; Luiz Gustavo, Elias e Renato Augusto; Willian, Philippe Coutinho e Jonas
Técnico: Dunga

PANAMÁ: Jaime Penedo, Adolfo Machado, Felipe Baloy, Roderick Miller e Luis Henriquez; Gabriel Gómez, Amílcar Henríquez, Armando Cooper e Valentín Pimentel; Ricardo Buitriago e Roberto Nurse
Técnico: Hernán Darío Gómez

Com informações do Portal Uol

Dunga se diz confiante para os jogos olímpicos

Dunga: "Na estréia você precisa vencer"

Dunga: “Na estréia você precisa vencer”

O técnico Dunga considerou “equilibrado” o grupo do Brasil na primeira fase dos Jogos Olímpicos do Rio. Logo após o sorteio, realizado na manhã desta quinta-feira, no Maracanã, o treinador disse que está confiante para a competição porque “pela primeira vez a seleção está desenvolvendo um trabalho longo” visando o ouro olímpico.

“Acho que todos os grupos são equilibrados, é uma competição que vai afunilando. Os jogadores nessa idade, no momento de pressão, às vezes têm um rendimento abaixo, em outras, um rendimento maior. Mas estou muito confiante”, afirmou o técnico.

Ele já avisou que contra a África do Sul, dia 4 de agosto, no Mané Garrincha, o Brasil terá que sair de campo vitorioso e, mais do que isso, com bom futebol. “Na estreia você precisa vencer, fazer um bom jogo para adquirir confiança dentro de campo e também para ter a torcida ao nosso lado”, ponderou.

Questionado sobre a presença de Neymar nos Jogos Olímpicos, o treinador preferiu uma resposta genérica. “A gente tem que conversar com vários clubes, não só aqueles com jogadores abaixo de 23 anos. A gente tem respeito muito grande e tem que buscar um entendimento”, declarou o técnico. “Estamos monitorando muitos jogadores, não só nos clubes, mas também tem acompanhamento na seleção.”

Estadão Conteúdo

 

Dunga mostra preocupação com período sem jogos do Brasil

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A última partida da seleção brasileira foi no dia 17 de novembro de 2015, na vitória sobre o Peru, por 3×0. Desde então, são 128 dias sem jogos. Período longo para uma equipe que estava em seu melhor momento, se entrosando e evoluindo. Por isso, o técnico Dunga mostrou estar preocupado com o rendimento do Brasil após tanto tempo.

”Me dá uns cabelos brancos. Quando começa a engrenar, ter uma forma de jogar, ficamos 128 dias sem jogar. Os jogadores estavam em um condicionamento físico naquela época e agora tens que reavaliar. É um desafio. Antigo até. Por isso as dificuldades, os sacrifícios. A satisfação é maior quando dá certo”, afirmou o comandante brasileiro.

Como se não bastasse este problema, Dunga ainda teve outro na preparação. A Seleção só trabalhou dois dias para o confronto diante do Uruguai, nesta sexta-feira (25), na Arena Pernambuco. A solução foi conversar com os jogadores e mostrar vídeos do adversário.

”Se analisarmos o primeiro jogo até o quarto nas Eliminatórias, a forma de jogar melhorou. A Seleção é sempre uma incógnita, um recomeço. Ficamos 128 dias sem jogar e temos dois dias para treinar. No clube já se fala em falta de tempo para treinar, imagina na Seleção? Conversamos muito, mostramos vídeos e vamos atrás do resultado que nos agrada. É um desafio para todos suportar isso”, ressaltou.