Sinpol emite nota contra intervenções políticas nas investigações

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O Sindicato da Polícia Civil de Pernambuco emitiu nota denunciando intervenções de políticos no trabalho de investigação da morte do empresário que era investigado pela Operação Lava Jato, encontrado morto em um motel de Olinda essa semana. Confira o teor da nota por completo:

“Não bastassem as graves, mas não surpreendentes, revelações de um suposto esquema de desvio de verbas públicas para financiar campanhas do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em especial as do ex-governador Eduardo Campos, a Diretoria do SINPOL tomou conhecimento, nesta quinta-feira (23), que Peritos Papiloscopistas – os Policiais Civis responsáveis por realizar perícias em locais de crime para, dentre outras atribuições, detectar e identificar a presença de indivíduos suspeitos no local por meio das impressões digitais – foram impedidos de realizar perícia no quarto do motel Tititi, onde foi encontrado o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato.

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PSB diz ter confiança na conduta de Eduardo Campos

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O Partido apoia a apuração das investigações e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, divulgou nota em que afirma ter “plena confiança” na conduta do “nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco”.

A curta nota, divulgada horas depois a deflagração da Operação Turbulência, da Polícia Federal, acrescenta que o PSB apoia as investigações.

Leia a nota:

Nota oficial do PSB sobre a Operação Turbulência

A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB, em face da Operação Turbulência, da Polícia Federal, noticiada hoje (21) pela imprensa, informa à sociedade brasileira ter plena confiança na conduta do nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco.

O Partido apoia a apuração das investigações e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito.

Carlos Siqueira
Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro

Segundo a Polícia Federal, a campanha de Eduardo Campos, em 2010, pode ter sido financiada por grupo criminoso

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A operação teve início com investigações sobre a compra do avião, logo após o acidente que matou Campos (Foto: Arquivo)

A Operação Turbulência, da Polícia Federal, tem investigado um grupo criminoso que pode ter sido o responsável por financiar a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010. O avião em que Campos estava quando faleceu pode ter envolvimento com todo o esquema. “O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do governador”, afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista coletiva no Recife.

A operação teve início com investigações sobre a compra do avião, logo após o acidente que matou Campos e outras seis pessoas, mas chegou a um esquema apontado pela PF como responsável pela movimentação de até R$ 600 milhões. Esse montante seria alimentado por recursos de propinas e usado por firmas de fachada e sócios “laranjas” para fazer a lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal investiga, agora, a relação entre essas empresas citadas na Turbulência e grupos já envolvidos na Lava Jato e em investigações que estão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta terça-feira (21) foram presos quatro empresários suspeitos de integrar e se beneficiar com a organização criminosa – João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e Apolo Santana Vieira. Todos foram levados para a sede da PF, no Recife.

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Avião de Eduardo Campos está ligado a acusados de lavar dinheiro

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Tanto os presos como os conduzidos coercitivamente serão levados para a sede da Polícia Federal em Recife./ Foto: internet

A Polícia Federal (PF) investiga a ligação entre o avião que caiu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em agosto de 2014, em Santos (SP),  e uma organização criminosa acusada de movimentar mais de R$ 600 milhões e de realizar lavagem de dinheiro.

Os agentes da PF em Pernambuco deflagraram a Operação Turbulência, que tem como objetivo desmontar o grupo que atua em Pernambuco e em Goiás possui ligação até com a Operação Lava-Jato.

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 18  localidades em  Pernambuco, além do Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital. Os agentes estiveram  nos seguintes bairros do Recife:  Boa Viagem, Pina, Ibura (Zona Sul). Espinheiro, Alto Santa Terezinha, Vitória de Santo Antão, Pau Amarelo, Imbiribeira, Piedade, Cordeiro, Espinheiro, Alto Santa Terezinha, Barra de Jangada, Ibura, Moreno, Várzea, Lagoa de Itaenga, Pina, Muribeca e Prazeres.

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Chip de celular é encontrado em escombros de acidente que matou Eduardo Campos

O dispositivo está deteriorado, mas a PF tenta recuperá-lo na tentativa de encontrar possíveis imagens que possam contribuir com as investigações/Foto: AFP

O dispositivo está deteriorado, mas a PF tenta recuperá-lo na tentativa de encontrar possíveis imagens que possam contribuir com as investigações/Foto: AFP

Um chip de celular foi encontrado pela Polícia Federal sob os escombros do trágico acidente que resultou na morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e outras seis pessoas. A informação foi publicada na Coluna do Estadão.

O dispositivo está deteriorado, mas a PF tenta recuperá-lo na tentativa de encontrar possíveis imagens que possam contribuir com as investigações. O relatório da PF sobre o acidente será concluído em junho.

No jatinho que caiu em Santos, litoral de São Paulo, no dia 13 de agosto de 2014, estavam sete pessoas. O então candidato à presidência Eduardo Campos, os dois pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins, Pedro Valadares Neto (assessor), Carlos Augusto Leal Filho, conhecido como Percol (assessor de imprensa), Marcelo Lyra (cinegrafista) e Alexandre Severo (fotógrafo).

Do JC online

Maria Eduarda Campos é nomeada na prefeitura do Recife

 

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Embora inexperiente, João dá ao cargo conotação que não se via desde a Era Campos. Na primeira gestão Eduardo, esteve no cargo Marcos Loreto, primo da viúva Renata Campos e hoje conselheiro do TCE. Depois não foram apenas técnicos: Renato Thiebaut, hoje assessor especial de Paulo; Rubens Júnior, na gestão de João Lyra (PSB); e Ruy Bezerra, na gestão de Paulo.

O governador agora faz da sua antessala incubadora política. Passa sinal confuso: de que, a despeito do esforço da gestão, o lado da política segue igual. Para acessar diretamente o poder basta o sobrenome. Em Pernambuco, por muito tempo era só ser um Cavalcanti. Hoje, basta ser um Campos.

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Fevereiro foi o mês de nomeação dos irmãos. Ao contrário da divulgação sobre João Campos no governo Paulo, porém, a prefeitura nomeou de forma discreta a filha de Eduardo, Maria Eduarda Campos, na gestão Geraldo Julio (PSB). No Diário Oficial do último dia 4 (imagem acima) ela foi nomeada como gerente de Zoneamento Especial do Instituto Pelópidas Silveira, com data retroativa ao dia 1º de fevereiro de 2016.

Com informações JC Online

João Campos vira chefe de gabinete de Paulo Câmara

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O filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, será o novo chefe de gabinete do governador Paulo Câmara. O anúncio foi feito por meio de nota do Governo do Estado. O atual chefe de Gabinete, Ruy Bezerra, assumirá a Controladoria Geral do Estado, enquanto que o atual controlador-geral, Rodrigo Amaro, vai para a Assessoria Especial com a missão de implantar, num período de 90 dias, a empresa pública de recuperação de débitos e emissão de debêntures.

Com 22 anos e formando em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), João Henrique é filho do ex-governador Eduardo Campos e de Renata Campos. Já vinha acompanhando o pai nas campanhas e nos exercícios de mandato.

Há alguns anos cogita-se a entrada de João na política. Houve quem defendesse a sua entrada na disputa de 2014 para deputado federal, mas ele preferiu continuar cursando engenharia. Agora, efetivamente, entra para a vida pública, traçando o mesmo caminho do pai, que exerceu a mesma função no segundo Governo Miguel Arraes (1987-1990).

Retificando

Na coluna, Em Cima da Notícia, desta segunda-feira (18), afirmamos que o saudoso deputado Osvaldo Coelho (falecido ano passado) sempre escolhia seus candidatos com antecedência, em comparação a dificuldade do prefeito Júlio Lossio (PMDB) em anunciar quem será o seu escolhido para disputar a sucessão municipal em outubro.

Em verdade, Osvaldo às vezes também optava por anunciar seus candidatos apenas na “prorrogação” do segundo tempo, pior do que Eduardo Campos (ex-governador falecido em agosto de 2014), como nos alertou um leitor assíduo deste Blog.

Alepe aprova contas do governo Eduardo Campos sem ressalvas

assembleia

Objeto de questionamentos por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em março, a prestação de contas do Poder Executivo referente a 2013 recebeu o aval da Assembleia Legislativa nesta terça (15). Por 34 votos a um, o Plenário da Casa decidiu pela aprovação do Projeto de Resolução n° 651/2015, da Comissão de Finanças, que determina a aprovação sem ressalvas das contas do último ano da gestão Eduardo Campos (PSB). Apenas a deputada Priscila Krause (DEM) votou contra o parecer, e Edilson Silva (PSOL) pela abstenção.

O resultado acompanhou deliberação do Pleno do TCE, que, em decisão apertada, havia recomendado a aprovação das contas do Governo do Estado. Relator da matéria na Corte de Contas, o conselheiro Carlos Porto foi vencido ao julgar merecedor de ressalva o cancelamento, no último dia de 2013, de 678 empenhos já liquidados, totalizando R$ 395,2 milhões repassados para o ano seguinte. A medida teria alterado números do balanço orçamentário estadual, reduzindo o déficit público.

No Plenário da Alepe, tanto as lideranças do Governo quanto da Oposição encaminharam votação favorável à prestação de contas. “Seria fácil jogar para a plateia e votar contra, mas não há fato concreto para a reprovação das contas do governador Eduardo Campos”, registrou o líder oposicionista, deputado Sílvio Costa Filho (PTB). “O que aconteceu foi a anulação de empenhos para não se descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). No ano seguinte, todas aquelas despesas foram pagas”, explicou o líder do Governo, Waldemar Borges (PSB).

Única a discordar do texto do projeto de resolução, Priscila Krause citou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e as “pedaladas fiscais” do Governo Federal para justificar seu posicionamento. “Não posso defender o impedimento da presidente da República pelo descumprimento da LRF e votar favorável a um parecer sem ressalvas do TCE”, afirmou.

Edilson Silva, que se absteve, citou trecho do relatório do conselheiro Carlos Porto, segundo o qual as anulações de empenhos “não guardaram princípios constitucionais e contábeis da administração pública”. Também discutiram a matéria o vice-líder do Governo, Tony Gel (PMDB), encaminhando voto pela aprovação, e os oposicionistas Romário Dias (PTB) eTeresa Leitão (PT), que defenderam a aceitação do parecer da Corte de Contas, sublinhando a necessidade de o Executivo, no futuro, não mais repetir as medidas questionadas.

APRECIAÇÃO – Ao longo da Ordem do Dia, os parlamentares também acataram o Parecer Prévio nº1/2015, de autoria da Comissão de Finanças, relativo às contas do Governo do Estado do exercício de 2014.

STF nega pedido da PF de busca e apreensão na casa de viúva de Eduardo Campos

eduardo camposO Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da Polícia Federal para fazer busca e apreensão na casa de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em meio à campanha eleitoral de 2014. Endereços do empresário Aldo Guedes, que foi sócio de Campos, em Pernambuco foram alvo de busca e apreensão pela Operação Catilinárias, deflagrada nesta terça-feira, 15.

Os mandados foram cumpridos na loja Grillo Presentes, na Imbiribeira, zona sul do Recife, que pertence ao empresário, e na Agropecuária Nossa Senhora do Nazaré Ltda, situada na Fazenda Esperança, em Brejão, agreste pernambucano. Eduardo Campos era sócio de Guedes nesta Agropecuária, onde a PF apreendeu hoje documentos. Na loja, foram encontrados R$ 170 mil em espécie.

Em outubro, o ex-presidente da Camargo Corrêa e delator da Lava Jato Dalton dos Santos Avancini afirmou aos investigadores da operação ter-se encontrado em 2010 com o ex-sócio de Eduardo Campos. Avancini e Aldo Guedes teriam se encontrado no Shopping Iguatemi, em São Paulo, para acertar o suposto pagamento de propina de R$ 20 milhões da empreiteira para abastecer o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador de Pernambuco.

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