Governo Federal anuncia acordo para suspensão da greve dos caminhoneiros

Ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha

O ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha anunciou acordo, na noite desta quinta-feira (24), para suspensão da greve dos caminhoneiros por 15 dias, com base em documento assinado com entidades representativas dos grevistas. Um dos principais pontos negociados, foi a redução em 10% do preço do óleo diesel na refinaria, que de R$ 2,23 o litro, passa para R$ 2,10, nos próximos 30 dias.

A redução do preço do combustível, segundo informou o ministro da Fazenda Eduarda Guardia, teve contrapartida da Petrobras, que garantiu os R$ 2,10 por litro nos próximos 15 dias, o que vai representar R$ 350 milhões a menos em seu caixa. Após o período, caberá ao governo federal subsidiar os custos, já que a política de reajuste da empresa petroleira seguirá, com base no preço internacional do petróleo e do câmbio, até a porta da refinaria. Do lado de fora, caberá ao governo intervir, com revisão a cada 30 dias, que serão bancadas com recursos do caixa da União. O governo ainda pagará compensação financeira à Petrobras para garantir sua autonomia.

Além da queda do preço do óleo diesel, o ministro Padilha anunciou que será de“zero” a Contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre as operações realizadas com combustíveis – Cide-combustíveis em 2018. Outros pontos reivindicados pelos caminhoneiros, como a não cobrança do terceiro eixo de veículos vazios, a revisão trimestral da tabela de referência de fretes, a começar agora em 1º de junho, foram contemplados no acordo.

O governo ainda se comprometeu ainda a editar Medida Provisória em 15 dias para viabilizar que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reserve 30% do frete para autônomos em todo território nacional. E pedirá à Petrobras que contrate autônomos por meio de terceirização para distribuição de seus produtos.

Ao final, Eliseu Padilha fez apelo a todos os grevistas para a retomada da normalidade, lembrando que o país depende do transporte rodoviário, para chegar medicamentos aos hospitais e alimentos paras a família brasileira.O ministro garantiu o cancelamento de multas durante o período de paralisação e a suspensão de todas decisões judiciais que punem os grevistas que mantiveram o movimento em vias em que a Justiça havia proibido.

Durante audiência, Fernando Bezerra pede redução de juros do cartão de crédito

Durante uma audiência realizada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nessa terça-feira (27), o senador Fernando Bezerra Coelho pediu ao Banco Central e a Casa Civil, para que as duas instituições trabalhem juntas no sentido de reduzir os juros do cartão de crédito e do cheque especial.

“Apesar do esforço do governo para reduzir este custo, as taxas continuam muito altas, não há justificativas para serem maiores que 100% ano, atingem a classe média e os trabalhadores e afetam diretamente a produtividade e a economia”, disse o senador que é vice-líder do governo no Senado.

O senador também elogiou as medidas adotadas pelo governo para a simplificação tributária e a limitação dos gastos públicos. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha participou a audiência pública, para prestar contas do andamento das ações coordenadas pelo governo federal.

Aproveitando a presença de Padilha, Fernando Bezerra pediu que o governo regulamente a fixação dos novos índices, para a utilização do Coeficiente de Desenvolvimento Regional (CDR) como um redutor incidente sobre as taxas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo Eliseu Padilha, a regulamentação será feita por decreto presidencial. O CDR levará em consideração a renda percapita das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, fazendo com os juros dos Fundos Constitucionais fiquem menores.

Temer é incluído em inquérito da Operação Lava Jato

(Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, incluiu o presidente Michel Temer no inquérito que investiga os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral), dentro da Operação Lava Jato.

A decisão de Fachin foi anunciada no início da tarde dessa sexta-feira (2). Na decisão, o ministro deu 60 dias para a Polícia Federal concluir as investigações. O prazo poderá ser estendido, se houver pedido de prorrogação.

O inquérito foi aberto em março de 2017, com base na delação de executivos da Odebrecht. A investigação busca identificar indícios de pagamento de propina na secretaria de Aviação Civil, comandada por Eliseu Padilha e Moreira Franco entre 2013 e 2015.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge pediu a inclusão de Temer na investigação, no início dessa semana, com base no relato do ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. O Palácio do Planalto não se manifestou sobre a decisão do ministro.

Delação cita R$ 88 milhões em repasses a 48 políticos

Michel Temer, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, citados múltiplas vezes em delação

A Odebrecht gastou pelo menos R$ 88 milhões em propina, caixa dois e doações legais para campanhas de 48 políticos entre 2006 e 2014. É o que mostra um levantamento feito pela Folha, com base na delação premiada não homologada do ex-executivo da construtora Cláudio Melo Filho.

De acordo com relato do ex-executivo, que era um dos principais lobistas da Odebrecht em Brasília, a empreiteira pagou R$ 28,5 milhões em propina em troca de emendas favoráveis aos negócios em medidas provisórias, liberação de recursos por parte do governo e outras ajudas no Congresso.

A maior parte desse dinheiro, R$ 27,3 milhões, saiu do caixa dois da empresa. Somente R$ 9,7 milhões do total foram, segundo o que é possível concluir da delação de Melo Filho, doados oficialmente para campanhas, com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O partido que mais dinheiro recebeu para atender os interesses da empreiteira foi o PMDB, partido do presidente Michel Temer. No total, entre propina e contribuições eleitorais, deputados e senadores da legenda receberam cerca de R$ 51 milhões da Odebrecht.

O segundo mais agraciado, segundo levantamento da Folha, foi o PT, partido dos ex-presidentes Lula e Dilma Roousseff, com aproximadamente R$ 22 milhões. Romero Jucá (PMDB-RR) e Jaques Wagner (PT-BA) foram os responsáveis por pedidos e recebimentos mais vultosos. A Odebrecht atendeu o peemedebista e o petista com mais cerca de R$ 20 milhões cada um.

Os valores, conforme a delação diz, eram muitas vezes divididos com outros parlamentares. Os dois políticos cumpriram papel de funcionários da empresa, trabalhando dedicadamente aos assuntos que a interessavam.

O DEM, partido do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também recebeu dinheiro da Odebrecht, assim como o PSDB, do chanceler José Serra. Cada uma das legendas recebeu cerca de R$ 2,8 milhões, de acordo com os dados organizados pela reportagem.

Melo Filho delatou ainda que a construtora deu um relógio luxuoso de presente para Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e dois para Jaques Wagner. A soma dos agrados ao ex-ministro é de US$ 49 mil, cerca de R$ 165 mil.

Leia levantamento completo clicando aí: Delação cita R$ 88 mi em repasses a 48 políticos

Com informações da Folha de S.Paulo – Camila Mattoso

Padilha diz que Temer vê com “bons olhos” redução da taxa Selic

/Foto: internet

Na noite de hoje, será anunciada decisão sobre a taxa Selic, na primeira reunião do Comitê de Política Monetária /Foto: internet

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (20) que o presidente interino Michel Temer vê com “bons olhos” a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), mas que a palavra final é do Banco Central (BC). Padilha também afirmou que o governo esgotará todas as alternativas para não haja novo contingenciamento (bloqueio) de recursos.

“Se analisarmos todos os indicadores, vamos ver que os economistas do Brasil estão mostrando que teremos forçosamente uma queda nos juros. Também isso agrada ao presidente, e ele vê com bons olhos, se nós pudermos, mas teremos que respeitar por inteiro a autonomia do Banco Central, corresponder a essa expectativa, inclusive dos profissionais do setor. São os economistas e as agências de avaliação que estão dizendo que o juro vai cair. O presidente vê com muito bons olhos, mas a palavra final é do Banco Central”, reforçou Padilha, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

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Grupo de Temer já articula impeachment de Dilma

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Foto Marcos Alves

O grupo próximo ao vice-presidente Michel Temer no PMDB se articula pelo impeachment da presidente Dilma, contam SIMONE IGLESIAS e JÚNIA GAMA. O ex-ministro Eliseu Padilha, que deixou o governo na última sexta e é conhecido por manter planilhas com históricos de votações do Congresso, começa a trabalhar amanhã no gabinete do partido na Câmara para agilizar o processo.

A estratégia é manter o vice na retaguarda. “Temer não precisa se mover agora”, disse o ex-deputado Geddel Vieira Lima, ressaltando que é preciso esperar a reação das ruas e do Congresso. Moreira Franco e Romero Jucá também integram a ala pró-impeachment. Ontem, Dilma disse que espera “integral confiança” de Temer para enfrentar o processo.

Durante passagem pelo Recife neste sábado (5), por conta do lançamento de um plano nacional para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e do zika vírus, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi questionada sobre o apoio do vice-presidente Michel Temer (PMDB) em meio ao processo de impeachment que se deflagrou em Brasília. A petista disse crer que contará com o auxílio do peemedebista.

“Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Ao longo desse tempo, eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande constitucionalista”, declarou.