1º trimestre de 2021 termina com alta na exportação de frutas, segundo Abrafrutas

(Foto: Ascom)

O primeiro trimestre de 2021 terminou com saldo positivo ao setor da fruticultura do Brasil. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), houve elevação de 14% em dólares, o que representa 7% a mais no volume das mercadorias em relação ao mesmo período do ano passado.

Uva e maçã são destaques

Uva e maçã foram as principais responsáveis pelo crescimento, com 105% e 89%, respectivamente. “Os números são animadores. Se as exportações continuarem nesse ritmo, conseguiremos, pela primeira vez, alcançar a meta de US$ 1 bilhão em frutas exportadas até o fim do ano”, disse o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.

2020 com bons números

Os bons números já haviam sido observados também em 2020, o primeiro da pandemia no país. A fruticultura cresceu 6% em relação a 2019, o que reforça a importância da agricultura para a economia nacional. “São mais de 2,5 milhões de hectares de frutas no Brasil, que geram cerca de 5 milhões de empregos. É uma atividade econômica com potencial e, por isto, a Abrafrutas luta pela abertura de mercado para que a fruticultura tenha condições de continuar crescendo“, conclui.

Pandemia do novo coronavírus não tem atrapalhado a produção da fruticultura irrigada em Petrolina e região

Existem setores que não podem parar, a exemplo do alimentício, que mesmo diante da atual pandemia por coronavírus não pode parar com suas atividades e produção. Em Petrolina, cidade sertaneja que integra o Vale do São Francisco – região que é a maior produtora de frutas do Brasil, a fruticultura irrigada continua com ótimo desempenho e mostrando bons números para a economia, além de manter os trabalhadores atuantes com todas as medidas padrões de profilaxia recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o gerente executivo da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), Tássio Lustoza, as exportações de manga e uva, principalmente, continuaram fluindo bem, apesar de todo este cenário de paralisações de voos e alguns tipos de comércio.

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Reunião entre representantes do Porto de Suape e da Valexport discute retomada de embarcações em Pernambuco

(Foto: Reprodução/Internet)

O Complexo de Suape quer recuperar os produtores do Vale do São Francisco que tinha em 2009, quando começou a diminuir os volumes embarcados no local para o mercado internacional. Perdendo espaço para outros portos do Nordeste, Suape tem hoje 0,5% de volume.

Esse número já chegou a 26% e em 10 anos, a direção do Porto de Suape tentou negociar para retomar a carga de exportação. Na última quinta-feira (23), uma comitiva do governo do Estado e do Tecon Suape participou de reunião com os produtores de frutas, em Petrolina.

“Houve um momento em que o Porto de Suape deixou de dar um tratamento adequado às exportações de frutas. Tivemos problemas com agentes reguladores (Ministério da Agricultura, Receita Federal) e com a falta de priorização da carga. Isso acabou inviabilizando a exportação por Suape, porque cada dia a mais no porto pode significar prejuízo no caso das cargas de frutas. O desafio agora é oferecer condições atrativas para que os donos dos navios revejam seus planos para voltar a ter escalas para embarcar frutas para Estados Unidos e Europa”, observa o gerente executivo da Valexport, Tássio Lustoza.

Representante da Suape, Javier Ramirez se comprometeu a elaborar um plano de ação para tornar o terminal atrativo aos produtores de frutas do Vale. “Convidamos os empresários para fazer uma visita ao Tecon e participar de uma nova reunião. Num momento seguinte também vamos convidar os armadores (donos dos navios) para a discussão”, disse.

Segundo a Valexport, o Porto de Natal é o preferido dos produtores, seguido por Salvador e Pecém. A capital do Rio Grande do Norte tem outro diferencial: priorizar a escala da carga diretamente à Europa, sem precisar passar por outros terminais no Nordeste.