Falhas cadastrais do Bolsa Família atingem mais de 136 mil famílias pernambucanas

CGU exigiu que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) aperfeiçoasse os controles relativos ao processo de cadastramento das famílias. (Foto: Internet)

Mais de dois milhões de famílias brasileiras podem deixar de receber o Bolsa Família. É que a Controladoria Geral da União (CGU) constatou falhas em 2,5 milhões de cadastros do programa e garante que a maior parte dessas inconsistências será punida. Segundo o Governo Federal, 1,4 milhão de benefícios estão bloqueados; 470 mil foram cancelados; e mais 346 mil serão analisados por indícios de subdeclaração de renda que podem ter gerado um pagamento indevido de R$ 1,3 bilhão em dois anos. Pernambuco é um dos estados mais atingidos pelas medidas.

Em auditoria divulgada nessa quinta-feira (4), a CGU explicou que muitos dos beneficiários do Bolsa Família não haviam informado dados essenciais para o programa, como o CPF e a renda familiar. Por conta disso, o Governo foi atrás desses dados. Mas inúmeras inconsistências foram constatadas quando os novos números foram comparados com os de outras instituições federais, como o INSS e o FGTS.

Pernambuco registrou o quarto maior número de inconsistências do País, atrás apenas de São Paulo, Bahia e Minas Gerais. São 136,4 mil falhas que já geraram 101,7 mil bloqueios e 34,7 mil cancelamentos de benefícios no Estado. Além disso, há 26,8 mil suspeitas de fraudes na declaração de renda que garante o pagamento do Bolsa Família. Por isso, novos cancelamentos podem acontecer nos próximos dias em Pernambuco.

LEIA MAIS

Alunos relatam falha em senha do Sisu; MEC diz que não há acessos indevidos

(Foto: Internet)

Estudantes que tentam uma vaga em universidades públicas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) relataram nas redes sociais que suas senhas foram roubadas e as opções por cursos, alteradas. Em nota, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informaram que não registraram indício de acesso indevido a informações de alunos cadastrados no sistema.

Em nota, o MEC informou que os sistemas “não registraram, até o momento, indício de acesso indevido a informações de estudantes cadastrados, que configure incidente de segurança”.

Segundo a pasta, “há relatos na imprensa de casos pontuais de acesso indevido a dados pessoais de candidatos, que teriam possibilitado mudança de senha e de dados de inscrição, como opção de curso. A senha é sigilosa e só pode ser alterada pelo candidato ou por alguém que tenha acesso indevidamente a dados pessoais do candidato.”

O MEC diz ainda que casos individuais que forem identificados e informados à pasta como suposta mudança indevida de senha e violação de dados, serão remetidos para investigação da Polícia Federal.

LEIA MAIS

“Temer cortou até o almoço de Dilma’, diz Lula no Rio

Segundo Lula, as medidas adotadas contra Dilma, como a restrição ao uso de aviões oficiais, “não vão impedir (a presidente afastada) de sair pelo País para denunciar esse governo”/Foto:Instituto Lula

Segundo Lula, as medidas adotadas contra Dilma, como a restrição ao uso de aviões oficiais, “não vão impedir (a presidente afastada) de sair pelo País para denunciar esse governo”/Foto:Instituto Lula

Na primeira manifestação pública após o impeachment, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou dos cortes na alimentação e nas viagens em aviões da FAB, decididos pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, em relação à presidente afastada Dilma Rousseff.

Mas reconheceu falhas na gestão da sucessora e disse esperar que ela volte ao cargo. “Não estou dizendo que Dilma não cometeu erros, cometeu. Mas queremos que ela volte para corrigir os erros que cometemos”, disse.

No discurso, Lula fez poucas referências à sucessora. “Temer deu um golpe não na Dilma, mas na decisão do Senado que o colocou como interino. Temer não tinha o direito de fazer o que fez. Ele cortou até o almoço da Dilma. Amanhã vamos comer marmitex”, ironizou o ex-presidente, em ato organizado por centrais sindicais no centro do Rio.

LEIA MAIS