Publicidade automática consome 40% dos dados da internet móvel, diz sindicato

A partir da aprovação da nova lei, estabelecimentos que quiserem comercializar o instrumento desbloqueador deverão ter autorização prévia do Decade (Foto: Ilustração)

A partir da aprovação da nova lei, estabelecimentos que quiserem comercializar o instrumento desbloqueador deverão ter autorização prévia do Decade (Foto: Ilustração)

É crescente o número de brasileiros que usam a internet no telefone celular. Na na faixa etária que mais consome esse serviço, de 16 a 24 anos, o aumento foi de 26% entre 2013 e 2015. Chama atenção, entretanto, que 40% do pacote de serviços de dados é gasto com publicidade, aqueles anúncios automáticos que aparecem nos aplicativos sem a solicitação do cliente. A informação é do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil).

“Todo anúncio que recebemos sem solicitar está consumindo os dados da mesma forma. O consumidor tem que ficar atento, entender que ele não solicitou aquilo, mas está pagando”, disse o presidente-executivo da Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel), Eduardo Levy, explicando que existem ferramentas de bloqueios de anúncios para alguns celulares.

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Anatel quer ouvir governo e sociedade sobre franquia para internet fixa

celular aplicativo

A proibição vale por tempo indeterminado, até que a Anatel tome uma decisão sobre o assunto. Foto: arquivo

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai pedir contribuições a diversas entidades do governo e da sociedade civil sobre a possibilidade de as prestadoras de internet estabelecerem uma franquia de dados para o serviço de banda larga fixa. Também serão realizadas reuniões públicas com especialistas para debater o assunto.

As medidas foram aprovadas nesta quarta (8) pelo Conselho Diretor da agência, em circuito deliberativo. A proposta foi do conselheiro relator da matéria, Otavio Luiz Rodrigues Junior.

Por determinação da Anatel, as prestadoras com mais de 50 mil assinantes estão proibidas de reduzir a velocidade de transmissão de dados, suspender o serviço ou cobrar tráfego excedente após o esgotamento da franquia de banda larga fixa, ainda que essas medidas estejam previstas no contrato ou plano. A proibição vale por tempo indeterminado, até que a Anatel tome uma decisão sobre o assunto

Com informações de Jc Online

Consumo de dados chega a internet fixa

internet

As franquias de consumo de dados, comuns nos planos de internet móvel, estão chegando ao Vivo Internet Fixa, antigamente conhecido como Speedy. Os novos contratos da conexão ADSL oferecida em velocidades de 200 kb/s a 25 Mb/s estão vindo com uma cláusula que estabelece o bloqueio ou redução de velocidade após o limite ser atingido pelo cliente.

O limite mensal de consumo estabelecido no contrato varia entre 10 GB e 130 GB, dependendo da velocidade da banda larga contratada pelo usuário. Estas são as franquias de cada plano:

Banda Larga Popular 200 kb/s: 10 GB
Banda Larga Popular 1 e 2 Mb/s: 10 GB
Vivo Internet 4 Mb/s: 50 GB
Vivo Internet 8 e 10 Mb/s: 100 GB
Vivo Internet 15 Mb/s: 120 GB
Vivo Internet 25 Mb/s: 130 GB
O contrato estabelece que a franquia será “promocionalmente” ilimitada até 31 de dezembro de 2016. Após o período, “poderá ocorrer o bloqueio ou redução da velocidade”, segundo o texto.

O esquema já era adotado por outras empresas de banda larga, como a NET, com a justificativa de que a prática ajuda a manter a rede bem dimensionada para todos os assinantes. O Vírtua, por exemplo, estabelece franquias de 30 GB (no plano de 2 Mb/s) a 500 GB (no plano de 500 Mb/s) no contrato de prestação de serviço. Quando o limite é atingido, a velocidade da conexão do cliente pode ser reduzida até o final do mês.

Procurada pelo Tecnoblog, a Vivo confirmou que os novos clientes do Vivo Internet Fixa, com tecnologia ADSL, estão sujeitos ao limite de franquia. Quem assinou o serviço antes da última sexta-feira (5) mantém as condições contratuais já existentes, segundo a operadora. De acordo com a empresa, as franquias citadas acima “são apenas referências e poderão ser ampliadas”.

“Promocionalmente, não haverá cobrança pelo excedente do uso de dados até 31 de dezembro de 2016. À medida que isto vier a ocorrer no futuro, a empresa fará um trabalho prévio educativo, por meio de ferramentas adequadas, para que o cliente possa aferir o seu consumo”, diz a nota.

Com informações de Tecnoblog