Operação da PF desarticula organização criminosa que fraudava o Enem

(Foto: Ilustração)

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (8) a Operação Adinamia, para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos e processos seletivos para ingresso no ensino superior, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016/2017, no Ceará e em outros estados da Federação.

“As formas da fraude consistiam na violação antecipada de lacres para acesso às provas do Enem e concursos e/ou utilização de candidato piloto e de ponto eletrônico, com a transmissão dos gabaritos. O curso de medicina é o principal alvo das fraudes e também o mais caro, sendo pago em torno de R$ 90 mil por vaga, sendo metade do valor pago antes do certame e metade depois de garantida a vaga”, diz a PF em nota.

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Estudantes chegaram a pagar R$ 450 mil a fraudador do Enem em 2016

A Polícia afirma que os aliciadores usaram o ex-funcionário do Cebraspe para fraudar concursos. (Foto: Internet)

A Polícia Civil de Goiás apreendeu a agenda de Antônio Carlos da Silva Francisco, suspeito de vender vagas em concursos e preso na terceira fase da Operação Porta Fechada, com uma relação de 18 candidatos que tentaram fraudar o Enem 2016.

As anotações manuscritas preenchem 10 páginas da agenda e têm o título “Relação candidatos”. Os candidatos receberam números de 1 a 18. Da relação, cinco conseguiram a aprovação com a fraude. Sob cada nome, a agenda contém anotações com o número do CPF, a pontuação ligada ao Enem, um número de inscrição e uma senha. A senha de um aluno era “halls preto”.

Segundo os investigadores, o documento revela a ousadia do grupo – ao lado do nome de alguns candidatos, a agenda traz cálculos sobre a quantidade de pontos necessários para aprovação. A anotação referente ao estudante identificado pelo número 17 indica “Pontos 802,54”. “813,2 + 746,4 757,8 975,3 – Redação 720”. A agenda indica ainda cidades de outros Estados. Associado à aluna número 1 está o município de São José do Rio Preto e à aluna número 2, Agudos, ambos os municípios situados no interior de São Paulo.

A nova fase da operação identificou que os 13 primeiros colocados na prova objetiva para delegados foram aprovados mediante a compra de suas vagas. Os valores pagos pelos candidatos iam de R$ 150 mil a R$ 450 mil. A quantia dependia “do bolso da pessoa”, diz a Polícia. Parte dos alvos da Porta Fechada, segundo a Polícia, era formada por aliciadores que “identificavam possíveis compradores de vagas”.

A Polícia afirma que os aliciadores usaram o ex-funcionário do Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos – órgão vinculado à UnB) Ricardo Nascimento da Silva para fraudar concursos – ele foi preso.

Os compradores de vaga entregavam as folhas respostas em branco ou com apenas poucas questões preenchidas. No dia seguinte à aplicação da prova o funcionário do Cebraspe pegava os cartões respostas, preenchia o documento durante a noite, quando já era possível acessar os gabaritos na área do candidato, e os devolvia para digitalização e conferência de erros e acertos.

De acordo com a Polícia, em 6 de fevereiro, Ricardo Nascimento da Silva pegou os cartões respostas, ao menos, de 16 candidatos que haviam entregue os papeis praticamente em branco por orientação do esquema. Após o preenchimento de 13 desses cartões respostas, Ricardo os devolveu ao Cebraspe no dia seguinte, para digitalização e conferência de erros e acertos.

Os outros três cartões respostas, segundo a Polícia, não foram preenchidos por desacordo quanto ao pagamento entre aliciadores e candidatos, motivo pelo qual estes não foram aprovados.

Com informações da Agência do Estado

Enem terá prova personalizada e detector de ponto eletrônico para coibir fraudes

O Enem será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro para 6,7 milhões de candidatos. (Foto: Internet)

Detectores de metal e de ponto eletrônicos, fiscalização de lanches e provas personalizadas são algumas medidas que serão adotadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para garantir a segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano.

Ao todo, serão utilizados 67 mil detectores de metal durante o Enem, um para cada 100 participantes. O número garante a vistoria dos candidatos na entrada e na saída de todos os banheiros das 13.632 coordenações de local de aplicação.

Novidade neste ano, os detectores de aparelhos de ponto eletrônico de ouvido serão usados de forma experimental em alguns locais de prova. O sistema encontra os aparelhos de transmissão pelo sinal de rede móvel de banda larga, por radiofrequência de wi-fi e bluetooth. Outras medidas já consolidadas nas demais edições do exame serão mantidas, como a coleta da impressão digital dos participantes.

Nome na prova

Pela primeira vez, neste ano será usada a prova personalizada, com os cadernos de questões e a folha de respostas identificados com o nome e número de inscrição do participante. Ao receber a prova, o candidato deverá verificar se o caderno de questões e o cartão-resposta têm a mesma quantidade de itens, se o nome dele está correto e se não há defeito gráfico.

Segundo o Inep, a identificação das provas e dos cartões de resposta vai contribuir para inibir possíveis fraudes no exame, além de facilitar a transcrição das respostas. Os cadernos continuam tendo cores diferentes, mas não será mais necessário assinalar a cor do caderno no cartão de resposta.

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Investigações apontam que quadrilha tentava fraudar todos os concursos públicos

“Eles tentavam fraudar todos os concursos, não apenas o Cebraspe”, disse delegado. (Foto: Arquivo)

A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), informou que a quadrilha investigada na segunda etapa da Operação Panoptes, deflagrada nesta segunda-feira (30), tentou fraudar concursos públicos e vestibulares de todas as bancas, não se restringindo apenas aos concursos promovidos pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) – o antigo Cespe, da Universidade de Brasília. Há suspeitas de que eles tentariam fraudar também o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas até o momento isso ainda não foi oficialmente confirmado.

De acordo com os investigadores, no caso de vestibulares, a quadrilha cobrava entre R$ 80 mil e R$ 160 mil. Já no caso dos concursos públicos, o valor cobrado era de 20 vezes o valor do salário a ser recebido. “Muitos davam um sinal entre R$ 10 mil e R$ 20 mil e, depois de assumirem o cargo, faziam empréstimos consignados para pagar o restante”, explicou o delegado Maurilio Coelho Lima, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco).

Segundo o delegado-chefe adjunto da Deco, Adriano Valente, o chefe da quadrilha é Hélio Ortiz, preso desde a primeira etapa da operação. “Eles tentavam fraudar todos os concursos, não apenas o Cebraspe. Todas as bancas de todos os concursos sofreram tentativas de fraudes. Todos serão objetos de medidas mais duras pela Polícia Civil do Distrito Federal”.

Até o final da manhã de hoje (30), três dos cinco mandados de prisão preventiva já haviam sido cumpridos. Um deles é Ricardo da Silva Nascimento, um ex-funcionário do Cebraspe que já havia sido demitido por suspeitas de participação nessa organização. Ricardo trabalhava no Cebraspe desde 2014, e vinha sendo investigado desde 2016.

“É muito importante frisar que o Cebraspe não participa dessa organização criminosa, e que vem colaborando desde o início, trazendo todas informações necessárias para que pudéssemos pedir a prisão preventiva do Ricardo, que era responsável por digitalizar os gabaritos das provas”, disse o delegado Valente.

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Banca organizadora do concurso do TJ-PE nega fraude no certame

o IBFC já diligenciou junto à Corregedoria Geral da Polícia Civil da Paraíba, solicitando que adote os procedimentos administrativos para apuração das falhas funcionais do Dr. Lucas Sá. (Foto: Internet)

O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IFBC) negou que as provas do concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) tenham sido fraudadas. A informação de que três integrantes de um grupo especializado em fraudar concursos públicos teria agido durante o certame foi dada pelo Delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações da Cidade de João Pessoa.

Em nota, a banca organizadora afirmou que “nunca impediu qualquer investigação policial realizada na Operação Gabarito” e que “analisou as folhas de resposta dos candidatos suspeitos mencionados nas reportagens concedidas pelo Delegado, não encontrando qualquer suspeita ou prova de fraude ao concurso”.

Confira a íntegra da nota

O IBFC – Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação, com sede no Taboão da Serra, Estado de São Paulo, vem, publicamente, no exercício do seu direito de resposta às matérias jornalísticas divulgadas recentemente acerca da suposta fraude do concurso público realizado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, esclarecer que:

Diferentemente do que divulgado pelo Dr. LUCAS SÁ, Delegado lotado na Delegacia de Defraudações e Falsificações da Cidade de João Pessoa, o IBFC nunca impediu qualquer investigação policial realizada na Operação Gabarito, mencionada nas matérias jornalísticas tendo, diferentemente do que alegado, contribuído ativamente com todas as autoridades envolvidas.

Na verdade, o Delegado Lucas Sa nunca solicitou ao IBFC qualquer acesso aos locais de prova do concurso público, tendo o IBFC encaminhado ao mencionado Delegado, todas as informações acerca dos candidatos que já eram investigados pelas autoridades policiais, garantindo o amplo acesso a estas informações, com dez dias de antecedência da realização das provas do concurso, numa clara contribuição à segurança do concurso público e à própria Polícia Civil.

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TJPE é alvo de grupo especializado em fraudar concursos públicos

O investigador detalhou que os criminosos contratam professores nas áreas especializadas do certame. (Foto: Ilustração)

Uma investigação da Polícia Civil da Paraíba suspeita da participação de três integrantes do grupo especializado em fraudar concursos públicos na prova do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Conversa suspeita foi encontrada neste sábado (21).

Durante a 4ª fase da Operação Gabarito, mensagens de texto entre Flávio Luciano Nascimento Borges, um dos líderes da organização criminosa, e o guarda municipal do Recife Thiago Leão, que fez a prova do último domingo (15) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), foram divulgadas, bem como áudios de uma conversa entre Flávio e o professor Dárcio Carvalho, que faz as provas de Direito, Português e Redação para o grupo.

“Repassamos para a PCPE a informação de que Thiago Leão, Poliane Alencar e Jamerson Hesídio fariam a prova, mas o IBFC não permitiu que os policiais entrassem no local de prova e realizassem a revista para verificar se eles estavam usando pontos eletrônicos”, observou o investigador o delegado Lucas Sá, da DDF.

Os três suspeitos de fraudar o concurso do TJPE já foram presos por participarem do esquema criminoso em outros concursos.

Com informações do FolhaPE

Biometria detecta 25 mil títulos de eleitor duplicados

O juiz poderá determinar o cancelamento de uma ou de todas as inscrições eleitorais (Foto: Internet)

Segundo informações divulgadas Secretaria de Tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 25 mil títulos de eleitor estão duplicados. O levantamento foi feito durante o cadastramento biométrico de 64 milhões de eleitores.Em um dos casos detectados, uma única pessoa, de Goiás, portava 52 títulos de eleitor.

Segundo o secretário Giuseppe Dutra Janino, as duplicidades são identificadas ao se comparar as impressões digitais de novos eleitores cadastrados com as de eleitores cujas digitais já fazem parte da base de dados do TSE. As ocorrências são classificadas em quatro categorias pelo tribunal.

“Isso significa que nós estamos descortinando uma fragilidade do processo eleitoral brasileiro. Porque para ter o título de eleitor, essa pessoa precisaria de 52 carteiras de identidade e com isso poderia tirar 25 CPFs. A fraude não se limita ao processo eleitoral”, explicou Janino.

Todas as ocorrências registradas são remetidas ao juiz eleitoral da jurisdição na qual o eleitor é cadastrado para que seja feita a análise das coincidências.

Com informações do G1

Grupo preso em concurso para agente penitenciário planejava fraude em prova do Detran

Todos candidatos que participaram do esquema foram liberados após o pagamento da fiança. (Foto: Arquivo)

O grupo que foi preso nesse domingo (1º), por articulação de esquema de fraude no concurso para agente penitenciário do Ceará, planejava atuar no concurso do Detran, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

No total, 22 pessoas foram detidas com materiais como pontos eletrônicos, anotações referentes a negócios ilícitos, uma arma de fogo e munições. O grupo foi desarticulado pela operação intitulada “Boa Fé”, que teve início há cerca de um mês através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas organizadas (Draco).

Durante o concurso para agente penitenciário, três homens foram presos e apontados como gerenciadores do grupo e, além disso, 19 candidatos tiveram a tentativa de fraude frustrada. “Com essas prisões, nós conseguimos evitar que pessoas mal intencionadas assumissem um cargo tão importante”, afirmou Harley Alencar.

Fraude

Um dos líderes do esquema respondia as provas e depois enviava as respostas por mensagem de celular para outros envolvidos. Após as informações serem repassadas, os candidatos recebiam o gabarito por meio dos pontos eletrônicos.

Depois da aprovação no concurso, quando assumisse a vaga, a pessoa deveria pagar dez vezes o valor do salário ao grupo. Mesmo assim, uma quantia deveria ser antecipada antes do certame.

Todos candidatos que participaram do esquema foram liberados após o pagamento da fiança, que custou R$ 5 mil a cada um, mas seguem respondendo ao processo.

Operação carro-pipa: 200 mil pessoas receberam água imprópria para consumo no Piauí

(Imagem ilustrativa)

Segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional, neste sábado (30), mais de 200 mil pessoas foram vítimas de uma fraude da operação carro-pipa no Piauí. Água imprópria para o consumo foi entregue a famílias que sofrem com a seca.

O exército que é responsável pela coordenação operação carro-pipa, com pipeiros contratados pelo Governo, descobriu a fraude. Duas pessoas foram presas em flagrante acusadas de fazer parte de uma quadrilha especializada neste tipo de crime.

A operação acontece da seguinte forma: Há cinco anos o exército adotou um sistema de monitoramento para controlar essa entrega. Cada caminhão cadastrado recebe um equipamento que registra data, hora e a rota de cada caminhão. Na fraude, o Exército afirma que eles usavam motos para registrar o percurso que vários caminhões deveriam fazer.

“Com isso aí, o pipeiro fica livre, sem o equipamento, para pegar uma água mais próxima, nos barreiros mais próximos da cidade, e entregar nesse local como se fosse água de um manancial cadastrado pelo Exército”, explicou o capitão Veloso, do Exército.

“De vez em quando, corre um com dor de barriga danada. As crianças faltam é morrer. Vem e quando chega um: ‘Estou com dor de barriga, mãe’”, declarou uma das vítimas o agricultor José Nivaldo de Macedo.

 O Exército diz que afastou os pipeiros já identificados na fraude e que aumentou a fiscalização na região.

Com informações do JN

Nova fase da Lava Jato mira compra de votos na escolha do Rio como sede olímpica

(Foto: Arquivo)

Policiais Federais cumprem na manhã de hoje (5), no Rio de Janeiro, dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, em nova fase da Operação Lava Jato. A Operação Unfair Play tem o objetivo de desmontar um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do governo fluminense.

As investigações, que contam com apoio de autoridades francesas, indicam a possibilidade de participação de dono de empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da cidade do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, “o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos”, diz a nota da Polícia Federal.

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Preso suspeito de fraudar 15 exames teóricos do Detran-PE

O homem foi flagrado realizando a prova no lugar de outro. (Foto: Ilustrativa/Internet)

Um homem suspeito de fraudar 15 exames teóricos do Detran-PE para outros candidatos foi preso por volta das 12h desta quinta-feira (31) na sede do órgão no Recife, na Iputinga, Zona Oeste da capital pernambucana. O homem foi flagrado realizando a prova no lugar de outro candidato. Toda a ação foi confirmada pelas câmeras de monitoramento da sala.

“Conseguimos filmar o modus operandi dos criminosos. Primeiro, o candidato se dirige aos funcionários do Detran, entrega os documentos e é informado sobre o número do computador onde deve realizar a prova. Em seguida, vem o falsário, que faz o mesmo e recebe outro número”, explica o coronel Marcos Luís, coordenador de segurança do Detran.

“Ao entrar na sala, as duas pessoas se comunicam por gestos e um senta no guichê reservado para o outro. Assim, o falsário consegue a aprovação para o candidato”, explica o coronel. Ele também explica que o exame reservado ao falsário é feito por candidatos que não têm conhecimento suficiente para passar no teste. Por isso, a prova com o nome do falsário nunca é classificada. 

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Pernambuco: suspeito de fraudar concurso para Agente Penitenciário responderá em liberdade

O suspeito não poderá se ausentar de Caruaru durante o cumprimento da pena. (Foto: Divulgação)

Um dos suspeitos de fraudar o concurso para Agente Penitenciário da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) responderá em liberdade pelo crime de fraude em certame.

O juiz arbitrou, na audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (21), o pagamento de fiança no valor de R$ 3.324,00. O suspeito deverá se apresentar mensalmente à justiça e não poderá se ausentar de Caruaru.

Entenda o caso

No último concurso para o cargo de Agente Penitenciário da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), três candidatos tentaram fraudar o certame com o uso de ponto eletrônico para receber informações sobre a prova que estava sendo aplicada.

Os três indivíduos foram identificados e desclassificados do concurso. O cargo oferecia um salário de R$ 3.872,82.

 

Três pessoas são presas em concurso para Agente Penitenciário em PE

Imagem ilustrativa

Três pessoas foram presas neste domingo (20) durante a aplicação de provas do concurso para Agente Penitenciário em Pernambuco. Em Caruaru, Agreste do estado, um homem foi flagrado com um ponto eletrônico na orelha pela equipe de fiscais do Grupo de Inteligência de Segurança Orgânica (GISO), de responsabilidade da Secretaria de Ressocialização. A prova era realizada na Unifavip. Eduardo Rodrigues Nery, 37 anos, foi preso em flagrante por fraude e conduzido para a Delegacia de Caruaru.

No Recife, o concurso foi realizado na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), área central da cidade. Dois homens foram flagrados usando documentos falsos durante a aplicação da prova. Eles foram presos e encaminhados para a Central de Flagrantes.

Investigação

Nesta segunda (21), será realizada uma audiência de custódia para que se investigue a verdadeira identidade dos autuados. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Com informações do NE10.

Denúncia de fraude no exame da OAB será apurada pelo MPF

FGV confirma violação do lacre, mas nega fraude. (Foto: Internet)

Após a denúncia de uma candidata sobre uma possível fraude no XXIII Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizado no último domingo (23), o Ministério Público Federal (MPF) decidiu apurar o caso e investigar se o lacre de um dos envelopes da prova estava violando quando entregue aos candidatos.

Segundo a assessoria de comunicação do MPF, a denúncia está no 8º Ofício de Tutela Coletiva, na qual a titular é a procuradora da República em Alagoas, Niedja Kaspary.

“Foi encaminhado ofício [na quarta-feira, 26) à Fundação Getúlio Vargas [instituto responsável pela realização do exame], solicitando informações no prazo de 10 dias. Está nessa fase de apuração dos fatos para adoção de medida cabível, se for o caso. Caso não seja procedente a representação ela será arquivada, e a representante devidamente informada”, explicou o MPF em contato com a Tribuna.

O caso chegou ao órgão após um grupo de bacharéis em Direito ter entrado com representações pedindo o cancelamento e a definição de uma nova data para a realização da prova. A repercussão do acontecido teve início após a imagem da representação de uma das candidatas vazar em um grupo de WhatsApp.

Maria Consuelo Souto Santos relatou na representação que quando as provas chegaram na sala 36 do Centro Universitário Maurício de Nassau, em Maceió, os candidatos constataram que o saco onde as provas estavam contidas, foi notado que ele se encontrava aberto e que diante dessa situação os aspirantes a OAB se manifestaram para que não acontecesse o exame. Após o pedido dos candidatos, o incidente da violação do lacre foi registrado em ata.

A estudante descreveu ainda na representação que os candidatos chegaram a chamar a fiscal chefe, que resolveu, mesmo diante da suposta irregularidade, perguntar aos presentes se eles queriam que a prova fosse mantida. “A maioria acabou optando pela continuação do exame”, disse a bacharel.

Além de entrar com representações no MPF, o grupo de bacharéis também estive na sede da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas para protocolarem a denúncia. Existe a possibilidade da própria FGV ou a OAB decidir pelo cancelamento da prova.

FVG confirma violação, mas nega fraude

A assessoria de Comunicação da OAB/AL encaminhou uma nota da FGV, responsável pela elaboração  e aplicação das provas do exame da Ordem.

O texto diz que a embalagem de segurança (contendo os envelopes lacrados de todas as salas) foi aberta na Sala de Coordenação na presença de dois examinandos que, junto aos representantes da Seccional de Alagoas e integrantes da equipe de aplicação da FGV, presenciaram a realização do procedimento e realizaram a devida conferência dos lacres.

A FVG afirma que o fato foi registrado em ata com a assinatura de todos os presentes, testemunhando que todo o material se encontrava devidamente lacrado e com seu sigilo preservado. Com isso os envelopes de segurança foram transportados por fiscais credenciados da equipe da FGV e entregues aos fiscais de aplicação responsáveis pelas respectivas salas.

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Operação policial desarticula quadrilha que fraudava concursos; veja lista

(Foto: Divulgação)

Através da Operação Gabarito, a Polícia Civil da Paraíba desarticulou uma organização criminosa é suspeita de fraudar pelo menos 93 concursos públicos em todo o Brasil. Neste sábado (8) a PC divulgou a lista de concursos.

Dos 93 concursos já identificados, apenas 81 foram divulgados e os demais estão sob sigilo de investigação. As investigações começaram em março de 2017, após a polícia receber denúncias anônimas, mas a Operação Gabarito só teve início no dia 07 de maio deste ano, quando as primeiras 19 pessoas com envolvimento nas fraudes foram presas durante a realização do concurso público do Ministério Público do Rio Grande do Norte.

Segundo o delegado de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, Lucas Sá, até o momento, foram presas 31 pessoas.  Destas, 23 estão com a prisão mantida, três em prisão domiciliar e três respondem ao processo em liberdade.

A polícia estima que em 12 anos, o grupo desarticulado tenha movimentado pelo menos R$ 60 milhões com a aplicação de fraudes em concursos públicos.  O esquema vendia uma espécie de “kit completo de aprovação” que chegava a valer 10 vezes o valor do salário pretendido para o cargo público.

Confira lista dos concursos investigados na Operação Gabarito:

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