Caso Beatriz: Justiça autoriza atuação de perito Sanguinetti como assistente técnico da defesa

Defesa de Marcelo da Silva (esq.) tenta suas últimas cartadas com a inclusão de Sanguinetti no caso

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) emitiu um despacho na manhã desta segunda-feira (6), permitindo a entrada de George Sanguinetti como assistente técnico na defesa de Marcelo da Silva, acusado de matar a menina Beatriz Angélica Mota em 2015.

Sanguinetti é médico legista e ganhou notoriedade nacional pelo Caso PC Farias. Ao longo dos últimos anos ele também apareceu na mídia, comentando justamente sobre o Caso Beatriz, mas sem ser contratado pela família da vítima.

Como assistente da defesa, Sanguinetti terá o prazo de 20 dias para apresentar um parecer técnico sobre a perícia elaborada. Ainda na decisão desta segunda, a juíza Elane Brandão determinou que, encerrado os 20 dias, o processo seguirá para as alegações finais, chegando a decisão se Marcelo irá ou não a júri popular.

Legista George Sanguinetti avalia desdobramentos do Caso Beatriz: “A história não convence”

Suspeito apresentado pela PC-PE não convenceu população sertaneja (Foto: Blog Waldiney Passos)

O Caso Beatriz voltou aos holofotes nesta semana, quando a Polícia Civil de Pernambuco anunciou a prisão de Marcelo da Silva, de 40 anos. Ele tem histórico de crimes sexuais contra crianças e seria o autor das facadas que mataram Beatriz Angélica Mota.

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Nesta sexta-feira (14), o programa Super Manhã com Waldiney Passos entrevistou por telefone o legista George Sanguinetti. Ele é um dos principais nomes do país e atuou em casos como a morte de PC Farias e de Isabella Nardoni. Em entrevista a Rádio Jornal Petrolina, Sanguinetti disse que o apresentado não foi o autor do homicídio de Beatriz. “É fraca a argumentação, a história não convence”, disse Sanguinetti.

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Caso Beatriz: O médico legista George Sanguinetti volta a fazer comentários sobre as investigações do crime

O médico legista George Sanguinetti, que participou da investigação de vários casos de repercussão nacional, voltou a fazer comentários sobre o assassinato da menina Beatriz Mota, morta a facadas, durante uma festa de formatura no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina (PE), em dezembro de 2015. O suspeito até o momento não foi preso.

Em sua página no Facebook, Sanguinetti diz que, a imagem de um provável suspeito andando em frente ao colégio, divulgada pela polícia em dezembro de 2106, é muito pouco.

“E por não ter nada provado, divulga-se que é a imagem do suspeito, do autor” diz o médico legista no seu comentário publicado nesta quinta-feira (4).

Confira a íntegra do texto

Reflexões sobre um bárbaro homicídio impune. O caso Beatriz – Petrolina.

Há mais de dois anos ocorreu o crime hediondo. Durante uma comemoração de formatura, num tradicional colégio católico de Petrolina, estavam presentes os pais, amigos e uma grande quantidade de pessoas, entre as quais educadores, alunos, familiares e pessoas da comunidade.

Uma noite festiva que termina em fatalidade. Quarenta e duas facadas são desferidas no corpo de uma criança de 7 anos, por motivo até hoje não esclarecido. Quanto ao autor, até hoje não foi incomodado e dificilmente o será, pois não há provas técnicas.

E o que se faz é divulgar uma imagem, obtida em frente ao colégio, de um indivíduo que circulara na festa. É muito pouco. E por não ter nada provado, divulga-se que é a imagem do suspeito, do autor.

A contribuição da cena do crime, ou seja, do local da morte, não permitiu estabelecer nexo de causalidade. E este mesmo local, fotografado e “levantado” pela Polícia Técnica, alguns meses depois, é descartado e outro local é apontado como provável cena do crime.

Além disso, um segredo de Justiça, na investigação policial, impede de analisar os elementos colhidos, ou outros vestígios e indícios menos perceptíveis que possam ter sido ignorados por falta de atenção ou mesmo desconhecimento. Insisto no visum et repertum.

Voltar ao local, verificar as fotografias forenses ampliadas, a disposição das manchas de sangue para estabelecer a dinâmica do evento, mensurar todos os vestígios de maneira metodológica.

Creio que o local da morte foi aquele onde o corpo foi encontrado; o autor conhecia muito bem o colégio, já que em tempo limitado, conduziu Beatriz ao local da execução (uma sala isolada e fora de uso), onde não foi visto. Não foi aleatório. Conduziu à morte, a criança que queria conduzir, quando quis conduzi-la.

Alguém o ajudou, um cúmplice, não a desferir os golpes, mas a vigiar o local enquanto o homicida agia. Este último, continua convivendo com as pessoas, na cidade de Petrolina, até os dias de hoje.

Não foi incomodado. Quanto às imagens do vídeo divulgadas nacionalmente, não há quaisquer provas que fundamentem culpa. A Polícia ainda não obteve êxito na investigação.

“O tempo que passa é a verdade que foge” (Edmond Locard).

Caso Beatriz: Legista George Sanguinetti faz publicação e pede acesso a laudos técnicos de investigação

(Foto: Arquivo)

O médico legista George Sanguinetti, que possui uma trajetória profissional atrelada à participação em casos de repercussão nacional, voltou a se pronunciar, no seu Facebook, sobre o crime que ceifou a vida da menina Beatriz Mota em Petrolina (PE). A garota foi assassinada dentro do Colégio Maria Auxiliadora em dezembro de 2015 e até agora o suspeito não foi identificado.

De acordo com George, “as investigações levou mais a contratempos que a respostas”. Para o legista, sua vinda para a cidade poderia contribuir para a solução do crime. “Com acesso a parte técnica, chego a Petrolina e certamente vou buscar o que não foi encontrado”.

Confira a íntegra do texto

“Réquiem por Beatriz. Hum ano e sete meses de impunidade.

Com muito respeito e expectativa quanto ao esclarecimento, do motivo e dos autores, deste crime hediondo, ainda carente de uma linha objetiva de investigação, volto a procurar respostas de quem tem obrigação de dar, exatamente a Polícia Civil de Petrolina e a Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco(Defesa Social.) .

A Polícia de Petrolina através de repetidos Delegados, todos bem intencionados, mas que não lograram êxitos. Suas investigações, se assim podemos chamar, levou a mais contratempos que a respostas. E ao Gestor da Polícia Civil de Pernambuco, em Recife, há alguns meses, festivamente declarou que esclareceu o caso, que sabia quem foi o assassino; mostrou uma imagem de vídeo, de um personagem frente ao Colégio, que seria responsável pela morte da menor. Puro e lamentável achismo, sem nexo de causalidade, sem fundamentação técnica.

Mais uma vez, solicito publicamente acesso aos laudos, a parte técnica. A minha experiência,poderia contribuir para o esclarecimento.Do modo que vai, mais um crime insolúvel, mais impunidade. Com acesso a parte técnica, chego a Petrolina e certamente vou buscar o que não foi encontrado. Se sabia o que procurar? Havia desejo de encontrar?”

Sanguinetti volta a se pronunciar sobre caso Beatriz: “há momentos em que penso que o caso é para não se esclarecer, mas sim para se arquivar, pois tanto pode ser feito”

O médico legista George Sanguinetti, voltou a se pronunciar através do Facebook sobre o caso Beatriz, assassinada em dezembro do ano passado, em um colégio particular, na cidade de Petrolina, Sertão de Pernambuco. De acordo com Sanguinetti, ele deverá ter acesso ao dossiê nos próximos dias. “Considerando que o advogado tem acesso aos autos devido aos direitos inerentes ao exercício profissional, mesmo em investigações inconclusas ou sob sigilo, solicitei através dele cópia dos laudos e demais material técnico para analisar, sob confidencialidade” explica em publicação.

O legista ainda afirma que em dados momentos, a recusa do auxilio dele, oficialmente ao caso, parece ser intencional para que o caso seja arquivado. “Considerando que não desejam minha presença em Petrolina, analisaria todo o material no nosso laboratório de Criminalística e Medicina Legal e forneceria as conclusões, sob sigilo ao advogado, que faria chegar ao Ministério Público. Com franqueza, há momentos em que penso que o caso é para não se esclarecer, mas sim para se arquivar, pois tanto pode ser feito” acusa.

George Sanguinetti tornou-se conhecido em todo país por ter atuado no caso das mortes de Paulo César Farias e Suzana Marcolino, Denise Piovani, e no da menina Isabella Nardoni. Posteriormente em 2010, contratado no caso do goleiro Bruno, que foi indiciado pelo suposto homicídio de Eliza Samudio.

Confira a publicação do médico legista:

Em rede social, Saguinetti volta a afirmar que a morte de Beatriz não ficará impune

O médico-legista e professor da Universidade Federal de Pernambuco, George Sanguinetti, voltou a citar o caso do assassinato da menina Beatriz Angélica, que ocorreu em dezembro do ano passado em um colégio de Petrolina, nas redes sociais.

Sem criticar diretamente o trabalho da Polícia Civil de Pernambuco, o perito afirmou que o crime que abalou a região do Vale do São Francisco, não ficará sem solução. Na postagem Sanguinetti ainda afirma que “Irei avaliar, corrigir, como Professor que sou na matéria, e se não for esclarecido, irei esclarecer. Trabalhem, evitem constrangimentos. A execução da menor Beatriz não vai ficar impune.”

Confira o teor da publicação completa:

“Scene of crime. Scéne du crime. Sitio del suceso. Os ingleses,franceses, espanhóis, estudiosos de Criminalística e Medicina Forense, apontam o local do crime, como a grande contribuição para se chegar a autoria. Eis o ponto inicial para o esclarecimento do bárbaro, violento, hediondo, assassinato da menor Beatriz. Por que os que investigam não conseguem êxito? Caso insolúvel há oito meses. As ruas, as pontes, a reunião palaciana, mas onde estão os avanços? E o esclarecimento?

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George Sanguinetti confirma que está no caso Beatriz

O médico legista afirma que está no caso Beatriz. Foto: internet

O médico legista afirma que está no caso Beatriz. Foto: internet

O famoso médico legista George Sanguinetti, afirmou que está no caso da menina Beatriz, assassinada em dezembro do ano passado em um colégio particular, na cidade de Petrolina, Sertão de Pernambuco.

O médico legista afirmou que não pode falar muito, mas que depois dos apelos em redes sociais para que colaborasse com o caso, o Estado permitiu que ele analisasse o caso.

“Eu tenho informação, mas eu não estou autorizado a divulgar. O caso está próximo do esclarecimento. E eu vou parar por aqui, não posso falar mais. Oficialmente eu estarei presente no caso” afirmou Sanguinetti.

George Sanguinetti tornou-se conhecido em todo país por ter atuado no caso das mortes de Paulo César Farias e Suzana Marcolino, no de Denise Piovani, e no da menina Isabella Nardoni. Posteriormente em 2010, contratado no caso do goleiro Bruno, que foi indiciado pelo suposto homicídio de Eliza Samudio.

Caso Beatriz: para perito tese de que a menina possa ter sido morta em um ritual de magia negra é carta praticamente fora do baralho

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George Sanguinetti, um dos peritos criminais mais famosos do País, que participou das perícias nas mortes de PC Farias, ex-tesoureiro de campanha do então candidato a presidente Fernando Collor de Melo, em 1996, em Maceió (AL), e da menina Isabella Nardoni, em 2008, em São Paulo, falou mais uma vez sobre as investigações do assassinato de Beatriz Mota, ocorrido no dia de 10 de dezembro de 2015, em Petrolina,

Em entrevista ao Jornal do Commercio o perito – que também é professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), afirmou que o caso Beatriz lhe tira o sono. “É um crime complexo e que só vai ser solucionado com um trabalho eficiente da perícia técnica”, afirma, acrescentando que confia na competência da polícia de Pernambuco.

O professor teve acesso a 12 fotos da cena do crime, o depósito de materiais esportivos do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, e se mostrou intrigado com o que viu. “Havia manchas de sangue compatíveis com pegadas. Não se sabe se eram de sapatos, sandálias, que tipo de material ou o tamanho do pé”. Ainda de acordo com Sanguinetti, a mão direita de Beatriz apresentava um ângulo de noventa graus com relação ao antebraço. Ele questiona se foi resultado de pancadas ou da disposição do corpo após o homicídio.

Para o perito, a tese de que Beatriz possa ter sido morta em um ritual de magia negra é carta praticamente fora do baralho. “Nesse tipo de crime há uma preocupação dos assassinos em recolher o sangue da vítima, então o corte é realizado na região da artéria carótida”, diz. Beatriz apresentava ferimentos localizados, em sua maioria, na região do abdômen.

O professor da UFAL não crê na tese de que várias pessoas teriam se juntado para premeditar o assassinato. Também discorda da eficácia de medidas como a divulgação do retrato falado do suspeito. “As pessoas se parecem umas com as outras”, alega. Ainda sem receber respostas das autoridades pernambucanas, Sanguinetti segue acompanhando o caso à distância.