Cliente deixa gorjeta de R$ 15,6 mil a funcionários de restaurante fechado por coronavírus

(Foto: Reprodução/Facebook)

Após pedir apenas uma cerveja em um restaurante em Cleveland (EUA), um homem deixou uma gorjeta no valor de US$ 3.000 (R$ 15,6 mil). A história foi relatada no Facebook por Brendan Ring, dono do estabelecimento, e ganhou reportagens em site e jornais ao redor do mundo.

Em seu relato, publicado no dia 22 de novembro, Ring conta que a gorjeta foi dada pouco antes do fechamento voluntário do restaurante, medida adotada para conter a pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, o cliente pediu que o valor fosse repartido com os quatro funcionários do lugar. Ele afirma também que só se deu conta do tamanho da doação quando o homem estava deixando o local.

“Eu corri atrás dele, mas ele me disse que não havia erro nenhum e que nos veríamos na reabertura”, contou Ring. O empresário disse que não iria revelar o nome do cliente por achar que ele não gostaria desse tipo de divulgação. Ele informou também que a conta do homem havia dado apenas US$ 7,02 (R$ 36). “Somos humildemente gratos por esse gesto incrivelmente gentil e grandioso”, concluiu.

Temer sanciona lei que regulamenta a gorjeta

(Foto: Ilustração)

Sem vetos a lei que regulamenta a cobrança de gorjeta a profissionais de bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares, foi sancionada hoje (14) pelo o presidente Michel Temer.

Com a novidade a taxa continua sendo facultativa, mas ela considera gorjeta tanto o valor pago espontaneamente pelo cliente ao empregado como o cobrado pela empresa, a qualquer título.

De acordo com a nova lei, a gorjeta não constituirá receita própria dos empregadores, destinando-se apenas aos trabalhadores. A forma como o rateio será feito será definido por meio de convenção ou acordo coletivo de trabalho, bem como a determinação do percentual a ser usado para custear encargos sociais, previdenciários e trabalhistas.

Com informações do Terra

Comissão de Assuntos Sociais concluiu a votação do projeto que regulamenta as gorjetas arrecadadas pelos garçons

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Parte do dinheiro pago pelos clientes deve ser usada pelos bares e restaurantes para a Previdência Social

A Proposta com origem na Câmara dos Deputados determina o repasse das gorjetas aos garçons também estabelece que o valor arrecadado por bares restaurantes hotéis e motéis deve ser dividido entre os demais funcionários como cozinheiros, segundo critérios definidos em acordo coletivo de trabalho ou Assembleia dos trabalhadores. O acordo também pode decidir que a gorjeta paga diretamente pelos clientes aos garçons seja retida pelo estabelecimento. O texto determina que o empregador deve anotar na carteira de trabalho e no contracheque dos empregados o salário contratual fixo e os valores recebidos como gorjeta.

As empresas inscritas no simples deverão reter 20% das gorjetas para quitar encargos sociais previdenciários e trabalhistas, já os estabelecimentos maiores devem destinar até 33% a Previdência Social. Quem desrespeitar a regra pode pagar multa.

O relator Senador Paulo Paim do PT, do Rio Grande do Sul, disse que a medida busca proteger os trabalhadores e foi negociada por garçons e empresários. “É um amplo acordo de todos setores, empresários e trabalhadores, eles construíram, eu sei que é uma construção coletiva que disciplina a forma do pagamento da gorjeta e assim o trabalhador vai poder descontar da própria gorjeta a previdência para ele ter direito aposentadoria, comentou.

Como o projeto foi modificado pelo Senado ele volta a ser analisado Câmara dos Deputados.