Greve do Sinpol-PE segue com adesão de 90%, avalia Sinpol

Foto: Ascom

A greve dos Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) entrou no sexto dia e a categoria avalia que a mobilização segue em 90%, em todo Estado. Os policiais cobram reajuste salarial, já que desde 2019 não recebem aumento.

“O Estado tem oferecido um aumento de 20%, e com o pagamento só para julho, vale lembrar que o que nos oferecem não cobre nem a inflação dos últimos três anos, o que dirá a inflação que vem agora de 2022 que já tem uma projeção de 6% a 7%. O que nós pedimos é o que seja igual ao que foi dado aos professores, 35%. Após sete meses tentando negociar, dialogar e buscar uma saída que a categoria se sinta valorizada, chegamos ao nosso limite. Quem nos empurrou para essa greve foi o Governo do Estado“, explicou Rafael Cavalcanti, presidente do SINPOL.

A organização dos policiais se reflete na mobilização da classe para ajudar o presidente, que teve sua conta pessoal bloqueada após decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). “Termos alcançado nossa meta em menos de 24 horas demonstra a credibilidade e a confiança no nosso trabalho.  Já são mais de R$40.300,00 reais arrecadados e 922 apoiadores. Todo excedente será revertido para o nosso movimento”, celebrou o Sindicato em nota.

Justiça determina bloqueio de bens do Sinpol-PE por conta da greve da categoria

A Justiça de Pernambuco determinou bloqueio das contas do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), por conta do movimento grevista da categoria. A decisão do desembargador Cândido Saraiva veio na quinta-feira (17) e leva em conta o “descumprimento, por parte do Sinpol, de determinação anterior para que o Sindicato e seus filiados se abstivessem de realizar paralisação das atividades da Polícia Civil de Pernambuco, sob qualquer forma, modalidade ou denominação”.

O bloqueio é no valor de R$ 600 mil nas contas do Sinpol. A entidade que defende os interesses dos policiais civis do Estado se manifestou e classificou a decisão do Tribunal de Justiça (TJPE) como “injusta e ilegal”.

Para o Sindicato, trata-se de “uma decisão injusta e ilegal, e jamais vista na justiça de Pernambuco. Não há porque o presidente ser responsabilizado por uma atividade sindical, quando o mesmo estava atuando por uma pessoa jurídica, em defesa de uma instituição que representa toda uma categoria”.