Médicos do INSS devem voltar ao trabalho dia 25, mas greve continua

Segundo o diretor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Luiz Argôlo, apesar da volta ao trabalho, a greve não acabou. O que foi decidido, segundo ele, é um retorno ao estado de greve. No estado de greve, a categoria volta a atender, mas continua negociando suas reivindicações com o governo e pode cruzar os braços novamente.

Hoje, a associação diz que a categoria cumpre a determinação de manter 30% dos médicos trabalhando. No dia 25, serão 100% deles.

Argôlo diz que os peritos vão priorizar o que eles chamam de atendimento essencial. “Vamos priorizar o trabalhador que não está contemplado com auxílio-doença da Previdência, ou seja, que está requerendo o benefício pela primeira vez”, afirma.  A perícia é exigida para conseguir o auxílio-doença, aposentadoria especial por invalidez e para voltar ao trabalho depois da licença.

O diretor diz que a decisão de voltar ao trabalho foi tomada por causa da “insensibilidade” do governo tanto com as reivindicações dos peritos quanto com os trabalhadores que estão sendo prejudicados pela greve.  “Esperamos que o governo agora queira o diálogo e nos chame para negociar”, diz.

Os médicos peritos pedem aumento salarial de 27,5%, em no máximo duas parcelas anuais, redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica. As negociações com o governo, no momento, estão paralisadas, segundo a ANMP.  (Com informações da EBC)