Hillary Clinton é oficializada candidata do Partido Democrata à Casa Branca

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Hillary Clinton será a primeira mulher a concorrer por um partido grande à Presidência dos EUA . Foto: Internet

Hillary Clinton foi oficializada nesta terça-feira (26) como candidata democrata à Casa Branca, e sua conquista se dá para o bem e para o mal. Como marco histórico, será a primeira mulher a concorrer por um partido grande à Presidência dos EUA. Como revés, será uma das candidatas mais odiadas dos últimos tempos, animosidade testemunhada mesmo dentro de seu partido.

A hostilidade foi mais tímida na terça, quando o próprio Sanders, em gesto simbólico, sacramentou a indicação da ex­adversária “como nomeada do Partido Democrata para presidente dos Estados Unidos”. Num gesto simbólico, os dois foram apresentados como opção na eleição interna —ele nunca formalmente retirou sua candidatura.

A agora presidenciável oficial da legenda assistia à cerimônia de casa, segundo sua campanha, quando sua candidatura foi sacramentada —ela superou com facilidade a marca que precisava para ser indicada à vaga (2.382 delegados, que representam o voto popular em seus Estados).

Agrados aos simpatizantes de Sanders não foram poucos: no começo, oradores se revezaram para elogiar o senador, dando a impressão de que ele, e não Hillary, seria a escolha do partido para o pleito de 2016. “Nunca senti o ‘bern’ [trocadilho com ‘Bernie’] mais forte do que o sinto agora”, disse no palco Shyla Nelson, cantora de ópera e delegada de Vermont, Estado representado pelo nova­iorquino Sanders no Senado.

Pesa contra Hillary uma taxa de aprovação que bate um recorde negativo em pelo menos dez eleições presidenciais, só superado pelo adversário republicano, Donald Trump, com 57,1% de rejeição. Rechaçada por 55,6% do eleitorado, na média de várias pesquisas, Hillary tem um problema: o povo americano não confia nela. A imagem de “desonesta” e “indigna de confiança” grudou com 67% do eleitorado, segundo sondagem CBS/”New York Times” divulgada em meados de julho. É um número em ascensão: um mês antes, 62% reportavam a cisma com Hillary.

Com informações da Folha/SP