V Seminário dos Povos Indígenas da Bacia do São Francisco acontecerá em Paulo Afonso

A abertura do evento acontecerá às 8:30h do dia 15 de setembro e contará, ao longo do dia, com debates sobre a gestão territorial e ambiental de terras indígenas e mudanças climáticas, análise da conjuntura política nacional e a conjuntura da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, saneamento, recursos hídricos e saúde indígena. Além de reunir os mais diversos povos da bacia do São Francisco, o evento vai contar com a presença da ministra de Estado do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Sônia Guajajara, o diretor de combate à desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Alexandre Pires, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Joênia Wapichana, além do coordenador executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Sérgio Xavier, e da promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP/BA), Luciana Khoury.

Todos os debates e palestras serão mediados por indígenas que também receberão o presidente do CBHSF, Maciel Oliveira, o superintendente-adjunto de Estudos Hídricos e Socioeconômicos e o coordenador de Estudos Hidrológicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), Luciano Meneses Cardoso da Silva e Alexandre Abdalla Araújo, a secretária de Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ceiça Pitaguary, a diretora de Revitalização de Bacia Hidrográfica e Acesso à Água e Usos Múltiplos do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Iara Bueno Giacomini e o secretário Nacional da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Weibe Tapeba.

“O seminário dos Povos Indígenas da Bacia Hidrográfica do São Francisco representa o maior evento que trata das questões ambientais e dos recursos hídricos que envolvem terras indígenas na bacia do São Francisco. Nesta edição, iremos fazer uma importante análise da conjuntura política nacional frente a esse novo governo, mais aberto para acolher as demandas dos povos indígenas. O foco deste evento será justamente a política nacional de gestão ambiental e territorial, e também as questões climáticas. Vamos definir ações concretas e esperamos construir um diálogo positivo com as autoridades que estarão presentes, assumindo o compromisso com as pautas de prioridade”, afirmou o coordenador do território baixo São Francisco da Funai, Uilton Tuxá.

“Importante destacar que o seminário é realizado com apoio integral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e esperamos que o Comitê possa firmar parcerias importantes para avançarmos na nossa pauta de reivindicações”, afirmou, reforçando que o “evento tende a ser a maior agenda que vai pautar o tema de meio ambiente e recursos hídricos no âmbito de todo o Nordeste e da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco”.

São esperadas em torno de 140 pessoas e ao final do evento, no dia 16, serão elaborados documento e proposição de encaminhamentos com objetivo de apontar melhores caminhos para valorização e proteção dos povos indígenas.

O Seminário

O primeiro seminário dos povos indígenas da Bacia do São Francisco aconteceu em 2011, na cidade de Feira Grande, no estado de Alagoas. O segundo encontro foi realizado no ano de 2012, em Petrolândia- PE, quando lideranças indígenas repudiaram a Portaria 303\2012 da Advocacia Geral da União (AGU) sobre as salvaguardas institucionais para as terras indígenas. Uma moção de repúdio considerou a medida “arbitrária e inconstitucional” já que buscava restringir o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas, especialmente os direitos territoriais, assegurados pela Constituição Federal.

Na mesma linha, atualmente os povos indígenas seguem lutando contra o Marco temporal, tese apresentada em 2009, através de parecer da AGU, que aponta que os povos indígenas somente têm direito de ocupar as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.

O terceiro e quarto seminário aconteceram em 2014 e 2016, respectivamente, em Porto Seguro e Paulo Afonso, BA.

Ascom

Pesqueira é sexta cidade do Brasil com mais indígenas

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O Censo 2022 identificou que 4.832 cidades brasileiras possuem indígenas. Em 2010, esse número era de 4.480. Dentre as cidades com maior população indígena, Pesqueira (PE) aparece na sexta colocação com 22.728, o que significa cerca de 30% da população local.

Outras cidades da região também aparecem na lista. Cabrobó com 6.231 indígenas, Petrolândia com 5.223, ambas em Pernambuco, Juazeiro (BA) com 3.669 e Orocó (PE) com 1.818. De acordo com o levantamento, Petrolina (PE) tem apenas 1.922 indígenas declarados.

Governo Lula diz que já fez mil atendimentos emergenciais em território indígena

Em um balanço dos últimos dias, o Governo Federal diz que já viabilizou mais de mil atendimentos emergenciais ao povo indígena Yanomami. O número foi apresentado pelo secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, na manhã desta terça-feira (24).

Desde o último dia 20 uma força-tarefa federal atua na região, após decreto da Presidência da República, instituindo o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária no território Yanomami, e portaria do Ministério da Saúde, declarando emergência em Saúde Pública diante da necessidade de ação imediata frente à crise humanitária enfrentada em Roraima.

De acordo com o secretário, a portaria “é importante porque vai permitir que o Governo Federal possa adotar estratégias mais emergenciais, como a compra de insumos, aquisição de medicamentos e materiais. Além de pensar em uma estratégia de infraestrutura para as nossas unidades de saúde, pensar em estratégias de aperfeiçoar o atendimento da saúde indígena”, detalhou.

Indígenas e quilombolas já podem concorrer a bolsas em curso superior


Estão abertas, de hoje (24) até 28 de fevereiro, as inscrições para o Programa de Bolsa Permanência (PBP), voltado para estudantes indígenas e quilombolas matriculados em cursos de graduação presencial ofertados por instituições federais de ensino superior.

As inscrições devem ser feitas na página do Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), disponibilizada no site do Ministério da Educação (MEC).
O MEC pede aos interessados que fiquem atentos às regras que constam na Portaria nº 389, de 2013. Segundo o ministério, a análise da documentação comprobatória de elegibilidade do estudante e a aprovação do cadastro no SISBP deverão ser feitas pelas instituições federais de ensino superior de hoje até 31 de março.

O sistema prevê concessão de bolsas para estadia de estudantes de graduação em instituições federais de ensino superior, de forma a minimizar as desigualdades sociais, étnico-raciais e contribuir para permanência e diplomação dos alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, em especial, indígenas e quilombolas.

A distribuição das vagas considera o “quantitativo de alunos matriculados e o quantitativo de alunos cadastrados no programa” pelas instituições federais de ensino superior no término do exercício anterior. O governo disponibilizou uma página com informações sobre o programa. Para acessá-la, clique aqui.

Fonte: Agência Brasil

Paulo Afonso: indígenas denunciam ameaças e agressões por conta de disputa de terra

Foto: Divulgação

A comunidade indígena da etnia Truká-Tupã está sendo alvo de ameaças e ataques no município de Paulo Afonso (BA). A denúncia foi apresentada pelo vice-cacique, Adriano Rodrigues ao G1 da Bahia. O motivo dos ataques é a disputa de terras, onde o grupo vive há 14 anos.

“Estamos sendo ameaçados por dois filhos de um fazendeiro, que se dizia dono da terra, mas quando fomos retificar, descobrimos que ele não é dono, porque não existe nada no cartório“, explicou Adriano.

Segundo Funai, fazendo nunca foi dono da propriedade

A família do vice-cacique é natural de Cabrobó (PE), mas se mudou para Paulo Afonso por conta da insegurança em Pernambuco. Chegando na Bahia, ficaram em um terreno por trás do presídio e um fazendeiro, chamado José Balbino, disse que venderia a terra para a Fundação Nacional do Índio (Funai). Dessa forma, os indígenas poderiam se mudar para o local e viver em segurança.

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Salgueiro promove mutirão de vacinação contra covid a indígenas

Nesta quinta-feira (15), a partir das 8h, a Secretaria de Saúde de Salgueiro (PE) estará realizando um mutirão de vacinação contra a covid-19. O grupo prioritário de hoje são os indígenas. De acordo com a Prefeitura, quem tiver mais de 18 anos pode procurar a sede da Saúde.

Mas atenção, é obrigatório apresentar documento comprovante de identificação indígena, para se vacinar. Apesar de ser um mutirão, a orientação é que as pessoas obedeçam o protocolo sanitário.

“Manter o distanciamento ainda é essencial. Vamos organizar tudo da forma mais segura e você contribui utilizando máscara e álcool em gel”, diz a Saúde.

Indígenas estão reunidos na sede da Educação, em Recife, informa Secretaria Estadual

(Foto: Reprodução)

Um grupo de indígenas está ocupando a sede da Gerência Regional de Educação (GRE) de Petrolina, desde a manhã dessa segunda-feira (2). A manifestação é feita em todas as Gerências do estado, com a finalidade de apresentar demandas do grupo à Secretaria de Educação de Pernambuco. Mais cedo nossa equipe solicitou informações à pasta, que nos informou através de uma nota o andamento das negociações.

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Sede da GRE em Petrolina é ocupada por indígenas e atendimento ao público está suspenso desde a manhã

De acordo com a Superintendência de Educação de Pernambuco, os índios estão reunidos nesse momento na Secretaria, discutindo seus pedidos e a partir desse encontro, darão encaminhamento às ocupações nas GREs do estado. Além de Petrolina, a GRE de Floresta também está ocupada desde cedo.

Confira a nota da Secretaria de Educação de Pernambuco:

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Sede da GRE em Petrolina é ocupada por indígenas e atendimento ao público está suspenso desde a manhã

Um grupo de 72 indígenas ocupou pacificamente a sede da Gerência Regional de Educação (GRE) em Petrolina, para apresentar algumas demandas do grupo. Segundo a equipe do Blog apurou, os manifestantes estão na GRE desde a manhã dessa segunda-feira (2).

Segundo o grupo, a manifestação dos indígenas está sendo feita em todas as regionais de educação em Pernambuco. Entre as pautas apresentadas à gestora de Petrolina, Anete Ferraz, estão demandas já solucionadas, como o pagamento das merendeiras por parte da empresa Premium e também, reivindicações gerais, a exemplo do cumprimento da Lei do professor indígena e o pagamento em dia por parte das empresas terceirizadas no estado.

Rumo da ocupação

Conforme a equipe do Blog apurou, os manifestantes ainda estão na GRE, aguardando respostas de uma reunião que está acontecendo na capital Recife. Nós entramos em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Educação de Pernambuco, solicitando informações sobre a ocupação, porém ainda não tivemos retorno.

Com a ocupação, o atendimento ao público externo na GRE foi interrompido, mas os servidores estão trabalhando internamente em Petrolina. O atendimento ao público deve ser retomado nesta terça-feira (3), já pela manhã. A Regional de Petrolina é responsável também pelos municípios de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Santa Maria da Boa Vista.