Radialista Winston Monteclaro afirma que curou filho usando ivermectina, azitromicina e cloroquina

Uma fala do renomado radialista Winston Monteclaro (Petrolina FM), esquentou ainda mais o debate sobre o uso de protocolos profiláticos no combate à Covid-19. No áudio, o comunicador afirma que, além da vacina, três medicamentos: ivermectina, azitromicina e cloroquina, são eficazes, pelo menos no tratamento em um dos seus filhos que estava com os sintomas da doença a fórmula funcionou.

“É melhor ele morrer eu tentando salvar do que ele morrer e eu não tentar salvá-lo”, afirmou o radialista.

LEIA MAIS

Fabricante afirma não haver evidências sobre eficácia da Ivermectina contra a Covid-19

A Ivermectina não tem eficiência comprovada contra o novo coronavírus. Essa afirmação veio da farmacêutica Merck, responsável pela fabricação do medicamento. Segundo comunicado emitido pela empresa na quinta-feira (4), cientistas continuam fazendo estudos, porém, até o momento não há nenhuma base científica que aponte efeitos positivos.

O remédio é utilizado como vermífugo e tem eficácia atestada apenas contra parasitas. A Ivermectina é utilizada no tratamento oncocercose, elefantíase, pediculose, ascaridíase e escabiose. “Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora“, diz o comunicado.

“É importante observar que, até o momento, nossa análise identificou: Nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra Covid-19 de estudos pré-clínicos; Nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com doença Covid-19, e; A preocupante falta de dados de segurança na maioria dos estudos“, destaca a empresa.

Secretaria da Saúde de Juazeiro está distribuindo kits com Ivermectina para tratamento da Covid-19

(Foto: Ascom/PMJ)

Mais de 700 kits foram entregues, nesta quinta-feira (8), nos postos dos bairros Quidé, Vila Jacaré, Caic, Dom José Rodrigues, Residencial Praia do Rodeadouro, Itaberaba, Tabuleiro, Itaberaba Residencial I, II e III, Parque Residencial, Antônio Guilhermino, Argemiro, Piranga e Santo Antônio, em Juazeiro (BA).

Os kits contam com os seguintes medicamentos: Zinco, vitamina C e D, Ivermectina e Azitromicina.

 Segundo o superintendente da Atenção Básica da Secretaria da Saúde do Município, Gilberto Libório, todos os postos irão receber os kits e os medicamentos ficarão à disposição dos médicos para que eles possam prescrever aos pacientes diagnosticados ou suspeitos com o novo coronavírus”. 7.500 kits serão distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde.

Ele informou ainda que quando o tratamento precoce é realizado pode diminuir a taxa de letalidade e possíveis sequelas causadas pela doença. “Creio que continuaremos em queda no número de infectados, devido ao trabalho de prevenção na atenção básica e no município como um todo”, completou Libório.

Sesab não recomenda uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid-19

O uso da cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina não é recomendado na Bahia (veja aqui e aqui). O anúncio foi feito pelo secretário de Saúde da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas através de um vídeo divulgado na quarta-feira (22). A decisão é baseada em estudos os quais não identificaram a eficácia dos remédios no tratamento preventivo da covid-19.

“Não se deve tomar nenhum medicamento cujo estudo científico tenha sido publicado aprovando que é capaz de trazer qualquer tipo de benefício e sobretudo, ser seguro, não causar efeitos adversos […] Essas medicações deverão ser utilizadas apenas em ambiente controlado, dentro de ensaios clínicos”, pontua Vilas-Boas.

Os estudos clínicos foram realizados pelo Comitê Estadual de Emergência em Saúde Pública da Bahia, que ainda recomenda aos gestores o não estabelecimento de protocolos com o uso de medicações. O gasto de recursos públicos para aquisição dos remédios sem eficácia comprovada também é vetado.

Confira a seguir a decisão da Sesab

Ronaldo Cancão e Ronaldo Silva questionam Requerimento de Cícero sobre protocolo da covid-19

Protocolo da Prefeitura já faz uso dos medicamentos solicitados (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Depois da retirada dos projetos de Lei do Poder Executivo da pauta (leia aqui), os vereadores de Petrolina discutiram as Indicações e Requerimentos dessa terça-feira (21). O tratamento dos pacientes diagnosticados com a covid-19 no município também estava na ordem do dia.

Cícero Freire (Republicanos) apresentou um Requerimento pedindo à Prefeitura para tratar os infectados com o coquetel formado por hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. A solicitação foi contestadas pelos Ronaldos. Cancão (DEM) se absteve de votar o pedido.

“Preciso fazer essa observação sobre o Requerimento do vereador Cícero Freire. Ele tem a melhor das intenções, mas eu não sou médico para estar autorizando o prefeito a aplicar azitromicina, ivermectina e cloroquina. Até então o Requerimento do vereador pede para aumentar o número de equipes trabalhando. Até aí tudo bem. Mas a partir do momento que ele pede para pautar isso“, afirmou.

Ronaldo Silva (DEM) alegou que o Requerimento não se justifica, afinal o protocolo municipal já faz uso dos medicamentos. “O protocolo que se usa na Secretaria de Saúde, os médicos do posto de saúde de Petrolina já usam esse protocolo. Não vejo necessidade de o vereador estar pedindo“, destacou. As Indicações e Requerimentos ainda não foram votadas.

Pernambuco iniciará pesquisa sobre uso da ivermectina no tratamento da covid-19

Pernambuco iniciará um estudo sobre o uso da ivermectina no tratamento de pacientes com o novo coronavírus daqui a duas semanas. A pesquisa será coordenada pela médica Taciana Padilha e já foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, vinculada ao Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Na bula a ivermectina é indicada ao tratamento de piolho e sarna, contudo nas últimas semanas ganhou destaque por ser utilizada no combate a covid-19. “Participarão desse estudo 200 profissionais de saúde sintomáticos com diagnóstico positivo para covid-19. Vamos investigar se o tratamento com a ivermectina, nas doses e frequências do protocolo que criamos, é superior ao tratamento padrão”, explica Taciana ao Jornal do Commercio.

Os estudos

Os voluntários serão escolhidos de forma aleatória, os quais serão tratados por placebo e duplo-cego (nem os pacientes ou pesquisadores sabem quem está tomando a medicação ou placebo), seguindo o padrão de pesquisa clínicas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia alertado sobre a falta de estudos sobre a comprovação da ivermectina. O estudo em Pernambuco é o primeiro passo no estado para compreender a ação do medicamento nos pacientes com a covid-19.

Anvisa alerta para efeitos colaterais da ivermectina e não recomenda remédio contra covid-19

(Foto: Divulgação/ Prefeitura de Itajaí)

A ivermectina ganhou destaque nas últimas semanas por supostamente ter efeito no tratamento da covid-19. Contudo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou que o remédio usado no combate a vermes e parasitas não é efetivo contra o novo coronavírus.

Efeitos colaterais preocupam

A preocupação da Anvisa está nos efeitos colaterais da ivermectina, especialmente nos casos de automedicação (sem consultar um profissional).

No caso da Ivermectina, os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia [perda da força física], dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações epidérmicas incluem prurido, erupções e urticária”, afirma a nota da Agência na quinta-feira (9).

Nota refeita

Após uma live do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a Anvisa atualizou a nota na sexta-feira (10). Procurada pela reportagem do Metrópoles, a Agência não explicou o porquê da revisão. Veja a seguir a revisão:

LEIA MAIS