Irmãos Batista viram réus acusados de usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro

Os irmãos estão presos desde setembro. (Foto: Felipe Frazão/AE)

Nesta segunda-feira (11) a Justiça Federal em São Paulo aceitou a denúncia contra os irmãos Joesley e Wesley Batista por uso de informações privilegiadas e manipulação de mercado por meio das empresas JBS e FB Participações. De acordo com a Polícia Federal, o grupo empresarial dos Batista comprou US$ 1 bilhão às vésperas do dia 17 de maio.

Na terça (10), a defesa dos irmãos Batista disse, em nota, que “reafirma a regularidade das operações de derivativos cambiais e mercado mobiliário, amplamente demonstrada em parecer elaborado pela Fipecafi, fundação respeitada na área, e também em documentos e relatos prestados às autoridades. Tais operações fazem parte da rotina da empresa, excluindo a hipótese de excepcionalidade”.

A Promotoria também informou que as operações com dólar se deram entre 28 de abril e 17 de maio, portanto entre o período de negociação da delação e o vazamento do acordo pela imprensa. As operações, determinadas por Wesley Batista, somaram US$ 2,8 bilhões, segundo o MPF. Só no dia do vazamento da delação, o grupo econômico faturou US$ 751,5 milhões.

Com informações do G1

Joesley Batista deixa a PF em Brasília e é conduzido a São Paulo

O empresário será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda ainda hoje. (Foto: Felipe Frazão/AE)

O empresário Joesley Batista, da JBS, deixou a Superintendência da Polícia Federal em Brasília e está a caminho de São Paulo, para participar de audiência de custódia,

A condução foi feita por ordem do Juiz da 6ª Vara Federal de São Paulo, referente à Operação Tendão de Aquiles, que apura se houve uso indevido de informações privilegiadas em movimentações do mercado financeiro.

A investigação se refere à  venda de ações de emissão da JBS S/A na bolsa de valores, por sua controladora, a empresa FB Participações S/A, e à compra de contratos futuros de dólar na bolsa de futuros e a termo de dólar no mercado de balcão.  As transações foram feitas entre abril e maio, antes da divulgação dos áudios de conversas de Joesley com o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, que levaram a denúncias contra ambos.

O executivo do grupo J&F Ricardo Saud será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda ainda hoje, onde deve permanecer preso, já que tem apenas mandado de prisão preventiva do Supremo Tribunal Federal (STF). A PF não informou o horário da transferência.

Eduardo Cunha será encaminhado à Superintendência Regional do Distrito Federal (SRDF) para oitiva em procedimentos que lá tramitam.

Omissão de informações na delação levou a pedido de prisão para Joesley e Saud

(Foto: Internet)

O empresário Joesley Batista e o ex-executivo da JBS Ricardo Saud omitiram que estavam sendo aconselhados pelo ex-procurador da República Marcelo Miller durante o processo do acordo de delação premiada. A constatação está na decisão na qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou a prisão temporária, por cinco dias, dos acusados, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Apesar da conclusão, Fachin negou pedido de Janot para que Miller também fosse preso, por entender que ainda não há indícios que justifiquem a medida em relação ao ex-procurador, acusado por Janot de fazer “jogo duplo”em favor da JBS durante o período em que trabalhou no Ministério Público Federal (MPF), antes de pedir demissão para integrar um escritório de advocacia que prestou serviços à empresa.

“Percebe-se, pelos elementos de convicc a o trazidos aos autos, que a omissa o por parte dos colaboradores quando da celebrac a o do acordo, diz respeito ao, em princi pio, ilegal aconselhamento que vinham recebendo do enta o procurador da Repu blica Marcello Miller”, disse Fachin.

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Joesley Batista e Ricardo Saud se entregam à PF em São Paulo

A prisão será, de [início, temporária. (Foto: Diário de PE)

O empresário Joesley Batista e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud se entregam por volta das 14h15 à Polícia Federal (PF), em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria da companhia. A prisão temporária foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo.

A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária.

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Joesley e Saud devem se entregar à Polícia Federal nos próximos dias

 Os empresários estão em São Paulo, e podem ir a Brasília para se entregar. (Foto: Internet)

A assessoria do empresário Joesley Batista confirmou que ele e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud devem se apresentar à Polícia Federal entre hoje (10) e amanhã (11), depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a prisão temporária dos dois, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo.

A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária.

No sábado (9), a defesa do grupo J&F colocou à disposição os passaportes do empresário Joesley Batista e do ex-diretor de Relações Institucionais da holding Ricardo Saud. A defesa do ex-procurador Marcelo Miller também colocou os documentos dele à disposição.

Fonte Agência Brasil

Joesley presta depoimento na Procuradoria-Geral da República

(Foto: Felipe Frazão/AE)

O empresário Joesley Batista presta depoimento, na manhã de hoje (7), na Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação foi confirmada pela assessoria do empresário.

Por volta das 10h, o advogado de Joesley, Conrado Almeida Gontijo, chegou à sede da PGR, em Brasília.

A PGR decidiu esta semana abrir processo de revisão do acordo de colaboração de Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco e Assis e Silva, delatores ligados à empresa JBS.

Joesley Batista pede desculpas a ministros do STF e a Janot

(Foto: Felipe Frazão/AE)

Em nota divulgada nessa terça-feira (5), Joesley Batista e Ricardo Saud, delatores da empresa JBS, pediram “sinceras desculpas” aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelas citações indevidas em conversas gravadas por eles e entregues à PGR.

A existência das gravações foi revelada na segunda-feira (4) por Janot, que abriu investigação para apurar a omissão de informações nas negociações das delações de executivos da JBS. Após a repercussão do caso, os colaboradores afirmaram que as referências feitas aos ministros e a Janot “não guardam nenhuma conexão com a verdade”.

“Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal, ao procurador-geral da República e a todos os membros do Ministério Público”, dizem os delatores.

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Em nota, Joesley Batista chama Temer de “ladrão geral da República”

“Depois que disseram que eu vou voltar, vou voltar não”, disse Temer em Pequim, antes da divulgação da nota de Joesley. (Foto: Internet)

Através de nota divulgada neste sábado (2), o empresário Joesley Batista, da JBS, chama o presidente Michel Temer (PMDB) de “ladrão geral da República” e diz que Temer não consegue se defender dos crimes que comete.

“Atacar os colaboradores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer defesa dos crimes que comete. Michel, que se torna ladrão geral da República, envergonha todos nós brasileiros”, diz a nota.

Com a declaração, Joesley, respondeu a nota de sexta (1º) em que o Planalto antecipou a defesa de Temer e desqualificou as delações do corretor de valores e suposto operador do PMDB Lúcio Bolonha Funaro, cujos depoimentos devem embasar a segunda denúncia contra o presidente.

Temer, que nega ilegalidade, diz, via assessoria, que “se resguarda o direito de não tratar de ficções e invenções de quem quer que seja”. Com receio de repercussão negativa, o presidente foi convencido a não antecipar seu retorno da China, que ocorreria devido à iminência da nova denúncia.

“Depois que disseram que eu vou voltar, vou voltar não”, disse Temer em Pequim, antes da divulgação da nota de Joesley.

Com informações do FolhaPE

Polícia Federal concluiu a perícia da gravação de conversa entre Joesley e Michel Temer

(Foto: Internet)

A perícia na gravação da conversa entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o dono da JBS, Joesley Batista, foi concluída pelo Instituto Nacional de Criminalística. A expectativa é de que o laudo seja enviado ainda nesta sexta-feira (23) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que é o relator da Lava Jato na Corte.

Fachin intimou a Procuradoria-Geral da República (PGR) na quinta-feira (22) para que ela se manifeste sobre o inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer e o ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB).

Com isso, começou a contar a partir de quinta-feira o prazo legal de cinco dias para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decida se apresenta a denúncia contra Temer ou se arquiva o caso.

Na conversa, Joesley Batista comenta sobre uma suposta “compra” de um procurador da República e de juízes, além do pagamento de propina pelo “silêncio” do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.

Com informações do JB

Temer e Lula repudiam acusações de Joesley; OAB reforça pedido de impeachment

(Foto: Internet)

Em entrevista concedida neste final de semana à revista Época, o empresário Joesley Batista fez graves acusações de corrupção contra o presidente Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador afastado Aécio Neves, entre outros políticos.

Temer alega que Joesley desfia mentiras e informou que irá ingressar com ação na Justiça contra o empresário. O ex-presidente Lula também repudia as acusações e afirma que a entrevista de Joesley faz parte do contexto de negociação do mais generoso acordo de delação premiada da história.

Diante da entrevista de Joesley, no entanto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reforçou neste sábado (17) o pedido para a Câmara analise o pedido de impeachment de Temer.

Lula chama Joesley de “canalha” e diz que PT precisa discursar para fora

(Foto: Arquivo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em cinco ações penais, chamou de “canalha” o empresário Joesley Batista, da J&F, que, em delação premiada, disse que pagou propina no valor de US$ 150 milhões para Lula e Dilma Rousseff por meio de contas no exterior. A fala aconteceu na abertura do 6º Congresso Nacional do PT, em Brasília.

“Um canalha de um empresário diz que fez uma conta no exterior pra mim e pra Dilma, mas a conta está no nome dele e ele que mexe na grana [plateia ri]. Tá na hora de parar de palhaçada, que o país não aguenta mais viver nessa situação, nesse achincalhamento”, completou o ex-presidente.

Ele repetiu ainda que “já provou” sua inocência e agora quer que “eles provem minha culpa”. “Eu não quero que vocês se preocupem com o meu problema pessoal, esse eu quero decidir com o representante do Ministério Público da Lava Jato”.

O ex-presidente também criticou o discurso do PT, geralmente focado na própria militância, e disse que o partido deve se reconectar à esquerda, radicalizando posições, se quiser voltar a governar o país a partir de 2018.

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Joesley Batista afirma que transferiu para o exterior US$ 150 milhões para campanha de Dilma e Lula

(Foto: Felipe Frazão/AE)

Em depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, afirmou que transferiu para contas no exterior US$ 70 milhões destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais US$ 80 milhões em conta, também no exterior, em benefício da ex-presidente Dilma Rousseff.

Os montantes, afirmou, foram enviados por meio do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e gastos “tudo em campanha”. Joesley falou que tanto Lula quanto Dilma tinham conhecimento dos repasses.

A defesa do ex-presidente Lula afirma “que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados”. Lula é inocente, ainda segundo nota assinada pelos advogados Cristianio Zanin Martins e Roberto Teixeira. A assessoria da ex-presidente Dilma negou irregularidades, e disse que “são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário”.

A declaração foi dada por Joesley em 3 de maio de 2017 na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília. “Teve duas fases, a do presidente Lula e teve a fase da presidente Dilma”, disse. “Na fase do presidente Lula chegou a US$ 80 milhões de dólares, na fase da presidente Dilma chegou a uns US$ 70 [milhões]. Ou ao contrário: US$ 70 [milhões] na do Lula e US$ 80 [milhões] na da Dilma.”

Joesley disse que inicialmente não tinha se dado conta de que os valores eram destinados às campanhas eleitorais de Lula e Dilma. Ele afirma ter percebido quando, ainda segundo ele, Guido pediu a abertura de uma segunda conta, em nome do próprio empresário. “Foi aí a primeira vez que eu desconfiei que o dinheiro não era dele [Guido]”.

“Quando terminou o governo Lula, ele falou: agora tem que abrir outra conta. Essa conta é da conta do Lula. Essa aqui… tem que abrir uma para Dilma”, disse. Fiz uma pergunta pra eles sabem disso? Lula sabe disso, Dilma sabe? Não, sabe sim, eu falo tudo pra eles”. Ele disse levar frequentemente o extrato das contas para o então ministro.

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