Pessoas com menos de 40 anos. Esse tem sido o perfil dos internados nos leitos de UTI para covid-19 no país. Esta é a primeira vez, desde o início da pandemia, que os “mais jovens” superam idosos nas vagas hospitalares. Além disso, houve um salto no número de pacientes graves com necessidade de ventilação mecânica e não têm comorbidades.
O cenário é apresentado em uma matéria da Folha de São Paulo, publicada neste sábado (10). Os dados sugerem não apenas uma mudança do perfil dos doentes que necessitam de UTI, mas um agravamento do quadro geral dos pacientes em relação aos meses anteriores.
Em março, 52,2% das internações nas UTIs do Brasil se deram para pessoas até 40 anos; e o total de pacientes que necessitaram de ventilação mecânica atingiu 58,1%. Ambas os números são recordes, segundo dados da plataforma UTIs Brasileiras, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
O levantamento preocupa porque a imensa maioria dos brasileiros tem menos de 40 anos. “Embora os dados mostrem que a vacina pode estar tendo o efeito esperado entre os mais velhos já imunizados, eles também revelam que, ao se acharem imbatíveis, os jovens, muitos sem qualquer comorbidade, são agora as maiores vítimas da epidemia”, afirma Rezende. A Amib credita a mudança do perfil ao descuido dos jovens, que seguem se aglomerando em festas.
Isso não caracteriza confirmação de casos, a partir da notificação, o exame é coletado e o paciente fica no aguardo do resultado. Enquanto isso, os mesmos permanecem em isolamento social.