PF cumpre mandados contra ex-juiz substituto do TRE-BA

Wanderley Gomes já vinha sendo investigado pela Justiça da Bahia (Foto: Ascom TRE-BA)

A Polícia Federal cumpriu, nessa terça-feira (29), mandado de busca e apreensão contra o ex-juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Wanderley Gomes. As equipes foram até a residência de Gomes, localizada no Condomínio Solaris, bairro do Piatã, em Salvador.

O advogado do ex-juiz afirmou ao Bahia Notícias que as ordens dessa manhã tratam apenas de apreensão de bens. O objetivo da PF é ressarcir o erário em uma ação civil pública acerca de pagamentos feitos pela Prefeitura de Casa Nova, com recursos do Fundef aos honorários advocatícios.

O mandado foi expedido pela Justiça Federal em Juazeiro. Gomes se tornou réu em uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal porque seu escritório de advocacia recebeu R$ 21,5 milhões da Prefeitura de Barreiras.

Fundef na gestão Cota

No entanto, o dinheiro pertencia aos precatórios do Fundef. Tais repasses já estavam na mira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA). Esse órgão já havia denunciado o ex-prefeito de Casa Nova, Wilson Freire Moreira, o Wilson Cota, ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

De acordo com o TCM, Wilson Cota havia feito repasse de R$ 17 milhões também com dinheiro do Fundef ao escritório do ex-juiz do TRE-BA. Cota foi prefeito de Casa Nova entre 2013 e 2016. Ele morreu vítima da covid-19 em agosto desse ano.

Justiça Federal da Bahia determina suspensão de bloqueio anunciado pelo MEC

Entre as instituições afetadas pelo chamado contingenciamento está a Univasf (Foto: Internet)

A Justiça Federal da Bahia determinou na noite de ontem (7) que o Ministério da Educação suspenda o bloqueio de verbas nas universidades federais. A decisão foi tomada pela juíza Renata Almeida de Moura, da 7ª Vara Federal, em Salvador, em resposta a uma ação apresentada pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB).

O governo ainda pode recorrer. Em abril o Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de 30% nos gastos não obrigatórios das instituições de ensino, o chamado contingenciamento. Desde então, ações têm sido apresentadas à Justiça contra a medida.

Em maio estudantes, professores e sindicatos realizaram um ato nacional, em forma de protesto pelo contingenciamento. A juíza de Moura fixou multa de R$ 100 mil por dia, caso o MEC não cumpra a decisão dentro do prazo de 24 horas.

“Em resumo, não se está aqui a defender a irresponsabilidade da gestão orçamentária, uma vez que é dever do administrador público dar cumprimento às metas fiscais estabelecidas em lei, mas apenas assegurando que os limites de empenho, especialmente em áreas sensíveis e fundamentais segundo a própria Constituição Federal, tenham por base critérios amparados em estudos que garantam a efetividade das normas constitucionais”, escreveu a juíza na sentença.

O MEC informou ainda ter sido notificado da decisão e que que a defesa judicial é de competência da Advocacia Geral da União (AGU). (Com informações do G1.