PF diz que não há irregularidades em campanhas do PT feitas por Santana

A Polícia Federal (PF) concluiu que não foram encontradas irregularidades nos pagamentos do PT pelos serviços prestados pelo publicitário João Santana nas campanhas eleitorais da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O relatório da Polícia Federal, com as informações, foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro ao deferir o pedido de prisão de Santana e de sua mulher, Mônica Moura.

De acordo com a PF, as suspeitas em relação ao publicitário e Mônica Moura são referentes a cerca de US$ 7,5 milhões que teriam sido recebidos pelos dois no exterior, por meio de uma empresa offshore que seria controlada pela empreiteira Odebrecht.

“Os valores referentes aos pagamentos pelo préstimo de serviços de João Santana e Mônica Moura para as campanhas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006), Fernando Haddad (2012) e da atual presidente da República Dilma Rousseff (2010 e 2014) totalizam R$ 171.552.185,00. Não há, e isto deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos [das campanhas] estejam revestidos de ilegalidades”, concluíram os delegados no relatório citado pelo juiz Sérgio Moro em sua decisão.

No despacho no qual autorizou a prisão dos investigados na 23ª fase da Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro citou os valores do relatório da Polícia Federal e disse que, “ao que tudo indica”, os recursos foram declarados.

A empresa Odebrecht, alvo de investigação da Operação Lava Jato, confirmou, por meio de nota, que agentes da Polícia Federal realizaram ações nos escritórios da companhia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, visando ao cumprimento de mandados de busca e apreensão. Informou ainda que “está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”.

Fonte: EBC

Lava Jato: Odebrecht diz que vai colaborar com autoridades

A empresa Odebrecht, alvo de investigação da Operação Lava Jato, confirmou hoje (22), por meio de nota, que agentes da Polícia Federal fazem ações nos escritórios da companhia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, visando o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Informou, ainda, que “está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (22), a 23ª Fase da Operação Lava Jato, que foi denominada Acarajé, em referência ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie.

Ainda nesta fase, agentes da Polícia Federal cumprem mandados judiciais e de busca e apreensão nos três estados, além de seis mandados de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Cerca de 300 policiais federais atuam na operação.

23ª fase da Lava Jato tem como alvo marqueteiro do PT

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A Polícia Federal (PF) realiza desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (22), a 23ª fase da Operação Lava Jato. Os agentes cumprem 51 mandados ao todo. 38 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva.

De acordo com a Polícia Federal, o principal alvo, dessa etapa da operação, que foi batizada de Operação Acarajé, é o publicitário baiano João Santana. A Justiça expediu mandado de prisão contra ele. No entanto, Santana está no exterior e não foi preso. O publicitário trabalhou nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.

Também são alvo da operação de hoje, a empreiteira Odebrecht e o engenheiro Zwi Skornicki, que operava propinas no esquema da Petrobras investigado pela Lava Jato. A polícia esteve no início da manhã no prédio da Odebrecht, em São Paulo. Além do estado de São Paulo, a operação cumpriu mandados na Bahia e no Rio de Janeiro. O nome da operação, Acarajé, é uma referência ao apelido usado pelos alvos para designar dinheiro

Denúncia de envolvimento de Aécio com a Lava Jato é arquivada   

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Nesta sexta-feira (19) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivar uma denúncia feita contra o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, por Carlos Alexandre de Souza Rocha, o “Ceará”, um entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef – citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O assunto foi o destaque dos parlamentares tucanos.

Após o anúncio, Aécio afirmou que o arquivamento “desmascara mais uma torpe tentativa de envolver nomes da oposição no mar de lama que envolve o PT e o governo e que a operação Lava Jato tem mostrado ao país”.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), salientou a necessidade de que as investigações continuem, para que os responsáveis pelas falsas afirmações sejam descobertos. “Queremos e exigimos que as investigações prossigam para saber o que está por trás, quem está fazendo esse tipo de trabalho que prejudica as investigações e que não faz com que se construa absolutamente nada de positivo. Então a nossa ideia é apoiar a Lava Jato, prosseguir nessa operação e pegar quem deve ser punido por tanto mal que causou ao país”.

O deputado Vanderlei Macris (SP) também repercutiu a decisão nas redes sociais. “Tentativa de colocar o presidente do PSDB Aécio Neves no mar de lama da Lava Jato não funcionou. Acusação descabida. Foi arquivada.”
As declarações falsas por Ceará foram desmentidas em depoimentos do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, e do doleiro Alberto Yousseff.

Em sua página oficial no facebook, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) elogiou a atuação da Justiça no caso. “Ainda bem que a PGR e o Supremo estão vigilantes e imunes às tentativas de prejudicar as investigações da Operação Lava Jato. Falsas acusações contra senadores da oposição continuam sendo feitas, mas a Justiça, de modo competente, permanece firme e forte”, disse.

Delcídio Amaral envolvido na Lava-Jato está solto e volta para o Senado na próxima semana

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, decidiu libertar, nesta sexta-feira, o senador Delcídio Amaral (PT-MS). O parlamentar, ex-líder do governo no senado, havia sido preso em novembro por estar envolvido na Operação Lava – Jato.

O chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira Rodrigues, detido na mesma etapa da ação da Polícia Federal, também ganhou o direito a sair da prisão. Ambos ainda estavam detidos em Brasília às 15h desta sexta-feira. As informações são da GloboNews.

A decisão de Zavascki permite que o parlamentar retorne ao Senado a partir da próxima semana. O ministro, porém, faz restrições: o petista precisará ficar em casa à noite e “em dias de folga” no Parlamento. O senador ainda está proibido de deixar o Brasil. O magistrado ainda exigiu que ele compareça na Justiça de duas em duas semanas, além de cumprir todos os compromissos judiciais para os quais for convocado. Em caso de avanço do processo de cassação no Senado e perda de mandato, Delcídio terá de cumprir prisão domiciliar.

As razões para a soltura estavam sob sigilo até as 15h30min desta sexta-feira. Os advogados garantem, porém, que Delcídio não fez delação premiada.

– A decisão do ministro Teori Zavascki é importante pois garante ao senador Delcídio a possibilidade de exercer a sua defesa com maior amplitude e, principalmente, privilegia a presunção da inocência prevista na Constituição federal – afirmou o advogado Maurício Silva Leite, defensor do petista.

Com informações da Agência Estado.

Justiça marca para 14 de março depoimento de Lula

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O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, marcou para o dia 14 de março o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha de defesa do pecuaristaJosé Carlos Bumlai. A oitiva de Lula será feita por meio de videoconferência, na Justiça Federal em São Paulo, às 9h30. Para o mesmo dia, Moro marcou depoimentos de outras testemunhas arroladas pela defesa do pecuarista.

Os depoimentos ocorrem na ação penal em que Bumlai e mais dez investigados na Operação Lava Jato foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin. Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Desde o surgimento das primeiras denúncias, o PT sustenta que todas as doações obtidas pelo partido foram feitas de forma legal e declaradas às autoridades. A Schahin afirma que o modelo de contratação dos navios-sonda foi o mesmo praticado pela Petrobras com todas as concorrentes que prestaram o mesmo serviço.

O Instituto Lula informou que não irá se manifestar sobre o assunto.

Com informações JC Online

Ministro do Supremo nega liberdade ao ex-deputado André Vargas

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O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-deputado federal André Vargas, condenado em uma das ações penais da Operação Lava Jato. Vargas está preso desde abril do ano passado no Complexo-Médico Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

A defesa do ex-deputado alega que não há motivos para que ele continue preso cautelarmente. Para os advogados, a ordem de prisão está fundamentada genericamente, com base nos princípios da ordem pública e na suposta gravidade da conduta de Vargas.Em setembro do ano passado, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal na capital paranaense, condenou Vargas a 14 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em dezembro de 2014, o mandato de André Vargas foi cassado pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram condená-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro em obras da Petrobras.

Com informações EBC

Instituto Lula diz que adversários tentam criar escândalo contra ex-presidente

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Em nota divulgada ontem (31), o Instituto Lula diz que adversários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentam criar um escândalo, “a partir de invencionices” no episódio envolvendo a suposta propriedade de um apartamento em um condomínio no Guarujá, litoral paulista.

Na semana passada, o Ministério Público de São Paulo intimou o ex-presidente e a mulher dele, Marisa Letícia, para prestar depoimento como investigados, no dia 17 de fevereiro, sobre um imóvel tríplex, no Condomínio Solaris, no Guarujá. A suspeita do Ministério Público Federal é de que proprietários de apartamentos do condomínio usaram o nome de terceiros para ocultar patrimônio.

Na ocasião, o ex-presidente divulgou nota em sua página no facebook, afirmando serem infundadas as suspeitas dos promotores e levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio.

Mostrando imagens de documentos relativos ao processo, a nota faz um histórico a respeito da cota em um empreendimento da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Segundo o texto, a mulher de Lula, Marisa Letícia, pagou, entre maio de 205 e dezembro de 2009, as prestações mensais e intermediárias do carnê da Bancoop. “Como fez para cada associado, a Bancoop reservou previamente uma unidade no futuro edifício –  no caso, o apartamento 141, uma unidade-padrão, com três dormitórios (um com banheiro) e área privativa de 82,5 metros quadrados.

Ao fim desse período, de acordo com o texto, a Bancoop passava por crise financeira e estava transferindo vários de seus projetos a empresas incorporadoras, entre elas a OAS. A família, mesmo não tendo aderido ao novo contrato com a “incorporadora OAS, manteve o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação na Bancoop e no empreendimento” e como não houve adesão ao novo contrato, a unidade foi vendida para outra pessoa.

Na nota, o instituto diz que o ex-presidente, na condição de cônjuge em comunhão de bens, declarou ao Imposto de Renda “regularmente a cota-parte do empreendimento adquirida por sua esposa” e que a informação consta da declaração de bens de Lula como candidato à reeleição, registrada no Tribunal Superior Eleitoral em 2006.

Segundo o texto, um ano depois de concluída a obra do Edifício Solaris, o ex-presidente Lula e Marisa Letícia visitaram, junto com o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, o apartamento triplex que estava disponível para venda e que foi a única vez em que Lula esteve no local. “Marisa Letícia e seu filho Fábio Luís Lula da Silva voltaram ao apartamento, quando ele estava em obras. Em nenhum momento, Lula ou seus familiares utilizaram o apartamento para qualquer finalidade”.

O texto acrescenta que a família desistiu da compra, “mesmo tendo sido realizadas reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam incorporadas ao valor final da compra) e que as “notícias infundadas, boatos e ilações romperam a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento”.

O instituto conclui afirmando que fracassaram todas as tentativas de envolver o nome do ex-presidente no processo da Lava Jato, “apesar das expectativas criadas pela imprensa, pela oposição e por alguns agentes públicos partidarizados, ao longo dos últimos dois anos”, que também fracassarão as tentativas de envolver o ex-presidente na suposta venda de medidas provisórias e que a denúncia “restará sepultada nos autos e perante a história”.

Com informações de Agência Brasil

Zelador diz que Lula não aparece mais no triplex

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O zelador do condomínio Solaris, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, José Afonso Pinheiro, de 46 anos, ao jornal O Estado de S.Paulo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece no prédio desde que se tornou pública a informação de que ele e sua mulher, Marisa Letícia, são cotistas de um tríplex com vista para o mar.

Pinheiro foi uma das figuras ouvidas pelo Ministério Público de São Paulo, que investiga suspeitas de que o ex-presidente seria o proprietário do imóvel. O tríplex foi o alvo central da 22.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na quarta-feira passada e batizada de Triplo X.

A nova etapa da força-tarefa da Lava Jato investiga supostas irregularidades envolvendo, além de todos os apartamento do condomínio Solaris, a empreiteira OAS e a extinta Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).

‘Falatório’

“Lula vinha aqui com frequência. Vinha com a dona Marisa. Mas parou de vir quando começou esse falatório sobre o apartamento dele”, disse o zelador, que trabalha no condomínio desde 2013. À Promotoria paulista, o funcionário disse que era orientado por um empregado da empreiteira OAS a não dizer que o imóvel pertencia ao ex-presidente Lula, mas, sim, à construtora.

O zelador afirmou ainda que as idas de Lula ao Solaris eram discretas e que o contato do ex-presidente com os funcionários do condomínio era feito por meio da ex-primeira-dama.

Quadros

O comerciante Fernando Fernandes, de 50 anos, afirmou que o irmão, que é dono de um apartamento na mesma torre onde fica o tríplex, disse que a mulher de Lula chegou carregando quadros para o apartamento em meados de 2014. “Ela apareceu com quadros aqui. E fizeram como sempre: seguranças cercavam o elevador e ninguém via nada.”

Fernandes também comentou sobre a quantidade de pessoas que começaram a tratar o condomínio como uma espécie de ponto turístico do Guarujá. A reportagem esteve no endereço do condomínio Solaris por cerca de três horas – durante esse período, várias pessoas fotografaram o prédio. “A gente se sente constrangido”, afirmou Fernandes.

“Vou tirar foto para esculhambar o Lula na internet”, afirmou Angélica Rodrigues Salmeron, de 38 anos, que passeava com a mãe pelo calçadão da praia. “É um acinte dizer que pagou R$ 47 mil em um apartamento em frente para o mar.”

Três banhistas também tiraram foto antes de ir à praia e manifestaram indignação. “A gente fica indignada com a ostentação. Lula não dizia que não tinha comprado nada? Que era o mais honesto?”, questionou Regina Sales, de 56 anos, antes de ir para a praia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

José Dirceu presta depoimento e nega indicação de Duque para a Petrobras

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O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, admitiu ontem (29), em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que o empresário Milton Pascowitch, um dos delatores do esquema de desvios da Petrobras, pagou a reforma de seu apartamento e de sua casa.

De acordo com seu advogado, Roberto Podval,  Dirceu negou que tenha indicado o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado como indicação do PT, para o cargo. O ex-ministro foi interrogado na ação penal da Lava Jato na qual é réu.

De acordo com a defesa do ex-ministro, José Dirceu não recebeu diretamente o dinheiro da reforma. Acrescentou que o custeio foi feito em razão da amizade entre Dirceu e Pascowitch. O ex-ministro e mais 15 investigados foram denunciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além do ex-ministro, também prestou depoimento hoje Gerson Almada, ex-executivo da empreiteira Engevix.

A acusação contra Dirceu e os demais denunciados se baseou nas afirmações de Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada. O delator afirmou que fez pagamentos em favor de Dirceu e Fernando Moura, empresário ligado ao ex-ministro.

Segundo os procuradores, o dinheiro saiu de contratos entre a Engevix e a Petrobras e teriam passado por Renato Duque e o empresário Fernando Moura, que assinou acordo de delação premiada.

José Dirceu está preso preventivamente desde agosto do ano passado em um presídio em Curitiba. A defesa do ex-ministro disse que a denúncia é inepta, por falta de provas. Conforme os advogados, a acusação foi formada apenas com declarações de investigados que firmaram acordos de delação premiada.

Com informações de Agência Brasil

Nova fase da Lava Jato mira offshore com triplex vizinho ao reservado a Lula

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A 22ª fase da Operação Lava Jato tem como foco a empresa offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex no mesmo condomínio que a construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na praia de Astúrias, no Guarujá.

A Folha apurou que essa etapa da operação mira em negócios da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O objetivo é descobrir se a offshore foi utilizada pela OAS para lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal iniciou na manhã desta quarta-feira (27) mais uma fase da Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.
Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão, dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão.

As diligências ocorrem nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo e Joaçaba (SC).
Os alvos são investigados que abriram empresas offshore e contas no exterior, além de terem ocultado patrimônio por intermédio de um empreendimento imobiliário.

Bancoop

Além dos procuradores da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop.

O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa habitacional para a OAS em 2009.

A Promotoria apura também se a empreiteira usou apartamentos do prédio, localizado na praia de Astúrias, no Guarujá (SP), para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente.

A empreiteira OAS, que teve alguns de seus executivos condenados em uma sentença da Operação Lava Jato, pagou por reformas feitas em 2014 no triplex reservado à família de Lula. As modificações incluem a instalação de um elevador privativo.

Lula adquiriu em 2005 com sua mulher, Marisa Letícia, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente ao imóvel na planta.

Em 2009, o empreendimento foi assumido pela construtora OAS, que terminou a construção do edifício.
Ao disputar a reeleição em 2006, Lula informou à Justiça Eleitoral ter pago à Bancoop R$ 47.695,38 pelo apartamento. Corretores locais dizem que o imóvel vale R$ 1,5 milhão. (Folha de PE)

Delcídio tem até 18 de fevereiro para entregar defesa ao Conselho de Ética

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O relator da denúncia contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) informou, em entrevista à Rádio Senado, que o ex-líder do governo tem prazo até 18 de fevereiro para encaminhar sua defesa ao conselho. A entrega deve acontecer em no máximo dez dias úteis a contar da retomada dos trabalhos legislativos, em dois de fevereiro.

O senador pelo Tocantins explicou ainda que, tão logo receba a defesa, terá um intervalo de cinco dias também úteis para apresentar o relatório preliminar, quando vai responder se admite ou não a representação contra Delcídio apresentada pela Rede Sustentabilidade em conjunto com o Partido Popular Socialista (PPS), em primeiro de dezembro.

“Sendo o relatório aceito pelo Plenário do Conselho de Ética, tem início uma segunda fase. Vamos ouvir pessoas que possam contribuir para a formação do parecer conclusivo. Feito isso, o senador Delcídio também pode — e acredito que o fará — apresentar a sua defesa final” esclareceu Ataídes.

A expectativa de Ataídes Oliveira é que o processo no Conselho de Ética siga até a segunda quinzena de março.

“Depois passa para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que vai analisar a parte jurídica do relatório. Em seguida, o processo seguirá ao Plenário do Senado. Acho que se tudo caminhar rapidamente o desfecho será até 15 de abril” estimou o senador.

Denúncia

A denúncia contra Delcídio do Amaral pede instauração de procedimento disciplinar para verificação de quebra do decoro parlamentar do senador. O representante de Mato Grosso do Sul no Senado está preso desde 25 de novembro do ano passado. A prisão foi autorizada pelo ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaski, que atribuiu ao senador a tentativa de obstruir as investigações.

Três pessoas são presas em nova fase da Operação Lava Jato

Chegou há pouco à sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Renata Pereira Brito, a terceira pessoa presa na 22ª fase da Operação Lava Jato. A Operação Triplo X foi deflagrada no início da manhã de hoje (27) em São Paulo e Santa Catarina. Nesta fase, a operação investiga apartamentos da empreiteira OAS que podem ter sido usados para repasse de propina do esquema de corrupção da Petrobras.

Além de Renata, ligada à empresa Mossack Fonseca, foram presos em São Paulo Nelci Warken e Ricardo Honório Neto. Até então, não foram localizados Maria Mercedes Riano Quijano, Ademir Auada e Luiz Fernando Hernadez Rivero. Ao todo, a Polícia Federal tem 23 mandados judiciais para cobrir, sendo seis de prisão.

A empresa Mossack Fonseca é responsável pela offshore Murray, que adquiriu um condomínio imobiliário no Guarujá, litoral paulista, inicialmente construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), presidida entre 2005 e 2010 pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em abril do ano passado, numa das fases da Lava Jato. O empreendimento foi repassado para a empreiteira OAS em 2009, em função de uma crise financeira da cooperativa.

O nome da operação faz alusão à Murray, que mantém um triplex no condomínio. A Polícia Federal apura se houve ocultação de patrimônio na operação e se as unidades foram usadas como repasse de propina.

Segundo a Polícia Federal, os presos serão levados para Curitiba ainda hoje.

Janot diz que não há distorção nas investigações da Lava Jato

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu hoje (26) a carta na qual advogados de investigados da Operação Lava Jato criticaram a condução das investigações.

Janot disse que os advogados têm o direito de se expressarem, mas considerou o documento como técnica de defesa. Foi a primeira manifestação do procurador após a divulgação da carta.

“Não vi distorção alguma e também não ouvi ninguém negar o fato criminoso imputado a essas pessoas”, disse Janot a jornalistas, ao deixar sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

No dia 15 de janeiro, mais de cem advogados publicaram em diversos jornais do país uma carta aberta em que criticaram a Lava Jato. Além disso, as defesas do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do empreiteiro Marcelo Odebrecht criticaram, por meio de petições, as degravações de depoimentos de delação premiada de investigados que os incriminaram.