Michel Temer aceita convite de Bolsonaro para ser enviado especial ao Líbano

(Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)

O ex-presidente Michel Temer aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e será o enviado especial brasileiro ao Líbano. Segundo pessoas envolvidas nas tratativas, os detalhes serão acertados nesta segunda-feira (10).

O plano é enviar um avião KC-390 com medicamentos, mantimentos e outras doações para ajudar o Líbano, que enfrenta uma crise sem precedentes depois que uma explosão no porto de Beirute provocou a morte de mais de uma centena de pessoas.

A iniciativa é parecida com o que já ocorre nos Estados Unidos onde ex-presidentes costumam liderar missões humanitárias. Com a presença de Temer, que tem ascendência libanesa, a diplomacia brasileira quer dar maior relevância à missão.

Os contatos entre Bolsonaro e Temer começaram no dia seguinte ao acidente, ocorrido na terça-feira. O presidente ligou para seu antecessor informando que pretendia coordenar uma ajuda para o Líbano e pediu a Temer que fizesse a ponte com a comunidade libanesa no Brasil, que é expressiva.

Em reunião com líderes internacionais ocorrida neste domingo (8), Bolsonaro revelou o envio da avião com a missão humanitária e o convite para que Temer liderasse a delegação. O Brasil também deve mandar um navio com quatro toneladas de arroz.

O gesto sela uma aproximação entre Bolsonaro e Temer, que se intensificou pouco antes da saída do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, do cargo, por conta dos ataques feitos por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF). Temer vem aconselhando Bolsonaro a moderar o discurso e evitar falas polêmicas em público.

Em nota, o ex-presidente Michel Temer afirmou estar honrado com o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Temer também declarou que quando o ato for publicado no Diário Oficial, serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa.

Suape armazena nitrato de amônio em condições seguras, diz administração

A megaexplosão no Porto de Beirute, no Líbano, ocorrida na última terça-feira (4), lançou alerta sobre o uso e armazenamento do nitrato de amônio em todo o mundo, principalmente em áreas portuárias. A substância química é apontada pelo governo libanês como causa da tragédia. Em Pernambuco, os portos de Suape e do Recife recebem cargas do material, segundo as respectivas administrações.

No Porto de Suape, em Ipojuca, no Litoral Sul, há cerca de 700 toneladas guardadas em condições seguras e vistoriadas, segundo a administração. Já no Porto do Recife, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana, a última carga, de mais de 5 mil toneladas, chegou em janeiro de 2019, e foi diretamente encaminhada aos caminhões das distribuidoras, sem a necessidade de armazenamento.

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