Relatório final de análises confirma segurança e libera consumo de peixes e frutos do mar do litoral pernambucano

(Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)

O Governo de Pernambuco recebeu, nesta segunda-feira (30), o relatório final das análises dos pescados coletados no litoral do Estado, realizado em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

O exame confirmou a segurança para o consumo de todas as espécies de pescados analisadas, que contemplam 17 espécies de peixes (ariocó, bagre, boca torta, budião, cação preto, carapeba, cavala, cioba, coró, guaiuba, manjuba, sapuruna, sauna, saramunete, serra, tainha e xaréu), duas de camarão (camarão rosinha e sete barbas), além de siri, aratu, ostra, marisco e sururu. Essa análise também libera o consumo dos peixes xaréu e sapuruna, que em um primeiro tiveram, por segurança, a recomendação de suspensão temporária do consumo.

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Análise de pescados atesta segurança alimentar para peixes e frutos do mar em Pernambuco

(Foto: Edilson Júnior/SDA)

A análise dos pescados e frutos do mar realizada pelo Governo de Pernambuco, em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) atesta a segurança do consumo de peixes, crustáceos e moluscos pescados no litoral do Estado.

Até o momento foram analisadas 55 amostras das 94 enviadas à PUC-RJ, contemplando 13 espécies de peixes. Desse total, somente uma amostra de xaréu (coletada nas proximidades da Ilha de Itamaracá) e uma de sapuruna (coletada nas proximidades da Ilha de Itamaracá) apresentaram níveis de toxicidade equivalente em benzo[a]pireno superiores aos determinados pela Anvisa. Assim, sugere-se por precaução que o consumo de xaréu e sapuruna seja temporariamente evitado.

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Paulo Câmara recebe comissão de senadores para balanço sobre o óleo

(Foto: Heudes Regis/SEI)

O governador Paulo Câmara, ao lado do secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade José Bertotti, recebeu, nesta sexta-feira (8), a comissão especial de senadores que monitora o vazamento de óleo nas praias do Nordeste. Estiveram no Palácio do Campo das Princesas os senadores Fabiano Contarato (ES), Jean-Paul Prates (RN), Randolfe Rodrigues (AP) e Humberto Costa (PE), além de representantes da bancada na Câmara Federal, como os deputados João Campos, Carlos Veras e João Daniel (SE). No encontro, Paulo Câmara fez um balanço das ações do Governo Estadual para dar combate ao desastre ambiental provocado pelo derramamento de óleo no litoral.

“Da nossa parte, pudemos documentar, entregamos uma pasta com todos os ofícios que foram feitos pelo Estado: à Marinha, ao Ministério do Meio Ambiente, ao Ministério da Defesa e à Agência Nacional de Petróleo. E levantamos as questões que são mais importantes em nossa opinião. A primeira medida, o Governo Federal só tomou 37 dias depois, fazendo com que uma comissão fosse instaurada para identificar a fonte do vazamento. Infelizmente, até o momento não temos uma informação precisa de qual é a fonte do vazamento”, lamentou o secretário de Meio Ambiente, que seguiu falando sobre as ações do Governo Estadual.

“Temos equipes mobilizadas em todas as praias atingidas, fazendo monitoramento principalmente das áreas mais sensíveis, que são 14, bem como os estuários que foram afetados, nossos arrecifes e nossos corais. Existem equipes de mergulhadores fazendo ações para retirada do material, coleta de água, coleta de análise, para dar mais tranquilidade à população”, acrescentou José Bertotti.

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Voluntários apresentam sintomas após contato com óleo no litoral de Pernambuco  

(Foto: Reprodução/Twitter)

A saúde das pessoas que se dispuseram a limpar as praias afetadas pelo óleo em Pernambuco foi afetada. Em São José da Coroa Grande, no Litoral Sul do Estado, 19 pessoas procuraram o hospital do município para relatar os sintomas.

Foram relatados sintomas como dor de cabeça e diarreia constante ardência e vermelhidão na pele. Além dos voluntários, o contato com o petróleo cru afetou também funcionários municipais. O coordenador da Defesa Civil de São José da Coroa Grande afirmou que cada organismo reage ao óleo de forma diferente. “No meu caso, eu tive cólica intestinal, mal estar e ânsia de vômito”, contou.

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Paulo Câmara anuncia edital de R$ 2,5 milhões para pesquisas sobre toxidade do óleo encontrado no litoral pernambucano

(Foto: Américo Santos/SEI)

Na manhã desta quarta-feira (23), no Palácio do Campo das Princesas, o Governo de Pernambuco lançou um edital para estímulo a pesquisas sobre os efeitos das manchas de óleo encontradas no litoral do Estado, estudos oceanográficos e as consequências aos ecossistemas atingidos e à saúde da população. A iniciativa, que contará com um aporte de recursos de R$ 2,5 milhões, foi anunciada pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aluísio Lessa, logo após a reunião do governador Paulo Câmara e da vice-governadora Luciana Santos com pesquisadores e cientistas.

“O governador resolveu lançar um edital, através da Facepe (Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco), para contratar 12 projetos, em várias áreas, como na de Oceanografia, por exemplo, para medir a qualidade da água e saber se está apta para mergulho. Temos ainda a questão dos pescados. Isso tudo é para curto, médio e longo prazos”, explicou Lessa.

Ainda segundo o secretário, em curto prazo deve-se primeiro tratar o que está acontecendo nas praias, avaliando a chegada do volume de óleo. “Não sabemos ainda a característica desse derivado, o grau de toxidade dele, e esse edital vem também com esse objetivo, de identificar se ele vai comprometer a saúde das pessoas que tiveram contato direto”, argumentou.

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