Armazenados desde 2005, livros didáticos considerados “vencidos” serão descartados pelo FNDE

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) quer descartar cerca de 2,9 milhões de livros comprados em gestões anteriores e nunca utilizados. A decisão do órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) engloba livros didáticos considerados “sem utilidade”.

Segundo o Estadão, o processo para “desfazimento dos livros inservíveis” começou no fim de 2019, com o argumento de reduzir o estoque armazenado em depósito alugado dos Correios, em Cajamar, São Paulo. Do total de 4,2 milhões de obras armazenadas, 2,9 milhões tinham “vencido” entre 2005 e 2019.

Os livros são de todas as disciplinas e séries (do ensino fundamental e do médio), mas seguem armazenados embalados e nunca foram abertos. Levando em conta apenas os considerados vencidos o gasto supera R$ 20,3 milhões.

De acordo com a matéria, os produtos didáticos foram adquiridos pelo MEC através do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), para ser distribuído aos estados e municípios. Responsáveis pelo FNDE nas gestões de Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (MDB) alegam que é necessário averiguar o que levou a formação desse estoque e que o material não poderia ser utilizado, pois não está atualizado.